A Arena da Academia
O burburinho tomou conta da academia em questão de minutos.
Quando o Príncipe Julius desafiou Cael, os alunos não perderam tempo e correram para a Arena de Duelos, um grande coliseu no centro da academia.
Era usada para treinos e competições internas, mas agora seria palco de algo muito mais interessante.
Cael suspirou enquanto entrava na arena. Não queria chamar mais atenção do que já tinha, mas… se recusava a se curvar diante da arrogância da nobreza.
Julius já estava no centro do campo, com um sorriso confiante.
— "Fico feliz que tenha aceitado, Cael."
Cael parou a poucos metros dele, cruzando os braços.
— "Você não me deu muita escolha, não é?"
O príncipe riu, erguendo sua espada encantada.
— "Não precisa se segurar. Me mostre do que é capaz."
A multidão prendeu a respiração, esperando o início do duelo.
O juiz da academia, um professor experiente, levantou a mão.
— "Que comecem!"
O Duelo Começa
Julius foi o primeiro a agir, avançando com velocidade sobrenatural.
Sua espada brilhou, e uma onda de mana dourada cortou o ar em direção a Cael.
Mas Cael nem se moveu.
No último instante, ele inclinou a cabeça para o lado, e o golpe passou raspando, cortando o chão atrás dele.
A multidão ficou em choque.
Julius sorriu.
— "Nada mal."
Ele girou a lâmina, conjurando uma magia ainda maior.
— "Vamos ver como você lida com isso… Explosão Solar!"
A lâmina do príncipe irrompeu em chamas douradas, e uma coluna de fogo caiu sobre Cael.
O impacto levantou uma enorme nuvem de poeira, e por um momento, todos pensaram que o duelo já havia acabado.
Mas então…
— "Você deveria ser mais rápido."
A voz de Cael veio de trás de Julius.
O príncipe arregalou os olhos, girando a espada instintivamente—mas era tarde demais.
Cael levantou a mão, e o chão ao redor de Julius se partiu.
— "Gravidade Distorcida."
Julius sentiu seu corpo sendo puxado para baixo, como se estivesse sendo esmagado por toneladas de pedra.
Ele tentou resistir, mas seus joelhos cederam, e ele caiu no chão, lutando para respirar.
A multidão entrou em choque.
O príncipe Julius estava de joelhos diante de um plebeu.
A raiva brilhou nos olhos do príncipe.
— "Tsc… Impressionante. Mas… EU NÃO PERDI AINDA!"
Ele reuniu toda sua mana, liberando uma explosão de energia que o libertou do feitiço de Cael.
— "Você me forçou a usar isso… então não reclame."
Julius ergueu a mão, e uma luz intensa envolveu sua espada.
— "Espada da Aurora!"
Era sua técnica mais poderosa, um golpe capaz de cortar qualquer defesa mágica.
A lâmina brilhou como um sol nascente, e Julius atacou com toda a força.
Mas Cael nem se mexeu.
Ele suspirou e ergueu um dedo.
— "Isso já durou o suficiente."
No instante seguinte, a espada de Julius parou no ar.
Era como se uma mão invisível tivesse segurado sua lâmina no meio do golpe.
Julius lutou para se mover, mas seu corpo estava completamente paralisado.
— "O… que…?!"
Cael o encarou friamente.
— "Este duelo acabou."
Com um simples movimento de mão, ele dissipou toda a mana ao redor de Julius.
O príncipe caiu de joelhos novamente, ofegante.
O silêncio na arena era assustador.
Todos estavam perplexos.
Um plebeu… havia derrotado um príncipe?
O juiz hesitou por um instante, mas então levantou a mão.
— "Vitória de Cael Ardent!"
A multidão explodiu em gritos e murmúrios.
Cael apenas virou-se para sair, mas então ouviu a risada de Julius.
— "Hahahaha… Fascinante!"
Ele se levantou, limpando o suor da testa.
— "Você realmente é diferente."
Julius sorriu, mas seus olhos estavam cheios de determinação e um novo respeito.
— "Espero que possamos lutar novamente no futuro."
Cael apenas sorriu de canto.
— "Veremos."
Mas antes que pudesse sair da arena…
BOOOOM!
Uma explosão vinda da entrada da academia sacudiu o chão.
— "O que foi isso?!"
Os alunos gritaram, e a poeira cobriu o local.
Quando a fumaça se dissipou, uma figura encapuzada estava de pé na entrada.
Sua presença era sufocante, uma aura de morte pairava no ar.
Julius franziu a testa.
— "Quem é esse?"
Cael estreitou os olhos.
— "…O Executor."
Os guardas da academia correram para impedir a invasão, mas num único movimento, o Executor os cortou ao meio com uma lâmina negra.
A multidão prendeu a respiração.
O homem ergueu os olhos, focando diretamente em Cael.
— "Finalmente te encontrei."
Um sorriso sinistro surgiu em seu rosto.
— "O Arcebispo enviou um recado, Rei Oculto."
Os olhos de Cael brilharam friamente.
O segredo que ele vinha escondendo estava prestes a ser exposto para o mundo inteiro.