Chereads / Reclamada pelo Rei Alfa / Chapter 5 - Capítulo 5

Chapter 5 - Capítulo 5

POV de Kimberly

Quando me virei, notei que o homem diante de mim era incrivelmente parecido com Brad Pitt nos seus trinta anos.

Ele tinha um olhar deslumbrante que o destacava, e sua pele parecia beijada pelo sol, irradiando calor e energia.

Seus ossos da face eram afiados, como picos de montanhas, e seu olhar, brilhante e cativante, me atraía como estrelas-guia. Eles cintilavam como duas gemas cinzentas contra neve fresca, me hipnotizando completamente.

"Posso ajudar?" Eu perguntei, com os olhos fixos nos dele.

Ele sorriu, sua expressão calorosa e convidativa. "Eu sou apenas alguém que admira você demais."

Pisquei, surpresa. "Você me admira?"

Ele assentiu. "Sim. Se não se importar, gostaria de lhe fazer companhia esta noite."

Hesitei. "Obrigada, mas... Eu acho que prefiro ficar sozinha." Não queria parecer muito ansiosa, dar a ele a impressão de que era fácil de convencer.

Ele gargalhou, seus dentes brancos e afiados reluzindo. "Seus olhos dizem o contrário."

Congelei, pega de surpresa. Ele tinha visto através de mim? Forcei um pequeno sorriso nervoso.

Quando eu estava prestes a dizer algo, ele subitamente agarrou meu pulso, puxando-me para perto contra a porta do porão. Sua mão direita cobriu minha boca.

"Shh... alguém está vindo", ele sussurrou.

Meu coração acelerou enquanto eu inalava seu perfume—rico, elegante, intoxicante. Eu queria ficar em seus braços para sempre, me sentindo segura e aquecida.

Após alguns momentos tensos, ele me soltou e deu um passo para trás.

"Desculpe," ele disse, voltando as mãos para os bolsos da calça. "Não queria assustá-la. Eu só não queria que nós fôssemos pegos."

"Está tudo bem, eu entendo."

Queria dizer que não teria me importado de ficar em seus braços por mais tempo, mas em vez disso, eu concordei com a cabeça.

Ele sorriu. "Então, vamos ficar aqui fora a noite toda?"

"O que você quer dizer?" Eu perguntei, arqueando uma sobrancelha.

"Não vamos entrar?" Ele gesticulou em direção à porta do porão.

"Ah," eu murmurei, abrindo rapidamente a porta e o convidando para entrar.

Eu estava fazendo tudo isso sem hesitar e sem saber o que estava me impulsionando. Mas no fundo, uma parte de mim queria estar com ele.

Uma vez lá dentro, tranquei a porta atrás de nós.

Ele olhou ao redor, seus olhos brilhando de admiração. "Este lugar é incrível."

Dei de ombros, sentindo-me tímida. Eu tinha decorado o porão sozinha, mas não tinha pensado muito nisso. Era apenas um lugar para eu ficar sozinha.

Ele se sentou ao meu lado, perto o suficiente para que nossos ombros se tocassem.

"Vamos começar?"

Olhei para ele, confusa. "Começar com o quê?"

Ele riu baixinho, apontando para a garrafa de vinho em minha mão. "Com o vinho, é claro."

Relaxei, sentindo-me tola por pensar demais.

"Certo, o vinho." Coloquei a garrafa no chão, de repente consciente de como meus nervos estavam me dominando.

Ele serviu um pouco em uma única taça. Dei o primeiro gole, o vinho queimando um pouco enquanto descia pela minha garganta. Ele me observava cuidadosamente, seus olhos cheios de preocupação.

"Você está bem, Kimberly?" ele perguntou, tocando meu braço gentilmente.

Eu o afastei, tentando parecer descolada. "Estou bem. Só é forte." Eu pausei, e então perguntei, "Aliás, como sabe o meu nome?"

Ele sorriu. "Eu disse... Sou seu admirador secreto. Claro que sei o seu nome."

"Mas quem é você? Você não parece ser daqui."

"Não sou," ele admitiu. "Vim de outra cidade só para conhecer você."

"Por quê?" eu exclamei. "Por que eu?"

"Porque eu gosto de você." Seu tom era sincero, quase terno.

Quase deixei a taça cair. "Você… gosta de mim?" eu repeti, atônita.

"Sim," ele disse suavemente. "Gosto de você há muito tempo."

Meu coração batia acelerado. Eu nunca tinha imaginado que alguém tão perfeito diria algo assim para mim.

Seus olhos se suavizaram. "Eu estava lá quando o Alfa Derrick rejeitou você. Eu vi tudo."

A menção a Derrick trouxe um novo espinho ao meu coração. Desviei o olhar, engolindo a dor.

"Prefiro não falar sobre isso."

Ele assentiu. "Desculpe. Não queria tocar no assunto."

Respirei fundo. "Esta noite, eu só quero esquecer de tudo. Quero me divertir."

Seu sorriso voltou. "Eu posso ajudar com isso."

"Como?" eu desafiei, encontrando seus olhos.

"Mostrando como você é incrível," ele sussurrou, inclinando-se para perto.

Antes que eu pudesse reagir, seus lábios estavam nos meus, macios e quentes. Eu congelei, minha mente ficou em branco, mas eu não o afastei.

Talvez seja por causa do álcool...

Seu beijo foi delicado, mas enviou uma onda de eletricidade através de mim, me fazendo sentir viva de uma maneira que eu não sentia há muito tempo.

Ele se afastou, sua voz baixa e provocante. "Esta noite, eu estou no controle. Apenas confie em mim, e eu lhe darei sensações que você nunca teve antes."

Olhei para ele, sem palavras. Uma parte de mim queria empurrá-lo, dizer que tudo estava sendo demais, rápido demais. Mas outra parte, a parte que estava ferida e ansiando, queria se entregar ao momento.

Finalmente eu assenti, e ele sorriu. Ele demorou, me despindo com cuidado, como se desembrulhasse um presente precioso.

Suas mãos eram macias mas firmes, explorando meu corpo de maneiras que me faziam arrepiar.

"Não tenha medo," ele sussurrou, seu hálito quente contra minha pele. "Apenas sinta."

Eu fechei os olhos, deixando ir todos os medos e dúvidas. Naquele porão mal iluminado, com apenas o suave zumbido da cidade do lado de fora, eu me deixei cair nele.

Seu toque era tanto um conforto quanto uma emoção, uma mistura de ternura e fogo que fazia meu pulso acelerar.

Quando ele finalmente me puxou para perto, senti uma sensação de liberdade, como se todo o peso do mundo tivesse se levantado.

Pela primeira vez, eu não estava pensando no amanhã ou no que os outros pensavam. Eu estava apenas aqui, com ele, vivendo o momento.

E por esta noite, isso era o suficiente...

★★Na Manhã Seguinte★★

O zumbido alto do meu despertador me acordou com um sobressalto. Esfreguei os olhos e me espreguicei, olhando ao redor do quarto.

"Onde ele foi?" murmurei, percebendo que estava sozinha.

Meu coração afundou enquanto escaneava o quarto em busca de algum sinal dele. Mas era apenas eu, uma garrafa de vinho vazia no chão, e memórias da noite passada.

Levantei-me, sentindo uma dor surda no corpo.

O álcool ainda persistia no meu sistema, e eu não tinha ideia de quantas vezes tínhamos... bem, quantas vezes tínhamos feito aquilo. Mas apesar de tudo, não podia negar que tinha gostado.

"Você é tão idiota, Kim!" Eu me repreendi, passando a mão pelos cabelos. "Você nem mesmo pediu o nome dele." Suspirei, envergonhada pela minha imprudência.

Como eu pude me deixar levar por um estranho assim?

Olhei para baixo, percebendo que estava completamente nua. "Meu Deus!" eu exclamei, agarrando meu vestido do chão e rapidamente o vestindo.

O despertador ainda zumbia ao fundo, me lembrando que já passava das cinco da manhã.

Era cedo, muito cedo para alguém estar acordado. Se eu me apressasse, poderia voltar para a casa da matilha sem ser notada.

Peguei meus saltos e os segurei na mão, decidindo andar descalça para evitar fazer barulho.

Respirei fundo e abri a porta do porão, saindo cautelosamente. Olhei ao redor, certificando-me de que o caminho estava livre antes de caminhar nas pontas dos pés em direção à entrada principal.

Meu coração acelerava a cada passo, esperando que ninguém me visse.

Justo quando cheguei à porta, uma mão agarrou meu pulso por trás. Congelei, meu coração pulou do peito...