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A carruagem negra circulava a cidade, porém, era pouco chamativa, mas percebia-se pelo luxo, por sua cor envernizada que refletia a luz do sol que nascia. Alguns cavaleiros seguiam à frente da carruagem a cavalo, e outros atrás, num total de nove homens. No entanto, eles não levavam nenhuma evidência de realeza, por exigência antecipada da imperatriz, para não chamar tanta atenção, já que ver uma das rainhas fora do castelo, ainda mais em um lugar tão medíocre, traria muito falatório e tumulto rapidamente.
Incomodada com suas vestes largas e longas, dentro da carruagem, a empregada ajudava-a a retirar o vestido, para que ficasse com um traje mais leve, com calças mais folgadas de lã, que eram comuns apenas em determinadas ocasiões, como esportes ou trabalho.
Ao descer, pararam de frente à casa daquele jovem homem. Seus soldados abriram as portas, e ela subiu até o último andar daquela casa.
Parecia apressada, mas, ao chegar na porta do quarto dele, viu que estava trancada. A empregada tentava acompanhar a imperatriz subindo as escadas, mas acabou ficando para trás, de modo que apenas os soldados conseguiam acompanhá-la.
Ao se deparar com a porta trancada, Vitória bateu com força cinco vezes.
Vitória (ansiosa): "Naberius! Eu sei que está aí, abre essa porta."
Sem resposta. Vitória bateu mais cinco vezes e mordeu os lábios, um pouco nervosa. Então, olhou para os soldados e ordenou:
"Vamos, arrombem essa porta imediatamente!"
Ela se afastou, e os soldados golpearam a porta duas vezes, chutando os trincos até que cederam.
Porém, ao abrir o quarto, Vitória ficou espantada com o que viu. Sua expressão de raiva e angústia transformou-se em espanto e surpresa.