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Chapter 22 - Capítulo 22: A Força da Água em Meio a Noite estrelada.

O sol desapareceu do céu, dando espaço para as estrelas e a lua. O som de vários animais diferentes começou a ecoar ao redor, cada um marcando sua presença em meu mapa mental. Apesar da sinfonia selvagem, não senti nenhuma hostilidade, apenas a curiosidade natural das criaturas mágicas em relação aos novos visitantes em seu habitat.

O clima tropical desta região próxima de Ixtal trouxe um dia agradável, e a caminhada se mostrou gratificante. No entanto, ao entardecer, a temperatura caiu um pouco. Decidi então preparar uma sopa em uma panela que comprei em Piltover. Graças à tecnologia Hextech, a panela se aquecia sozinha, tornando o processo muito mais prático.

Enquanto a sopa cozinhava, aproveitei o tempo para explicar toda a situação. Contei como saí de Ionia e cheguei a Piltover e Zaun, detalhando nosso objetivo atual.

Ahri, sentada perto de mim, segurava uma caneca de café em uma mão.

- Parece que você estava bem ocupado - afirmou ela, soltando uma bufada de insatisfação.

Senti o olhar de Ahri cravado em minhas costas, um misto de insatisfação e ciúmes. Ela sempre foi direta em suas emoções, e sua frustração estava clara. Enquanto mexia a sopa, tentei suavizar a situação.

- Sim, foi uma jornada bem agitada - admiti, tentando manter o tom leve. - Mas olha que legal, pelo menos estamos juntos novamente.

Jinx, que nunca perdia uma oportunidade de provocar, entrou na conversa com um sorriso travesso no rosto. - Você sabia, Ahri, que o Renier me beijou várias vezes? Ele é realmente bom nisso - disse ela, piscando para mim de forma provocativa.

Ahri ergueu uma sobrancelha, o ciúme brilhando em seus olhos. - Oh, é mesmo? - respondeu ela, tentando manter a compostura.

Suspirei, percebendo que a situação estava prestes a se transformar em uma competição de ciúmes. - Ahri, Jinx, não é hora para isso. Vamos aproveitar o momento e relaxar um pouco, ok?

Ahri bufou, mas um sorriso brincou em seus lábios. - Certo, Renier. Mas saiba que não vou deixar você sair beijando qualquer uma por aí - disse ela, cruzando os braços.

Virou minha esposa agora? - Sim, sim como desejar... - respondo voltando-me para a sopa, não vou entrar na discussão senão sobra para meu lado.

Jinx, por outro lado, continuou a rir. - Relaxa, Ahri. Ele é todo seu, mas não posso prometer que não vou tentar roubar mais alguns beijos de vez em quando.

Bom, pelo menos elas estão conversando, e não posso mentir. Gosto de um ambiente mais descontraído quanto estou acampando...

O clima descontraído acabou envolvendo todos nós. Ahri e Jinx continuaram a se provocar, mas o tom leve e brincalhão aliviou a tensão inicial. Sentados ao redor do fogo, compartilhamos as informações sobre nossa missão, enquanto a noite avançava e a sopa finalmente ficava pronta...

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Observar as estrelas neste mundo é bem mágico. Sem poluição visual, me pergunto como são os seres que observam de cima, dos cosmos. Existem muitos que focam em Runeterra, o que sempre me surpreende.

Pena que só eu estou acordado para ver essa beleza. Ahri e Jinx, logo após terem comido, foram dormir. Antes disso, começaram a discutir sobre de qual lado eu deveria dormir. Fui envolvido em uma disputa problemática, afinal, qualquer escolha faria eu perder.

Para evitar mais confusão, fiz com que elas dormissem em lados opostos a mim. Agora, parecem dois anjinhos. Embora Jinx, vez ou outra, solta algumas palavras como "explodir" ou "caótico", coisas típicas de Jinx.

Saio do lado dela, sem que percebam meus movimentos agindo com furtivamente. Esticando os braços para cima, apenas solto um suspiro aliviado para retirar a tensão do meu corpo.

Dou uma outra olhada para elas. Estendo a minha mão fazendo com que uma barreira surja ao redor delas. Assim ninguém vai chegar perto. Agora quero dar uma explorada pelos arredores, já que não preciso dormir.

Decido caminhar um pouco pelas redondezas da floresta, aproveitando a tranquilidade da noite. Os sons da floresta são uma sinfonia de vida: o farfalhar das folhas ao vento, o canto distante de aves noturnas e o ocasional murmúrio de pequenos animais espreitando entre a vegetação.

Caminhando entre as árvores gigantescas, a luz da lua ilumina o caminho com um brilho prateado, criando um cenário quase etéreo. De repente, percebo um brilho suave à minha direita. Aproximando-me com cautela, e vejo um grupo de pequenas criaturas luminosas flutuando no ar. São fadas eu acho, suas asas transparentes refletindo a luz da lua em um espetáculo deslumbrante. Elas dançam ao redor de uma flor azul brilhante, seus risos suaves enchendo o ar.

Observo, fascinado, enquanto uma das fadas se aproxima de mim, curiosa. Ela flutua perto do meu rosto, seus olhos brilhando com curiosidade. Dou um sorriso gentil, e ela responde com um leve aceno antes de voltar para suas companheiras.

Continuo minha caminhada, maravilhado com a diversidade de vida que a floresta de Kumungu oferece. Logo adiante, encontro um pequeno lago cercado por plantas bioluminescentes. A água é cristalina, refletindo o céu estrelado acima de mim. Pequenos peixes nadam perto da superfície, suas escamas brilhando como pequenos diamantes na água.

Estreito os olhos enquanto me aproximo da beira. Esse lago parece ser mais fundo do que consigo enxergar.

Tento focar meus olhos no fundo; não sinto hostilidade, mas há algo lá embaixo. Surpreso, desvio instintivamente para trás quando um grande cajado, parecido com um tridente de duas lâminas, emerge, cruzando minha visão quase à queima-roupa.

Seguro o cajado rapidamente antes que caia de volta. - Não foi direcionado contra mim... - realmente, não é só impressão, há alguma coisa lá embaixo.

Solto um suspiro, olhando para o cajado, e volto minha atenção para o fundo do lago. Não tem outro jeito, vou ter que pular... Começo a caminhar para dentro da água, sentindo a água fria molhar meu traje a cada passo, até finalmente ficar submerso, sem onde me apoiar ou pisar.

A vastidão em meio ao breu me envolve. Não preciso me preocupar com falta de oxigênio. Fecho os olhos e, ao reabri-los, a escuridão logo toma cor, revelando uma variedade de peixes bioluminescentes e cristais brilhantes.

A medida que desço mais fundo no lago, a luz se torna um tanto escassa, mas o brilho dos peixes bioluminescentes e dos cristais ilumina suavemente o caminho. Eles flutuam ao meu redor, parecendo minúsculas estrelas nadando em uma constelação subaquática. As cores variam do azul profundo ao verde esmeralda, criando um espetáculo hipnotizante de luzes dançantes.

As plantas aquáticas balançam suavemente com o movimento da água, algumas delas também emitindo um brilho tênue, como lanternas naturais. Os peixes são de várias formas e tamanhos, alguns com barbatanas longas e elegantes, enquanto outros possuem corpos robustos e escamas que parecem feitas de vidro.

Continuo a descer, sentindo a temperatura da água esfriar gradualmente. O fundo do lago parece se afastar mais e mais, revelando uma profundidade surpreendente. Os cristais se tornam mais frequentes, incrustados nas paredes rochosas que agora me cercam. Cada um brilha com uma intensidade única, criando um caleidoscópio de cores.

Em meio a escuridão uma figura começa a emergir da fenda. Inconsciente, ela é trazida à tona, sua cauda verde-azulada coberta de escamas brilhantes. Seus cabelos loiros, longos e sedosos, flutuam ao redor de seu rosto delicado, emoldurado por uma coroa intrincada adornada com uma joia azul resplandecente.

Vestida com uma armadura de escamas com detalhes em amarelo e azul, ela segura um tridente imponente, cuja lâmina cintilante e a esfera azul no topo simboliza seu domínio sobre as águas. Reconheço imediatamente: é Nami.

Nado até ela, segurando o ombro e a cintura dela. Passo meus dedos pelo pescoço dela; ainda está viva. O corte em seu peito é profundo, e preciso agir rápido.

Encosto minha mão no ferimento, usando magia de gelo para congelar o corte, estancando temporariamente o sangramento. Preciso levá-la para a superfície para tratar melhor do ferimento.

Enquanto começo a nadar para cima, os olhos de Nami se abrem levemente. - Uh... - ela murmura, a voz fraca e confusa. - Quem é você? - pergunta, olhando ao redor desorientada.

Sem poder falar debaixo d'água, aproximo meu rosto dela, tentando transmitir calma e segurança. Aponto para cima, indicando que precisamos sair da água.

Nami parece entender, e segura-se em mim enquanto continuo a nadar para a superfície. A luz da lua brilha através da água, oferecendo uma orientação constante enquanto subimos.

Distraído, sinto uma súbita pressão no meu pé. Meus olhos se arregalam quando sou puxado violentamente para baixo. Abaixo de mim, uma criatura grotesca emerge das sombras, um peixe corroído do Vazio, suas garras afiadas cravando-se na minha perna.

Uma estranha sensação percorre meu corpo, e, através do choque, noto uma fenda aberta na rocha, exalando uma coloração roxa característica do Vazio, misturada com um tom vermelho que se dispersa na água.

- Você está bem!? - perguntou Nami, alarmada.

Maldito, seguro firme o Cajado das Marés, fazendo um corte meia lua, dentro da água, fazendo com que a criatura do Vazio seja divido ao meio com a força imposta na pressão da água.

- Oh... Não pensei que poderia fazer isso embaixo d'água - murmurou ela admirando o ataque.

Finalmente, rompo a superfície do lago, respirando fundo o ar fresco da noite. Carrego Nami até a margem, deitando-a gentilmente sobre a grama. Suas escamas brilham sob aluz das estrelas.

- Eu sou Renier - digo, finalmente podendo falar. - Essa não é a melhor hora, mas você vem sempre aqui?

Nami olha para mim, ainda um pouco desorientada, porém não suficiente para soltar uma risada aliviada. - Haha, Obrigada... Renier, sou Nami uma Vastaya como você pode ver, e não, heh, essa é a primeira vez vindo aqui... - afirmou ela em um tom humorado.

- Vamos cuidar desse ferimento e garantir, e podemos conversar com mais tranquilidade - assegurei, começando surgir uma luz branca da palma da mão, no peito dela, fazendo ele se curar gradualmente até desaparecer.

Nami é da tribo Marai, uma das primeiras das ondas a se aventurar na terra por Runeterra com o único objetivo de entregar a pedra da lua para o Aspecto da Deusa da Lua no Monte Targon.

- Você me salvou de uma enrascada, - afirmou ela soltando um suspiro em frustração. - Esse rio tem várias cavernas que levam até o mar, porém não me descuidei... não cogitei que um fenda do Vazio estaria tão próximo da superfície - indagou ela.

Sento na grama e olho para ela. - Pelo menos você saiu viva, é o que importa - respondi para ela.

Ela olha para o Cajado das Marés com curiosidade. - E pensar que alguém que existe alguém além da Tribo Marai que não seja eu a conseguir usar o cajado como você - afirmou Nami animada.

Ah, não tinha percebido o que eu fiz. - Hehe, que estranho, não é? - afirmei desviando o olhar.

Não quero muita atenção desnecessária, já tenho problemas suficientes por essa noite.

Continua...