Chereads / Legado Cósmico: A Jornada do Guardião Negro / Chapter 21 - Capítulo 20: Um Combate entre Guerreiros.

Chapter 21 - Capítulo 20: Um Combate entre Guerreiros.

Renier caminhava lentamente pela clareira, os olhos azuis brilhando atentos a cada detalhe ao redor. A atmosfera parecia pesada, como se a floresta ao redor prendesse a respiração em respeito ao que estava para acontecer. Ele sabia que aquele local não era apenas uma arena; era um convite. Um chamado inevitável para um confronto que ele já esperava.

Quando cruzou o limite do círculo, a energia demoníaca reagiu de imediato, selando os arredores com uma barreira negra, pulsante, como se fosse viva. Ele não tentou recuar. Não era do tipo que fugiria de algo interessante, ainda mais aquelas que prometiam ser memoráveis. A lâmina azul de sua foice brilhou intensamente em suas mãos, refletindo o turbilhão de emoções e energia que se agitavam ao seu redor.

O vento uivou como se anunciasse a chegada de algo antigo e poderoso. Renier apertou os olhos enquanto o pilar de energia carmesim irrompia do chão, um espetáculo de luz e trevas que rasgava o céu. O barulho ensurdecedor era como um rugido primordial, e Renier sorriu, um sorriso audacioso que parecia desdenhar o perigo iminente.

Quando o feixe finalmente se dissipou, a figura que emergiu do centro do pilar era digna de uma lenda. O Cavaleiro Negro, envolto em uma armadura escura corroída por energia maligna, ajoelhava-se, como se a própria terra o recebesse como um rei. Seu manto oscilava sob o peso do poder, e o brilho vermelho que escapava do elmo era como um farol de morte. Cada detalhe daquele ser exalava autoridade e destruição.

Renier assobiou baixinho, impressionado. — Tá aí uma entrada digna de chefão final, — murmurou para si mesmo, girando a foice casualmente em suas mãos. — Se isso fosse um videogame, tenho certeza de que estaria salvando antes de enfrentar você.

O Cavaleiro Negro levantou-se lentamente, uma presença colossal que parecia dobrar o próprio espaço ao seu redor. Com um movimento fluido, ele ergueu a mão, convocando uma espada negra que parecia ter sido forjada com a própria essência das trevas. Sua lâmina irradiava malícia, e o escudo massivo que se materializou em sua outra mão completava a imagem de um guerreiro perfeito, equilibrando poder ofensivo e defesa absoluta.

— Agora sim, — Renier disse, endireitando a postura, a lâmina azul de sua foice brilhando mais intensamente em resposta à presença do inimigo.

O Cavaleiro não respondeu com palavras, mas a energia ao seu redor rugiu em desafio. O duelo estava prestes a começar, e naquele momento, o destino parecia assistir em silêncio, esperando para ver qual deles seria digno de permanecer de pé…

Renier não perdeu tempo. Assim que o Cavaleiro Negro avançou, o chão tremendo sob o impacto de sua marcha, ele se preparou com a foice erguida, a lâmina azul brilhando como um farol de destruição. Mas o que ele não esperava era a velocidade brutal do Cavaleiro. Como uma sombra, a figura avançou com uma precisão sobrenatural, sua espada negra cortando o ar com um estrondo ensurdecedor.

Renier reagiu no último segundo, usando o cabo de sua foice para interceptar o golpe. O impacto foi tão forte que o som ecoou pela clareira, como um trovão, e o solo sob seus pés afundou com a força do choque. A lâmina de aço escura colidiu contra a arma de Renier, vibrando com uma energia destrutiva. Mas o Cavaleiro Negro não se deteve. Em um movimento fluido, ele levantou o escudo com a mesma rapidez, como se fosse parte de sua própria extensão, e o acertou diretamente em Renier.

O impacto foi brutal. Renier foi lançado para trás com uma força avassaladora, seu corpo colidindo violentamente contra a barreira negra que selava a clareira. O choque reverberou pelo campo, e no instante seguinte, uma descarga elétrica de energia demoníaca explodiu de dentro da barreira, fazendo Renier ser arremessado para frente, seu corpo queimando com a força da energia.

O Guardião caiu de joelhos, cuspiu um pouco de sangue e sentiu a dor queimando em seu corpo. Cada músculo parecia estalar, como se a própria energia demoníaca tivesse arrancado sua força. Ele permaneceu por um momento, respirando pesadamente, absorvendo a dor. Não seria derrotado por um golpe como aquele. Renier levantou-se novamente, limpando o sangue da boca enquanto a adrenalina se espalhava pelo seu corpo. Ele sabia que não poderia subestimar seu oponente, mas não iria desistir apenas com isso.

Ele olhou para o Cavaleiro Negro com um sorriso torto, desafiador. — Bem, parece que você não gosta de quando alguém tenta sair do seu próprio jogo. — Renier deu uma leve risada, apesar da dor que ainda ardia em sua pele. — Isso é o que acontece quando alguém tenta fugir, não é?

Ele levantou a foice, sua postura mais firme agora, os olhos azuis brilhando com uma intensidade renovada. — Mas... agradeço pelo cuidado, grandalhão. Eu já tinha ouvido falar que você não era fácil de lidar. — Sua voz era provocativa, cheia de confiança, mesmo com as cicatrizes da batalha começando a surgir.

O Cavaleiro Negro observou Renier, sem uma palavra, mas sua aura aumentou, como se a energia ao seu redor fizesse um eco sombrio, respondendo à provocação. Estava claro que a luta estava apenas começando, e o campo de batalha seria decidido apenas por um deles.

Renier, sentindo o peso da batalha em cada respiração, não hesitou. Com um sorriso de confiança em seus lábios, ele girou a foice no ar com maestria e avançou contra o Cavaleiro Negro. O aço cintilou enquanto ele cortava o espaço com um movimento fluido e feroz. O Cavaleiro, pronto para bloquear com seu escudo, foi surpreendido quando Renier fez a lâmina da foice raspar o solo. O som da lâmina cortando o ar se misturou ao som da poeira se erguendo, enquanto o brilho vermelho do elmo do Cavaleiro iluminava a escuridão da clareira.

No instante seguinte, Renier fez um movimento de finta, um sorriso desafiador dançando em seu rosto. Antes que o Cavaleiro pudesse reagir, um soco brutal atingiu o escudo, fazendo-o se arrastar para longe. O impacto reverberou pelo ar, e o som do metal batendo contra o chão foi ensurdecedor. A força do golpe quebrou a estabilidade do Cavaleiro, deixando-o desequilibrado por um momento.

Renier não perdeu tempo. Ele usou a foice para cortar a nuvem de poeira que se formava, deixando uma trilha luminosa por onde a lâmina passava. Com a outra mão, que agora sangrava, ele não demonstrou nem uma fração de fraqueza. Enquanto a poeira se assentava, ele observou seu oponente com uma expressão divertida e provocadora. — Seu escudo é bastante resistente, devo admitir, — ele comentou, a dor no seu ferimento sendo rapidamente dissipado por uma luz etérea azul que envolveu sua mão, curando o corte instantaneamente.

Ele sorriu de canto de boca para o Cavaleiro, um brilho de confiança nos olhos. — Mas a pergunta agora é: qual de nós dois vai durar mais nessa batalha? — A provocação estava clara em suas palavras, mas havia respeito também, um reconhecimento da força do seu oponente.

O Cavaleiro Negro, por sua vez, observou em silêncio. Ele olhou para o escudo quebrado, os pedaços espalhados pelo chão após o soco, e então fechou a mão, apertando a luva escura de sua armadura com uma expressão mais sombria. Seu olhar, agora mais sério e focado, encontrou os olhos de Renier. Em um movimento lento, ele falou, sua voz grave e respeitosa, mas carregada de uma intensidade sombria.

— Agora, você tem a minha atenção, garoto. Levarei você a sério a partir de agora. — A voz do Cavaleiro tinha uma ressonância que parecia reverberar no ar, e Renier não pôde deixar de sentir uma centelha de admiração por seu oponente.

Surpreso por finalmente ouvir a voz do Cavaleiro, Renier riu levemente. — Ah, então você não estava apenas sendo tímido? Não queria falar antes, ou estava esperando para ver se eu morria primeiro?

O Cavaleiro Negro manteve-se em silêncio por um momento antes de responder, sua voz ainda calma, mas com uma autoridade imponente. — Eu estava apenas analisando você. Se fosse mais um idiota buscando a morte aqui, não teria motivo algum para falar. Mas você é diferente... você está aqui para vencer, não para morrer. — O brilho no elmo do Cavaleiro aumentou, e uma aura de respeito e desafio pairava no ar entre eles. — Eu respeito isso.

Renier, com um sorriso de aprovação, curvou a cabeça levemente, sentindo um respeito mútuo sendo formado entre os dois combatentes. — Bom, então... fico honrado com a sua abordagem. E eu também vou levar este combate a sério. — Ele apontou sua foice em direção ao Cavaleiro, os olhos brilhando com uma intensidade azul que refletia seu espírito combativo. — E eu vou derrotá-lo.

O Cavaleiro Negro, sem hesitar, ergueu sua espada, sua postura firme e determinada. — Que assim seja. Este combate será digno, então.

Com um movimento quase simultâneo, ambos os combatentes se prepararam. O silêncio da clareira foi interrompido apenas pelo som do vento que sibilava, como se o próprio ambiente aguardasse o próximo movimento. A luta entre os dois estava prestes a atingir novos níveis, e ambos sabiam que, no final, só um sairia vitorioso.

Continua…