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Chapter 21 - Chapter 18: The Discussion with Edmund

Na madrugada do dia seguinte, Gregor e os representantes dos exilados atravessaram o mar calmo em pequenos barcos improvisados, rumo à Ilha da Garra. O sol nascente tingia o horizonte com tons dourados e carmesim, refletindo nas águas cristalinas. Ao chegarem, foram recebidos por Edmund, Kieza e Voss, que os esperavam no salão recém-construído da fortaleza.Sentados à enorme mesa de carvalho, os exilados mantinham olhares firmes, enquanto Edmund observava cada um deles cuidadosamente, tentando avaliar suas intenções. Gregor foi o primeiro a falar.— Viemos discutir os termos do nosso sindicato. Não somos meros refugiados em busca de abrigo. Somos marinheiros, pescadores, artesãos e guerreiros. Podemos contribuir, mas queremos garantias de que não seremos apenas subordinados sem voz.Edmund assentiu, descansando os antebraços sobre a mesa. — Não procuro criados, Gregor. Eu procuro aliados. A Ilha da Garra está crescendo e precisamos de mãos habilidosas para transformá-la em um verdadeiro refúgio e uma potência naval. Em troca, ofereço segurança, suprimentos e um lugar para chamar de lar.Rurik, ainda desconfiado, inclinou-se para a frente. - E o que impede você, uma vez mais forte, de nos tratar como descartáveis? Já fomos enganados antes.Kieza interveio calmamente. — Todos aqui perderam alguma coisa. Não há espaço para traição se quisermos prosperar. O que Edmund oferece não é servidão, mas uma nova chance. Aqui, você terá voz e um papel essencial na construção desse futuro.Mirella, a curandeira, ergueu o olhar para Edmund. — Queremos direitos iguais e participação nas decisões que afetam nossas vidas. Você garante isso?Edmund manteve o olhar firme. — Sim. Aqueles que se mostrarem leais e dispostos a construir terão voz no conselho que governará esta ilha. Minha liderança é necessária para manter a ordem, mas não sou tolo o suficiente para ignorar aqueles que tornam esse sonho realidade.Gregor trocou olhares com os companheiros, ainda refletindo sobre as palavras de Edmund. Então, ele se inclinou ligeiramente para a frente, testando os limites da negociação.— Se quisermos arriscar nossas vidas por esta nova casa, queremos algo concreto. A segurança e a habitação são essenciais, mas também queremos a participação nas decisões militares. Se lutarmos por esta ilha, devemos ter um lugar nas estratégias e na defesa.Edmund estudou Gregor por um momento antes de responder. — Concordo, mas a disciplina será mantida. Aqueles que demonstram competência podem ascender a posições de liderança, mas não posso permitir que a anarquia comprometa nossa segurança. Ordem e respeito são cruciais para que essa aliança funcione.Rurik soltou uma risada baixa e cruzou os braços. — Justo... Mas como saberemos que você realmente valoriza nossa presença? Muitos líderes falam de igualdade, mas poucos a praticam.Voss, que estava ouvindo em silêncio até agora, finalmente falou. — Edmund não faz promessas vazias. Servi sob o comando de um capitão que via os homens como ferramentas descartáveis. Se ele estivesse mentindo, eu não estaria aqui.Houve um silêncio tenso e Gregor suspirou finalmente, assinalando que estava convencido, pelo menos por agora.— Então queremos provas. Deixe-nos morar aqui por um tempo, trabalhar ao seu lado e ver se sua palavra se sustenta.Edmund sorriu fracamente. — Justo. Vou te dar três meses para resolver e provar seu valor. Se no final desse tempo você ainda quiser sair, eu não vou impedi-lo.A tensão no ar pareceu se dissipar ligeiramente. Gregor estendeu a mão e Edmund apertou-a com firmeza. O destino da aliança entre os exilados e a Ilha da Garra havia sido selado.