Quando, de repente, uma mão grossa e forte me puxou para fora do lugar, foi tão rápido que eu nem sei como fui parar na calçada, segurando a camisa da pessoa na cintura. Estávamos muito perto um do outro. Quando olhei para cima, fiquei paralisada. O homem era muito bonito, parecia um Deus grego, esculpido em cada pedaço: cabelos negros até a nuca, todo bagunçado, caindo sobre os olhos escuros, sobrancelhas grossas, barba feita, lábios grossos, peitoral largo e a camisa semiaberta. Foi quando senti um olhar amargo, uma sobrancelha levantada e um pequeno aperto no meu braço. Eu, voltando aos meus devaneios, soltei sua cintura. Foi quando ouvi uma voz grossa e forte: "Da próxima vez, presta atenção para onde está andando. Não pensa demais." Foi quando ele virou as costas e saiu. Eu fiquei de boca aberta com sua atitude. Foi quando Laura perguntou: "Você está bem?" Eu falei: "Sim." Ela perguntou: "O que foi aquilo? Você estava secando o Deus grego?" Eu sorri, meio sem graça. Eu fiquei hipnotizada, não sei dizer, Laura falou, sorrindo: "Ah, claro! Ele é muito gato." Revirando meus olhos, Laura me pergunta o que aconteceu com você. Você ficou parada, assustada. Eu não queria responder, acabei falando: "Não foi nada, só foi um mal-estar." Laura me olha desconfiada, mas resolve não falar. Eu não quero deixá-la preocupada com meus problemas. Foi quando lembrei que ele chegou tão rápido até mim e saiu tão rápido da pista. Eu perguntei a Laura como ele chegou tão rápido até mim, e já estávamos na calçada. Ela me olha com dúvidas e fala: "Eu não sei, eu fiquei muito assustada por você." Na hora, eu também tinha colocado as mãos nos meus olhos para não ver a tragédia e escutei, mas acabei deixando para lá. Graças a ele, eu estou bem, olhando para o lugar onde estava o assassino dos meus pais, mas não o vejo. Acabei seguindo e, ao chegar na faculdade, vejo muitas mulheres bonitas e homens também. Fico encantada com como a faculdade é bonita.