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Chapter 51 - Ato 51 - Detetive, Pai e Marido

Oliver está caminhando em direção ao seu quarto, sua mente confusa, pensando em várias formas de proteção

Encarando seu braço que não é mais humano, o sorriso do detetive nem dá sinal

Após alguns minutos de caminhada pelo castelo do reino, finalmente chega a seu quarto, mas se depara com alguém.

Oliver — O que foi?

Noctarion — Tenho perguntas.

Oliver — Certo... Entra e se senta ai.

Oliver abre a janela de seu quarto, percebendo mais uma vez a enorme lua vermelha no céu.

Oliver — E então?

Noctarion — Como as construções voltaram? Como você ganhou de seres que podem ver o futuro? E o que caralhos aconteceu com seu braço?

Oliver — Tantas perguntas e você realmente esperou meses pra isso?

Noctarion — Sim.

Oliver — Tá... Vou ser rápido então... Quando eu Deus me chamou pra bater um papo, uma das coisas que eu pedi pra ele, foi arrumar as construções.

Noctarion — E ele aceitou? Facilmente?

Oliver — Por algum motivo, a raça humana para ele é o ápice da criação... E como foi uma criança perfeita pedindo, acho que para ele não faz importância.

Noctarion — Ápice da criação?

Oliver — É... Eu não sei o que isso quer dizer, mas não é algo que não estou dando importância.

Noctarion — Entendo... E como derrotou os guardiões? Eu sei como as meninas ganharam por conta das habilidades, mas como você tava conseguindo burlar isso?

Oliver — Pelo o que eu consegui analisar, eles focam nas possibilidades do adversário mais problemático.

Noctarion — Vendo inumeras futuros, onde você faz inúmeros movimentos.

Oliver — Exatamente, tudo que eu fiz foi sobrecarregar minha mente, pensando em mais possibilidades, assim cansando deles.

Noctarion — Tem certeza disso?

Oliver — Claro que não... Não passa de uma teoria, não tem como eu confirmar, ainda.

Noctarion — Ainda?

Oliver — Deus apenas deu uma pequena pausa, tenho certeza que em algum momento, ele irá mandar uma cavalaria mais forte dessa vez, então vou tentar fazer experimentos com algum deles.

O rei dragão se assusta por um breve momento, mas logo assume sua postura novamente.

Oliver — Ou talvez eu só coma o Éter e estude mais a fundo suas prioridades.

Noctarion — Entendo, e esse seu braço?

Oliver — Sinceramente? Nem sei.

Noctarion — Complicado... Aliás, pode fazer um favor para mim?

Oliver — Qual?

Noctarion — A Naylume não está conseguindo dormir direito faz alguns meses... Nós já tentamos de tudo, até usamos magia de sono... Mas nada adianta.

Oliver — Ela não consegue dormir, ou não dorme por muito tempo?

Noctarion — Não dorme por muito tempo.

Oliver — Certo... Vou dar uma passada lá então.

Noctarion — Obrigado, acho que isso é tudo que eu queria saber, aliás, fico mais calmo sabendo que tenha voltado.

Oliver — Entendo.

Noctarion sai do quarto e se despede do detetive

Oliver por sua vez fecha a janela de seu quarto, encarando mais uma vez aquela lua, com um olhar sério.

Oliver — Sinceramente... Eu não sei como funciona esse sistema ainda, mas da proxima vez... As lutas não terão consequências...

O detetive sai de seu quarto e tranca a porta, começando a caminhar em direção ao quarto de Naylume.

Oliver — [Vamos ver que tipo de problema você está tendo...]

Em poucos segundos chega no local e encontra Naylume em frente a porta, sentada no chão.

Oliver — Tá fazendo o que ai?

Naylume — Pai?

Oliver — Fiquei sabendo que alguém estava dormindo com dificuldades, o que está acontecendo?

Naylume — Eu tenho medo...

[Chorando]

Oliver — Medo do que exatamente?

Naylume — De tudo... Todo mundo pode morrer a qualquer momento... Vocês vivem se machucando enquanto lutam... Eu tenho medo de perder o que eu tenho...

Oliver — Nay...

O detetive se abaixa e segura a criança em seus braços.

Oliver — Tá tudo bem... Você não vai perder nada...

Naylume — Mas... E se eu ficar sozinha? Se vocês sumirem...

Oliver — Isso não vai acontecer... Eu prometo...

Naylume — Mas eu tenho medo... Toda vez que o senhor sai para algum lugar... Não tem garantia que o senhor vai voltar vivo...

Oliver — Então está resolvido...

Naylume — Hm?

Oliver entra no quarto da garota e a coloca na cama.

Oliver — Como já faz um tempo que não te vejo, vou ter dar um presente.

Naylume — Presente?

Oliver — Sim...

Usando a cultivação e moldando a forma do seu sobretudo, Oliver faz um pequeno cachecol para sua filha.

Naylume — A cultivação serve apenas para liberar o potencial e moldar coisas?

Oliver — Fico feliz que tenha entendido bem... E aqui está seu presente...

Naylume — Um cachecol?

Oliver — Hmrum... Você pode usar ele quando quiser, não faz calor e enquanto tiver essas listras, quer dizer que eu ainda estou vivo.

Naylume — E se elas sumirem?

Oliver — Apenas significa que minha mana acabou... Eu não vou morrer... Ninguém mais vai... Ninguém mais irá passar por perigo... Eu prometo...

Naylume — Promete mesmo? De dedinho?

Oliver — Prometo, de dedinho.

Naylume coloca o cachecol e um enorme sorriso surge em seu rosto

Oliver, por sua vez, fica mais relaxado e, ao abraçar sua filha, a coloca para dormir.

Oliver — [Espero que agora fique mais tranquila... Durma bem, meu anjinho...]

Saindo do quarto da garota, as aparições surpresas não param.

Oliver — Boa noite.

Mizuki — Boa noite...

Oliver — Seu olho mudou de cor né? Foi por causa da transformação?

Mizuki — Sim... Aliás, cadê seu sobretudo?

Oliver — Tá com a Naylume, ela precisa pra dormir.

Mizuki — Entendi...

Oliver — Enfim... Eu vou me deitar agora, fiquei muito tempo planejando inúmeras coisas.

Mizuki — Certo...

Caminhando em direção a seu quarto, Oliver percebe que Mizuki está o seguindo, mas prefere não falar nada

E enquanto abre a porta, Mizuki encosta sua cabeças nas costas do detetive.

Oliver — Que foi?

Mizuki — Hm...

Entrando no quarto, a mulher se joga na cama do detetive.

Mizuki — Não tô conseguindo dormir.

Oliver — Já sabe o motivo?

Mizuki — Minha mente não para... Eu vivo pensando em múltiplas coisas...

Oliver — Se focar em uma coisa só, acho que consegue dormir suavemente.

Mizuki — Esse é o problema, é difícil... Como vocês detetives fazem isso?

Oliver — Eu sou um caso a parte, pensar em várias coisas nunca me fez ficar para trás.

Mizuki — Entendi... Então não é normal para ninguém...

Oliver — Já tentou fazer algo?

Mizuki — Claro que já, mas nada resolve.

Oliver — Sinceramente... É uma dor de cabeça quando não se sabe lidar com isso.

Mizuki — Nem me diga...

O detetive se senta na cama enquanto encara a lua novamente.

Mizuki — O que foi?

Oliver — Essa lua vermelha...

Mizuki — Mas a lua não foi sempre vermelha?

Oliver — Ela nunca foi branca?

Mizuki — Nunca.

Oliver — [Espera... Quer dizer que... Realmente existem outros mundos, e esse mundo sobrepôs o meu...]

Mizuki — Que foi?

Oliver — No meu mundo, a lua é branca, e sua luz é muito mais forte.

Mizuki — E como é seu mundo?

Oliver — Um local sem poderes, onde a morte sempre está presente em qualquer lugar, um mundo onde todas as raças vivem se matando, onde tem países que sua população vive na precariedade.

Mizuki — É tão ruim assim?

Oliver — O mundo não é ruim, mas sim a população... Me pergunto como a raça humana é o ápice segundo Deus.

Mizuki — Será que é por que vocês acreditam demais nele?

Oliver — Mais e mais perguntas surgem... Complicado...

Mizuki — Hmrum...

Mizuki se aproxima do detetive.

Mizuki — Acho que... Você conseguiu resolver o meu problema...

Oliver — Parece...

A mulher se levanta e retira sua camisa.

Mizuki — Posso?

Oliver — Não é como se eu tivesse escolha... Eu acho.

Mizuki — Ter tem... Mas... É um pedido meu...

Oliver — Bem... Se quer tanto assim...

Oliver estala os dedos e sua mana reforça o local em volta, bloqueando a entrada, saída, impacto e proibindo até mesmo a visão de fora.

Mizuki se aproxima do rosto do detetive, que por sua vez, coloca suas mãos sobre a cintura da mulher

Enquanto se beijam, a mão do detetive desce e toca lentamente o rabo da tubarão

As pupilas da tubarão começam a se alterar, formando corações em seus olhos, sua respiração começa a acelerar

O corpo de Mizuki fica mais quente, acaba se excitando e se empolgando, beijando loucamente o detetive

Oliver volta a segurar a cintura da mulher novamente e a levanta, a colocando sobre si

Assim, ambos passam a noite juntos.