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Chapter 55 - Ato 55 - Proteção e Explicação

Oliver — AH!

Raviel — Você acordou, fico feliz em saber disso.

Oliver — O que... Aconteceu?

Raviel — Digamos que eu sem querer deixei escapar um gás perigoso.

Oliver — Então o que havia rolado, foi apenas uma ilusão?

Raviel — Quase isso, meio que o gás que vazou foi de um dos meus experimentos e ambos caímos.

Oliver — Me diga que parte é verdadeira? Sabe, antes daquilo.

Raviel — A parte verdadeira? Ah sim, paramos quando coloquei o veneno no recipiente.

Oliver — Entendi... Então aquilo não aconteceu, certo?

Raviel — Do quanto você se lembra?

Oliver — Tudo.

Raviel — TUDO!?

Oliver — Que foi?

Raviel — N-Nada...

Raviel da as costas para o detetive e foca no veneno.

Oliver — Mas espera um momento, a gente compartilhou a mesma... Como eu chamo isso? Sonho? Ilusão? Na verdade, deixa isso pra lá.

Raviel — É um gás que liga a mente das pessoas, mas eu não havia terminado ele ainda, desculpa...

Oliver — Você parece mais... Tímida?

Raviel — Esse é o meu outro extremo...

Oliver — Entendi.

Oliver dá uma olhada em volta e percebe o tanto de experimentos e teste feito pela alquimista.

Oliver — Pra que tudo isso?

Raviel — Hm? Ah, é que eu gosto de aprender, só isso.

Oliver — Você faz algo além de ser alquimista?

Raviel — Hmrum, eu sei quase tudo que é trabalho, eu quero testar todas as profissões, ou quase todas.

Oliver — Compreensível... Mas, aquele gás...

Raviel — Er... A-Aquele Gás?

Oliver — Ele me lembra a habilidade de uma certa conhecida.

Raviel — Ah, era só isso? Ufa...

Oliver — Que foi? Pensou que ia falar do seu outro lado extremo que é viciada em sexo?

Raviel — DIRETO DEMAIS!

Oliver — Olha quem fala.

Raviel — Não é que eu seja viciada... Foi só um... Um dos efeitos do excesso de mana! É isso!

Oliver — Não minta, eu já sofri isso duas vezes antes, e nenhum dos casos foi tão rápido assim, bem... Um foi parecido, mas demorou um pouco.

Raviel — TÁ! É que...

Oliver — É que?

Raviel — Eu não sou viciada, tanto que eu nunca fiz com ninguém.

Oliver — Eu me pergunto, já tentou resolver esse seu caso de dois lados extremos?

Raviel — E como eu resolveria isso? Não é como se tivesse uma forma de resolver.

Oliver — Tem sim.

Raviel — Como?

Oliver — Já ouviu falar em cultivação?

Raviel — Não, o que é isso?

Oliver — Deixa eu ver como posso explicar isso... Digamos que é um meio de evolução.

Raviel — Conte-me mais!

Oliver — Na cultivação, existe três caminhos, a reconstrução de materia, liberação de potencial e...

Raviel — DEMAIS!

Oliver — Mas antes de usar a cultivação, eu precisaria saber se essa sua bipolaridade foi causada por algo, ou foi uma mudança genética enquanto você era um bebê.

Raviel — Eu não lembro muito do passado por conta dos experimentos que eu faço, alguns explodem.

Oliver — Entendi, mas tem idéia que quem sabia?

Raviel — A única coisa que lembro, é que eu fui adotada pelo rei e pela rainha.

Oliver — Então devo falar com eles, aliás... Quanto tempo se passou desde que eu desliguei?

Raviel — Uns quinze minutos.

Oliver — Obrigado... Enfim, já vou indo.

Raviel — ESPERA!

Raviel chega rapidamente perto do detetive, segurando sua camisa.

Raviel — O antídoto...

Oliver — Obrigado novamente, pode ficar com o sobretudo, eu arranjo um novo depois.

Raviel — O-Obrigado...

Oliver — [Já entendi...]

Oliver coloca suas mãos nos ombros de Raviel.

Oliver — Quer vir comigo né?

Raviel — SIM! Eu não saio desse laboratório faz muito tempo, a rainha que trás comida e água.

Oliver — E por que não sai?

Raviel — Porque não me sinto segura.

Oliver — E se sente segura perto de mim?

Raviel — Eu não sei o motivo... Mas meus instintos dizem que sim...

Oliver — Hm, coloque algo por baixo então.

Raviel — Certo, espere um momento.

Enquanto a alquimista vai buscar uma roupa para se vestir, o detetive se encosta na parede.

Oliver — Hora de fazer experimentos...

Arremessando o frasco que contém o antídoto para cima, e o pegando rapidamente, Oliver começa a beber o antídoto

Com o poder de Panthar e copiando as propriedades do antídoto, agora o detetive tem como curar o veneno deixado pelos pecados no corpo do portador.

Raviel — O que acha?

Oliver — Um bodysuit de mangas longas com gola alta?

Raviel — Não gostou?

Oliver — Hm? Não é isso, é que normalmente eu penso que alquimista usam jalecos ou algum tipo de sobre tudo.

Raviel — Não é confortável, esse é um dos únicos tipos de roupa, que eu consigo usar sem reclamar.

Oliver — Entendi.

Raviel — E esse seu sobretudo, combinou perfeitinho...

Oliver — Hmrum... Enfim... Vamos?

Raviel — Vamos!

Ambos saem do laboratório e a alquimista tranca a porta com diversas fechaduras

Então, Raviel leva Oliver até o local que estava acontecendo o banquete

Não demora para chegaram e entrando no local, se deparam com todos conversando.

Melyris — E então?

Oliver — Caso encerrado.

Hestia — Amém, aliás, quem é essa?

Oliver — Bella Raviel, a alquimista que soryn tinha falado.

Raviel — Prazer em conhecer vocês...

Hestia — Eu pensava que alquimistas tinham um cabelo bem grande, tipo, eles não tem tempo para se preocupar com isso.

Raviel — Haha... Desse tamanho é perfeito para mim

Hestia — Entendi...

Oliver — Mel, me passa esse copo ai.

Melyris — Certo!

Panthar — Usou meu conceito para aprender as propriedades do antídoto, felizmente o capitão sabe pensar!

Usando o líquido que estava no copo, junto da habilidade do pecado da gula, Oliver insere o antídoto e o entrega para Melyris, que sem muita demora, já bebe.

Oliver — E então?

Melyris — Saudade sem problemas!

Oliver — Aparentemente... Tudo foi resolvido, agora, é sua vez Nyx.

Nyx — Belezinha...

Assim como fez com Melyris, o detetive retira o veneno da vampira e a entrega o antídoto

Após isso, Oliver e Raviel se juntam ao banquete

Após alguns minutos, todos já estão cheios.

Oliver — Rei e rainha, podemos ter uma conversa?

Zeromath — Claro.

Lilian — Não vejo porque não.

Oliver — Raviel.

Raviel — Tô indo!

Os quatro saem do lugar e caminham até o quintal da mansão.

Oliver — Aqui é bem grande em.

Zeromath — Sim, mas, o que queria conversar?

Oliver — Quero saber sobre o motivo da bipolaridade da Raviel.

Lilian — Ora... Parece que finalmente encontrou alguém que tenha coragem de explorar isso, em, Raviel.

Raviel — Er... Eu acho que sim.

Oliver — Como assim?

Lilian — Você mesmo viu, não viu? O lado agressivo dela? Ela tentou te matar enquanto estava no laboratório? Jogou veneno em você?

Raviel — Mãe...

Oliver — Bem... Não foi assim, foi um pouco diferente.

Lilian — diferente como?

Oliver — Com--

Raviel — NÃO! A gente veio aqui pra saber do meu problema, não vamos falar disso.

Oliver — Eu não iria falar sobre aquilo, mas você tá certa, não vamos perder tempo.

Zeromath — Certo... Por onde eu começo...

Oliver — Um momento.

Esticando seu braço para frente e usando a cultivação, Oliver cria uma tela.

Oliver — Bem, faltou eu dizer esse tipo de caminho da cultivação, o de ilustração.

Zeromath — Então é isso que você usou naquela vez no reino dos elfos?

Oliver — Algo parecido.

Zeromath — Então eu coloco a mão aqui?

Oliver — Sim, e as imagens que se lembra, vão ser reproduzidas.

Zeromath — Certo.

O rei demônio coloca sua mão sobre a tela e as imagens começam a ser formadas

Raviel nunca conheceu conforto... Desde que se entendia por gente, sua vida era poeira, fome e dor... Nascida nas favelas esquecidas do submundo, onde demônios miseráveis lutavam para sobreviver com restos, ela cresceu aprendendo a se esconder. Seus pais eram tudo o que tinha, dois demônios cansados que tentavam protegê-la das garras de um mundo que não perdoava os fracos.

Mas o submundo era cruel.

Naquela noite, a chuva negra caía pesada sobre os becos sujos. Raviel tinha sete anos e estava encolhida ao lado de sua mãe, esperando seu pai voltar com qualquer coisa que pudessem comer, seu estômago doía, mas ela aprendeu a não reclamar.

De repente, passos pesados ecoaram... Mas não era seu pai

Três demônios emergiram da escuridão, suas presas brilhando na pouca luz, eram cobradores de uma gangue local, e seu pai devia algo que nunca poderia pagar.

Tudo aconteceu rápido demais. Sua mãe se colocou à frente, protegendo Raviel com o próprio corpo. Gritos, sangue quente espirrando em seu rosto, seu pai surgiu logo depois, mas foi massacrado antes mesmo de entender o que acontecia.

Raviel não conseguiu reagir, ficou ali, paralisada, vendo os corpos inertes dos únicos que a amavam

Os assasinos vendo a situação da criança, não fizeram nada a respeito

E foram embora, deixando-a sozinha na chuva

O Coração Partido em Dois

Raviel não chorou, não gritou, Não se moveu

Ficou ali, ajoelhada entre os corpos dos pais, o sangue deles se misturando à lama ao seu redor. Algo dentro dela começou a rachar

Uma voz fraca e assustada ecoou dentro de sua mente:

"Não... Eu não quero..."

Mas outra voz surgiu, fria como a noite

"Se você não pode ser forte... então eu serei"

Naquela noite, Raviel morreu e renasceu

A fome, o medo, a dor... tudo se silenciou, em seu lugar, surgiu algo novo, algo que a protegeria

Nos dias seguintes, quem a encontrava via apenas uma menina frágil, de olhos vazios e postura encolhida. Mas nos momentos certos, quando a sobrevivência exigia, essa mesma menina tornava-se um monstro, agressiva, impiedosa, sem hesitar em fazer o que fosse necessário para continuar viva.

Raviel — Eu buscaria vingança... Mas... A rainha e o rei me acharam... E me livraram dessa caminho...

Lilian — Deixa lá se afundar em vingança, seria o maior desperdício e não apenas como rainha, mas também... Como mãe, eu não podia ignorar isso...

Zeromath — Por esse motivo, quando encontamos ela, decidimos focar mais nas favelas e agora, todo o reino está em paz, mas, sempre tem algum ladrão, felizmente os moradores já sabem resolver isso.

Oliver — Hm... Talvez não precise de cultivação então...

Raviel — Mas... Mesmo assim... Eu sempre estou alerta caso eles voltem...

Oliver — Não acho que tentem matar o rei e a rainha, afinal, pelo o que eu sinto, eles são fortes até demais.

Raviel — Mesmo assim... Eu aprendi alquimia só pra isso... Cuidar proteger eles...

Oliver — Então os outros trabalhos são o que?

Raviel — Um passa tempo.

Lilian — Ela vive naquele laboratório, mas raramente ela sai, e quando sai, faz diversos trabalhos para ajudar a população.

Oliver — Entendi.

Raviel — E então, sabe como consertar esse meu problema?

Oliver — Hm...

O detetive puxa a alquimista para perto de si e a abraça fortemente.

Raviel — Hm?

Oliver — Não é sobre consertar algo, ou que algo seja o problema... Você é assim... Mesmo sem o trauma, provavelmente teria esse lado mais direto, mas não seria tão intenso.

Raviel — Eu não entendo o que quer dizer com isso...

Oliver — Raviel... Você não tem nenhum problema... Esse seu lado mais agressivo ou o outro mais tímido... Eles formam quem você é agora... Eles fizeram você crescer e amadurecer, mesmo que tenha te colocado em situações ruins... Mas... Sabe... Não precisa mais se preocupar...

Raviel — Mas... E se eles voltarem...

Oliver — Eu não deixarei você sujar sua mão de sangue... Eu irei resolver...

Raviel — Mas... E se...

Oliver — Não tem e se... Você é minha mulher... E nada, e muito menos ninguém, vai fazer mal a você... Não mais...

Lilian — Finalmente encontrou alguém... Em...

Zeromath — Me lembrei de nosso começo.

Lilian — Verdade...

Raviel — Oliver...

Oliver — Quer falar algo?

Raviel — Posso... Beber seu sangue?

Oliver — O que que vocês querem tanto com meu sangue? Eu entendo a Nyx que é uma vampira.

Nyx — O gosto é bom.

Mizuki — Hmrum.

Oliver — Hm? Então aí estão vocês.

Nyx — Hmrum.

Mizuki — Então, você é a terceira né?

Raviel — É... Eu acho que sou...

Oliver — Panthar...

Recebendo o chamado do capitão, Panthar vem rapidamente em direção ao detetive.

Panthar — AYO, CAPITÃO!

Oliver — Panthar, o que caralhos tem no meu sangue?

Panthar — Deixa eu provar pra ver.

O detetive fura o seu polegar usando seu dente canino e deixa Panthar analisar as propriedades.

Oliver — E então?

Panthar — Já sei! O seu sangue tem um gosto bem diferente do de seres humanos normais.

Oliver — Como assim?

Panthar — O sangue do capitão tem um gosto hipnótico, ou seja, agrada quem bebe, mas provavelmente só agrada quem teve excesso de mana pelo senhor.

Oliver — E qual gosto vocês sentem?

Nyx — No começo é meio salgado, mas depois vai ficando com gosto de Néctar.

Mizuki — Igualmente.

Oliver — Néctar é...

Panthar — Pelo o que eu senti no gosto, sim, mas como eu não tenho excesso de mana pelo capitão, logo, não vira vício.

Raviel — Se o gosto do seu sangue realmente é assim, provavelmente é por conta das coisas que você ingeriu ao decorrer da vida, ou pela mudança no código por influência de mana.

Oliver — Compreensível.

Lilian — Nós dois vamos entrar, temos que falar com as empregadas para arrumarem o quarto de vocês.

Zeromath — Vou indo também, aparentemente as confeitarias querem mais ingredientes.

Oliver — Certo.

O rei e rainha saem do jardim, enquanto Panthar volta rapidamente para os outros pecados

Deixando o detetive e as mulheres sozinhos.

Raviel — Então...

Oliver — Hm... Vai em frente...

Raviel se aproxima do pescoço do detetive, recua um pouco, mas toma coragem e o morde.

Raviel — Realmente... Parece Néctar...

Nyx — Minha vez...

Mizuki — Também quero...

Oliver — Vocês em...

Nyx — Certo... A gente vai deixar vocês dois a sós.

Mizuki — Não demorem muito...

Oliver — Certo.

Nyx e Mizuki entram e vão em direção do resto da equipe.

Oliver — E então?

Raviel — Hm?

Oliver — Hm...

Oliver amarra seu cabelo e lenvanta a franja de Raviel, começando a encarar seus olhos rosas, que lembram jóias preciosas

Coloca sua mão embaixo do queixo da alquimista e se aproxima de seu rosto.

Raviel — Espera...

Oliver — Hm?

Raviel — Vamos pro laboratório...

Oliver — Certo.

Raviel vai na frente por um instante, mas, segura a mão do detetive.

Raviel — Vamos rápido... E sem fazer barulho...

Chegando ao laboratório, ambos entram e a alquimista tranca a porta

Oliver estala os dedos e sua mana já cobria todo o local, isolando qualquer passagem de som.

Raviel — Agora sim...

Oliver — Hm?

Raviel — Agora sim, podemos fazer, sem se segurar... Afinal... Eu sou uma succubus...

Oliver — Uma succubus virgem.

Raviel — Mesmo assim... Mas eu não sugar sua energia vital.

Oliver — Não parece uma na verdade.

Raviel — Ser succubus ou não, depende da marca, em uma certa idade, um demonio fêmea pode ou não receber uma.

Oliver — E você recebeu a sua...

Raviel — Sim... Há mais ou menos dois anos... Atualmente tenho vinte e três...

Oliver — Entendi...

O detetive segura a alquimista pela cintura e a levanta para cima, que por sua vez, cruza suas pernas, se prendendo ao detetive

E assim, como primeira vez da succubus e como terceiro esposa, Raviel passa a noite com Oliver

E como primeiro e único marido da alquimista, Oliver passa a noite com Raviel.