Oliver — AH!
Raviel — Você acordou, fico feliz em saber disso.
Oliver — O que... Aconteceu?
Raviel — Digamos que eu sem querer deixei escapar um gás perigoso.
Oliver — Então o que havia rolado, foi apenas uma ilusão?
Raviel — Quase isso, meio que o gás que vazou foi de um dos meus experimentos e ambos caímos.
Oliver — Me diga que parte é verdadeira? Sabe, antes daquilo.
Raviel — A parte verdadeira? Ah sim, paramos quando coloquei o veneno no recipiente.
Oliver — Entendi... Então aquilo não aconteceu, certo?
Raviel — Do quanto você se lembra?
Oliver — Tudo.
Raviel — TUDO!?
Oliver — Que foi?
Raviel — N-Nada...
Raviel da as costas para o detetive e foca no veneno.
Oliver — Mas espera um momento, a gente compartilhou a mesma... Como eu chamo isso? Sonho? Ilusão? Na verdade, deixa isso pra lá.
Raviel — É um gás que liga a mente das pessoas, mas eu não havia terminado ele ainda, desculpa...
Oliver — Você parece mais... Tímida?
Raviel — Esse é o meu outro extremo...
Oliver — Entendi.
Oliver dá uma olhada em volta e percebe o tanto de experimentos e teste feito pela alquimista.
Oliver — Pra que tudo isso?
Raviel — Hm? Ah, é que eu gosto de aprender, só isso.
Oliver — Você faz algo além de ser alquimista?
Raviel — Hmrum, eu sei quase tudo que é trabalho, eu quero testar todas as profissões, ou quase todas.
Oliver — Compreensível... Mas, aquele gás...
Raviel — Er... A-Aquele Gás?
Oliver — Ele me lembra a habilidade de uma certa conhecida.
Raviel — Ah, era só isso? Ufa...
Oliver — Que foi? Pensou que ia falar do seu outro lado extremo que é viciada em sexo?
Raviel — DIRETO DEMAIS!
Oliver — Olha quem fala.
Raviel — Não é que eu seja viciada... Foi só um... Um dos efeitos do excesso de mana! É isso!
Oliver — Não minta, eu já sofri isso duas vezes antes, e nenhum dos casos foi tão rápido assim, bem... Um foi parecido, mas demorou um pouco.
Raviel — TÁ! É que...
Oliver — É que?
Raviel — Eu não sou viciada, tanto que eu nunca fiz com ninguém.
Oliver — Eu me pergunto, já tentou resolver esse seu caso de dois lados extremos?
Raviel — E como eu resolveria isso? Não é como se tivesse uma forma de resolver.
Oliver — Tem sim.
Raviel — Como?
Oliver — Já ouviu falar em cultivação?
Raviel — Não, o que é isso?
Oliver — Deixa eu ver como posso explicar isso... Digamos que é um meio de evolução.
Raviel — Conte-me mais!
Oliver — Na cultivação, existe três caminhos, a reconstrução de materia, liberação de potencial e...
Raviel — DEMAIS!
Oliver — Mas antes de usar a cultivação, eu precisaria saber se essa sua bipolaridade foi causada por algo, ou foi uma mudança genética enquanto você era um bebê.
Raviel — Eu não lembro muito do passado por conta dos experimentos que eu faço, alguns explodem.
Oliver — Entendi, mas tem idéia que quem sabia?
Raviel — A única coisa que lembro, é que eu fui adotada pelo rei e pela rainha.
Oliver — Então devo falar com eles, aliás... Quanto tempo se passou desde que eu desliguei?
Raviel — Uns quinze minutos.
Oliver — Obrigado... Enfim, já vou indo.
Raviel — ESPERA!
Raviel chega rapidamente perto do detetive, segurando sua camisa.
Raviel — O antídoto...
Oliver — Obrigado novamente, pode ficar com o sobretudo, eu arranjo um novo depois.
Raviel — O-Obrigado...
Oliver — [Já entendi...]
Oliver coloca suas mãos nos ombros de Raviel.
Oliver — Quer vir comigo né?
Raviel — SIM! Eu não saio desse laboratório faz muito tempo, a rainha que trás comida e água.
Oliver — E por que não sai?
Raviel — Porque não me sinto segura.
Oliver — E se sente segura perto de mim?
Raviel — Eu não sei o motivo... Mas meus instintos dizem que sim...
Oliver — Hm, coloque algo por baixo então.
Raviel — Certo, espere um momento.
Enquanto a alquimista vai buscar uma roupa para se vestir, o detetive se encosta na parede.
Oliver — Hora de fazer experimentos...
Arremessando o frasco que contém o antídoto para cima, e o pegando rapidamente, Oliver começa a beber o antídoto
Com o poder de Panthar e copiando as propriedades do antídoto, agora o detetive tem como curar o veneno deixado pelos pecados no corpo do portador.
Raviel — O que acha?
Oliver — Um bodysuit de mangas longas com gola alta?
Raviel — Não gostou?
Oliver — Hm? Não é isso, é que normalmente eu penso que alquimista usam jalecos ou algum tipo de sobre tudo.
Raviel — Não é confortável, esse é um dos únicos tipos de roupa, que eu consigo usar sem reclamar.
Oliver — Entendi.
Raviel — E esse seu sobretudo, combinou perfeitinho...
Oliver — Hmrum... Enfim... Vamos?
Raviel — Vamos!
Ambos saem do laboratório e a alquimista tranca a porta com diversas fechaduras
Então, Raviel leva Oliver até o local que estava acontecendo o banquete
Não demora para chegaram e entrando no local, se deparam com todos conversando.
Melyris — E então?
Oliver — Caso encerrado.
Hestia — Amém, aliás, quem é essa?
Oliver — Bella Raviel, a alquimista que soryn tinha falado.
Raviel — Prazer em conhecer vocês...
Hestia — Eu pensava que alquimistas tinham um cabelo bem grande, tipo, eles não tem tempo para se preocupar com isso.
Raviel — Haha... Desse tamanho é perfeito para mim
Hestia — Entendi...
Oliver — Mel, me passa esse copo ai.
Melyris — Certo!
Panthar — Usou meu conceito para aprender as propriedades do antídoto, felizmente o capitão sabe pensar!
Usando o líquido que estava no copo, junto da habilidade do pecado da gula, Oliver insere o antídoto e o entrega para Melyris, que sem muita demora, já bebe.
Oliver — E então?
Melyris — Saudade sem problemas!
Oliver — Aparentemente... Tudo foi resolvido, agora, é sua vez Nyx.
Nyx — Belezinha...
Assim como fez com Melyris, o detetive retira o veneno da vampira e a entrega o antídoto
Após isso, Oliver e Raviel se juntam ao banquete
Após alguns minutos, todos já estão cheios.
Oliver — Rei e rainha, podemos ter uma conversa?
Zeromath — Claro.
Lilian — Não vejo porque não.
Oliver — Raviel.
Raviel — Tô indo!
Os quatro saem do lugar e caminham até o quintal da mansão.
Oliver — Aqui é bem grande em.
Zeromath — Sim, mas, o que queria conversar?
Oliver — Quero saber sobre o motivo da bipolaridade da Raviel.
Lilian — Ora... Parece que finalmente encontrou alguém que tenha coragem de explorar isso, em, Raviel.
Raviel — Er... Eu acho que sim.
Oliver — Como assim?
Lilian — Você mesmo viu, não viu? O lado agressivo dela? Ela tentou te matar enquanto estava no laboratório? Jogou veneno em você?
Raviel — Mãe...
Oliver — Bem... Não foi assim, foi um pouco diferente.
Lilian — diferente como?
Oliver — Com--
Raviel — NÃO! A gente veio aqui pra saber do meu problema, não vamos falar disso.
Oliver — Eu não iria falar sobre aquilo, mas você tá certa, não vamos perder tempo.
Zeromath — Certo... Por onde eu começo...
Oliver — Um momento.
Esticando seu braço para frente e usando a cultivação, Oliver cria uma tela.
Oliver — Bem, faltou eu dizer esse tipo de caminho da cultivação, o de ilustração.
Zeromath — Então é isso que você usou naquela vez no reino dos elfos?
Oliver — Algo parecido.
Zeromath — Então eu coloco a mão aqui?
Oliver — Sim, e as imagens que se lembra, vão ser reproduzidas.
Zeromath — Certo.
O rei demônio coloca sua mão sobre a tela e as imagens começam a ser formadas
Raviel nunca conheceu conforto... Desde que se entendia por gente, sua vida era poeira, fome e dor... Nascida nas favelas esquecidas do submundo, onde demônios miseráveis lutavam para sobreviver com restos, ela cresceu aprendendo a se esconder. Seus pais eram tudo o que tinha, dois demônios cansados que tentavam protegê-la das garras de um mundo que não perdoava os fracos.
Mas o submundo era cruel.
Naquela noite, a chuva negra caía pesada sobre os becos sujos. Raviel tinha sete anos e estava encolhida ao lado de sua mãe, esperando seu pai voltar com qualquer coisa que pudessem comer, seu estômago doía, mas ela aprendeu a não reclamar.
De repente, passos pesados ecoaram... Mas não era seu pai
Três demônios emergiram da escuridão, suas presas brilhando na pouca luz, eram cobradores de uma gangue local, e seu pai devia algo que nunca poderia pagar.
Tudo aconteceu rápido demais. Sua mãe se colocou à frente, protegendo Raviel com o próprio corpo. Gritos, sangue quente espirrando em seu rosto, seu pai surgiu logo depois, mas foi massacrado antes mesmo de entender o que acontecia.
Raviel não conseguiu reagir, ficou ali, paralisada, vendo os corpos inertes dos únicos que a amavam
Os assasinos vendo a situação da criança, não fizeram nada a respeito
E foram embora, deixando-a sozinha na chuva
O Coração Partido em Dois
Raviel não chorou, não gritou, Não se moveu
Ficou ali, ajoelhada entre os corpos dos pais, o sangue deles se misturando à lama ao seu redor. Algo dentro dela começou a rachar
Uma voz fraca e assustada ecoou dentro de sua mente:
"Não... Eu não quero..."
Mas outra voz surgiu, fria como a noite
"Se você não pode ser forte... então eu serei"
Naquela noite, Raviel morreu e renasceu
A fome, o medo, a dor... tudo se silenciou, em seu lugar, surgiu algo novo, algo que a protegeria
Nos dias seguintes, quem a encontrava via apenas uma menina frágil, de olhos vazios e postura encolhida. Mas nos momentos certos, quando a sobrevivência exigia, essa mesma menina tornava-se um monstro, agressiva, impiedosa, sem hesitar em fazer o que fosse necessário para continuar viva.
Raviel — Eu buscaria vingança... Mas... A rainha e o rei me acharam... E me livraram dessa caminho...
Lilian — Deixa lá se afundar em vingança, seria o maior desperdício e não apenas como rainha, mas também... Como mãe, eu não podia ignorar isso...
Zeromath — Por esse motivo, quando encontamos ela, decidimos focar mais nas favelas e agora, todo o reino está em paz, mas, sempre tem algum ladrão, felizmente os moradores já sabem resolver isso.
Oliver — Hm... Talvez não precise de cultivação então...
Raviel — Mas... Mesmo assim... Eu sempre estou alerta caso eles voltem...
Oliver — Não acho que tentem matar o rei e a rainha, afinal, pelo o que eu sinto, eles são fortes até demais.
Raviel — Mesmo assim... Eu aprendi alquimia só pra isso... Cuidar proteger eles...
Oliver — Então os outros trabalhos são o que?
Raviel — Um passa tempo.
Lilian — Ela vive naquele laboratório, mas raramente ela sai, e quando sai, faz diversos trabalhos para ajudar a população.
Oliver — Entendi.
Raviel — E então, sabe como consertar esse meu problema?
Oliver — Hm...
O detetive puxa a alquimista para perto de si e a abraça fortemente.
Raviel — Hm?
Oliver — Não é sobre consertar algo, ou que algo seja o problema... Você é assim... Mesmo sem o trauma, provavelmente teria esse lado mais direto, mas não seria tão intenso.
Raviel — Eu não entendo o que quer dizer com isso...
Oliver — Raviel... Você não tem nenhum problema... Esse seu lado mais agressivo ou o outro mais tímido... Eles formam quem você é agora... Eles fizeram você crescer e amadurecer, mesmo que tenha te colocado em situações ruins... Mas... Sabe... Não precisa mais se preocupar...
Raviel — Mas... E se eles voltarem...
Oliver — Eu não deixarei você sujar sua mão de sangue... Eu irei resolver...
Raviel — Mas... E se...
Oliver — Não tem e se... Você é minha mulher... E nada, e muito menos ninguém, vai fazer mal a você... Não mais...
Lilian — Finalmente encontrou alguém... Em...
Zeromath — Me lembrei de nosso começo.
Lilian — Verdade...
Raviel — Oliver...
Oliver — Quer falar algo?
Raviel — Posso... Beber seu sangue?
Oliver — O que que vocês querem tanto com meu sangue? Eu entendo a Nyx que é uma vampira.
Nyx — O gosto é bom.
Mizuki — Hmrum.
Oliver — Hm? Então aí estão vocês.
Nyx — Hmrum.
Mizuki — Então, você é a terceira né?
Raviel — É... Eu acho que sou...
Oliver — Panthar...
Recebendo o chamado do capitão, Panthar vem rapidamente em direção ao detetive.
Panthar — AYO, CAPITÃO!
Oliver — Panthar, o que caralhos tem no meu sangue?
Panthar — Deixa eu provar pra ver.
O detetive fura o seu polegar usando seu dente canino e deixa Panthar analisar as propriedades.
Oliver — E então?
Panthar — Já sei! O seu sangue tem um gosto bem diferente do de seres humanos normais.
Oliver — Como assim?
Panthar — O sangue do capitão tem um gosto hipnótico, ou seja, agrada quem bebe, mas provavelmente só agrada quem teve excesso de mana pelo senhor.
Oliver — E qual gosto vocês sentem?
Nyx — No começo é meio salgado, mas depois vai ficando com gosto de Néctar.
Mizuki — Igualmente.
Oliver — Néctar é...
Panthar — Pelo o que eu senti no gosto, sim, mas como eu não tenho excesso de mana pelo capitão, logo, não vira vício.
Raviel — Se o gosto do seu sangue realmente é assim, provavelmente é por conta das coisas que você ingeriu ao decorrer da vida, ou pela mudança no código por influência de mana.
Oliver — Compreensível.
Lilian — Nós dois vamos entrar, temos que falar com as empregadas para arrumarem o quarto de vocês.
Zeromath — Vou indo também, aparentemente as confeitarias querem mais ingredientes.
Oliver — Certo.
O rei e rainha saem do jardim, enquanto Panthar volta rapidamente para os outros pecados
Deixando o detetive e as mulheres sozinhos.
Raviel — Então...
Oliver — Hm... Vai em frente...
Raviel se aproxima do pescoço do detetive, recua um pouco, mas toma coragem e o morde.
Raviel — Realmente... Parece Néctar...
Nyx — Minha vez...
Mizuki — Também quero...
Oliver — Vocês em...
Nyx — Certo... A gente vai deixar vocês dois a sós.
Mizuki — Não demorem muito...
Oliver — Certo.
Nyx e Mizuki entram e vão em direção do resto da equipe.
Oliver — E então?
Raviel — Hm?
Oliver — Hm...
Oliver amarra seu cabelo e lenvanta a franja de Raviel, começando a encarar seus olhos rosas, que lembram jóias preciosas
Coloca sua mão embaixo do queixo da alquimista e se aproxima de seu rosto.
Raviel — Espera...
Oliver — Hm?
Raviel — Vamos pro laboratório...
Oliver — Certo.
Raviel vai na frente por um instante, mas, segura a mão do detetive.
Raviel — Vamos rápido... E sem fazer barulho...
Chegando ao laboratório, ambos entram e a alquimista tranca a porta
Oliver estala os dedos e sua mana já cobria todo o local, isolando qualquer passagem de som.
Raviel — Agora sim...
Oliver — Hm?
Raviel — Agora sim, podemos fazer, sem se segurar... Afinal... Eu sou uma succubus...
Oliver — Uma succubus virgem.
Raviel — Mesmo assim... Mas eu não sugar sua energia vital.
Oliver — Não parece uma na verdade.
Raviel — Ser succubus ou não, depende da marca, em uma certa idade, um demonio fêmea pode ou não receber uma.
Oliver — E você recebeu a sua...
Raviel — Sim... Há mais ou menos dois anos... Atualmente tenho vinte e três...
Oliver — Entendi...
O detetive segura a alquimista pela cintura e a levanta para cima, que por sua vez, cruza suas pernas, se prendendo ao detetive
E assim, como primeira vez da succubus e como terceiro esposa, Raviel passa a noite com Oliver
E como primeiro e único marido da alquimista, Oliver passa a noite com Raviel.