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Chapter 39 - Ato 39 - Dragões gêmeos

Se passa um dia após a reunião e o detetive já criou um enorme pássaro de mana

Todos já estão devidamente equipados e prontos para partir

Mas, um mulher está se aproximando, é Haris levando um novo sobretudo para Oliver.

Haris — Já estão de saída?

Oliver — Hmrum, a gente volta logo, eu espero.

Entregando um sobretudo branco com vários detalhes pretos em formato de caudas de raposa.

Haris — Aqui, pegue, é um novo sobretudo com runas.

Oliver — Kitsune? Pelo visto ainda se lembra dos meu gostos, obrigado.

Haris — Como eu poderia esquecer? Você vivia desenhando.

Melyris — Pai? O senho sabe desenhar?

Hestia — Sério? Que tipo de estilo?

Oliver — Por que você foi falar... Ah... Eu desenho semi realismo, nem tão mediano, nem tão avançado.

Hestia — Ah, que divertido.

Oliver — Enfim, se cuida Haris.

Haris — Você também.

O detetive retira seu antigo sobretudo e percebe que a parte branca de seu cabelo sumiu

Com esse feito, os cabelos das meninas também voltam ao normal.

Oliver — [Sério? Eu esperava que fosse consumir mais partes, mas tudo bem]

Em uma virada rápida e uma cena épica, Oliver veste seu novo sobretudo.

Noctarion — Hora de partir.

Naylume — Pai Oliver, o senhor vai voltar pra ver a Naylume, né?

Oliver — Claro que eu volto, pra onde mais eu poderia ir para descansar?

Naylume — Verdade...

Naylume dá um forte abraço no detetive e Asherin se despede de seu pai.

Asherin — A gente volta mais tarde.

Ragnor — Olha o monstro que você tá acompanhando...

Oliver — Não sei se fico triste ou feliz com isso.

A rainha do reino draconico, Soryn, chega carregando uma mochila de comida para a equipe.

Oliver — Não precisava...

Soryn — Claro que precisa.

Oliver — Eu não vou conseguir te convencer já que é uma boa ação, então obrigado.

É hora de ir e toda a equipe sobe nas costas da besta de mana invocada pelo detetive

Oliver coloca dá o sinal para o pássaro voar e rapidamente já estão em pleno ar.

Oliver — Sinceramente... Vamos demorar pra voltar, afinal não vamos apenas ao local do pecado da ira, vamos pro do orgulho também.

Asherin — Eles sabem onde ele tá?

Oliver — Eles sabem muito bem aonde os outros estão, eu apenas não tinha intenção de ir antes.

Azazel — Eles quem?

Oliver — Quando chegar a hora, você vai descobrir.

Azazel — Er... Tá, beleza.

Oliver — Hestia e Mel, quero que vocês tentem cultivar durante o caminho.

Melyris — Como?

Hestia — A gente não passou por uma sobrecarga de energia.

Oliver — Cruzem as pernas e juntem as mãos, depois deixem o resto comigo.

Hestia — Bem... Se o senhor diz.

Hestia e Melyris se aproximam e Oliver para trás delas.

Oliver — Agora eu quero que vocês esvaziem sua mentes e quando chegarem a hora, vou mandar mais informações.

O detetive cerca sua mão de mana e começa a escrever runas nas costas das garotas.

Oliver — Quando as runas brilharem, quer dizer que elas já vão ter ido para aquele lugar.

Azazel — Mas e a gente? O que a gente faz?

Oliver — Meu foco é nessas duas, vocês podem só esperar.

Azazel — Se você diz.

Asherin — Então se for assim...

A princesa se deita no colo do detetive.

Asherin — Não tem problema, né?

Oliver — Não... Mas não vai ter carinho na cabeça, tenho que ficar escrevendo runas nelas por um tempo.

Asherin — Por mim, tudo bem...

Azazel — [Quando eles ficaram tão proximos?]

O silêncio é dão continuo, que é possível escutar as respirações

E não leva muito tempo para Melyris e Hestia entrarem em contato com sua própria alma

Vendo as runas brilharem, o detetive começa a escrever mais e mais runas para aumentar o potencial das garotas.

Oliver — [Certo, hora de mandar as informações]

Enquanto isso, no subconsciente da Hestia, ela finalmente consegue ver as verdadeiras aparências de Aurora e Lazus

Hestia — Então... Vocês são assim?

Aurora — Nós conhecemos e temos uma boa ligação já faz muito tempo, mas é a primeira vez que podemos nós falar diretamente.

Lazus — Você cresceu em pirralha... Nem parece que alguns dias atrás tinha quatro anos.

Hestia — É claro que eu cresci, cresci pra ficar mais forte e proteger todos...

Aurora — Mas, o que veio fazer aqui?

Uma pequena luz brilha e uma frase surge.

"Quero que vocês aumentam a familiaridade, a maestria e seus poderes, não somente a Hestia ficar forte, mas vocês também"

Lazus — Quem é que está falando isso?

Hestia — É... É o meu pai, ele disse que ia mandar informações quando eu chegasse aqui.

Aurora — Compreendi, mas como devemos fazer isso?

"Mostrem para ela, a história de vocês, vocês não foram criados por ela, mas sim, revividos, mostrem seu passado para Hestia"

Aurora — Bem... É verdade, uma criança não pode criar dragões.

Hestia — Quer dizer que eu nunca, criei vocês?

Lazus — Você criou novos corpos para nós, mas nós já tinhamos existido no passado, então agradeço por isso.

Aurora — Também agradeço...

Outra mensagem surge dizendo:

"Taxa de compatibilidade: 50%"

Hestia — Porfavor... ME MOSTREM AS SUAS HISTÓRIAS.

Um telão de mana surge ao lado dos dragões, mostrando o passado de tais feras

Há muito tempo, em um mundo onde magia era o foco central, dois ovos lendários foram encontrados em um vale esquecido, cercados por tempestades eternas e nevascas impenetráveis. Um desses ovos emanava um frio tão intenso que alcançava o zero absoluto, congelando tudo ao seu redor. O outro era envolto em uma aura de eletricidade pulsante, capaz de obliterar qualquer criatura que ousasse se aproximar

Quando finalmente eclodiram, dois majestosos dragões nasceram. O primeiro, Aurora, era uma criatura de gelo e neve, cujas asas brilhavam como cristais sob a luz da lua. Seu poder era tão grande que ela podia congelar o mundo inteiro, parar o fluxo do tempo e moldar a realidade ao seu capricho. O segundo, Lazus, era um dragão de relâmpagos, com escamas douradas que cintilavam como estrelas. Ele tinha a habilidade de lançar raios com precisão mortal, atingindo alvos a quilômetros de distância

Embora fossem vistos como calamidades vivas, Aurora e Lazus não eram destrutivos por natureza. Eles preferiam a solidão e a harmonia, guardando os segredos do vale que os criou. Contudo, histórias sobre seu nascimento se espalharam rapidamente, e o medo tomou conta das raças do mundo. Governos e facções uniram forças para caçar os dragões, temendo o dia em que eles decidissem destruir tudo

Aurora e Lazus tentaram se esconder, mas a perseguição não cessava. Quando o primeiro exército os encontrou, os dragões foram forçados a lutar. Aurora congelou rios e florestas inteiras, criando barreiras de gelo eterno. Lazus, por sua vez, lançou raios tão poderosos que transformaram planícies em crateras. Apesar disso, os dois hesitavam em destruir aqueles que os atacavam, alimentando ainda mais as hostilidades

Logo, a resistência do mundo inteiro foi organizada para eliminá-los. Mesmo diante de ataques incessantes, Aurora e Lazus se mantiveram firmes, mas começaram a questionar sua existência. Seriam eles realmente uma ameaça? Por que haviam nascido com tais poderes?

Em sua busca por respostas, os dragões descobriram que seus ovos não foram criados por acaso. Eles eram os últimos fragmentos da energia primordial do mundo, forjados para manter o equilíbrio entre as forças da natureza e a ambição destrutiva das raças mortais. Aurora representava a preservação e o congelamento do tempo; Lazus, a energia e a renovação

Com essa verdade em mente, os dragões decidiram que não poderiam apenas fugir ou lutar. Precisavam ensinar o mundo a respeitar o equilíbrio que haviam sido feitos para proteger. Mas para isso, teriam que enfrentar uma última batalha contra as forças que se uniram para destruí-los

No confronto final, Aurora e Lazus demonstraram o verdadeiro alcance de seus poderes, não para destruir, mas para transformar. Aurora congelou os exércitos em estátuas de gelo, imóveis mas vivas, enquanto Lazus usou raios para dissipar as armas e tecnologias que os atacavam. Ao final, eles se ergueram diante dos líderes das raças e falaram com vozes que ecoavam como trovões e ventos gélidos:

"Não somos a calamidade que temem, mas o equilíbrio que precisam. Persistam no ódio, e o mundo será destruído por suas próprias mãos. Mas se escolherem coexistir, mostraremos um futuro onde gelo e relâmpago protejam, e não destruam."

Os líderes, impressionados e temerosos, concordaram em cessar os ataques. Aurora e Lazus retornaram ao vale, tornando-se guardiões silenciosos do mundo. Suas lendas continuaram a ser contadas, e embora poucos ousassem se aproximar do vale, todos sabiam que os dragões estavam sempre atentos, prontos para proteger o equilíbrio do mundo novamente.

Hestia — E... Como vocês morreram?

Aurora — Bem, na verdade não morremos, apenas selamos nossa existência, até que algum perigo novamente surgisse.

Hestia — Então, quer dizer que eu acordei vocês quando criei os novos corpos?

Lazus — Sim... Infelizmente perdemos muito poder, mas graças a você, estamos recuperando.

"Taxa de compatibilidade: 100%"

Hestia — O que isso quer dizer, pai?

Oliver demora um pouco para responder, mas logo dá sinal.

"Você vai descobrir em breve, então, parabéns pela conclusão do teste, é hora de voltar"

Hestia — CERTO! Tchau Aurora, tchau Lazus.

Aurora — Não precisa dar tchau, agora podemos nós falar com telepatia mesmo que você não esteja aqui.

Lazus — Eu diria que é, um gloriosa evolução.

Hestia é a primeira a retornar de sua cultivação

Runas começam a surgir no braço esquerdo da garota.

Agora com a outra mão livre, Oliver a usa para focar mais na Melyris.

Hestia — [eu consegui... EU CONSEGUI FICAR MAIS FORTE!]