O Alfa : Instinto Primitivo, um romance quase impossível mas delicioso

Sarcenack
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Synopsis

Chapter 1 - Capítulo 1- Cabana na floresta

O Alfa da floresta...um romance quase impossível, mas delicioso e arrepiante...

.... o amor e a força mais poderosos do mundo. Mesmo os mais cruéis dos monstros podem e são capazes de amar...

Monstros e criaturas da noite como vampiros e lobisomens e algo que eu nunca acreditei na existência, afinal nunca tive contato com um embora tenha ouvido diversos tipos de relatos diferentes tanto dos mais velhos quanto nas historinhas estupidas para dormir. Lendas urbanas e todo o resto, mas dizem que por trás de toda história por mais bobas que sejam sempre tem um pouco de verdade, no entanto nunca dei atenção para isso...não até ter minha própria experiencia...

CAPITULO 1- Cabana na floresta

Dentro daquele ônibus escolar no fundo lá estava eu sentada perto da janela olhando para fora enquanto minha turma e mais duas da faculdade íamos para um acampamento numa floresta chamada Infinito Crepúsculo, dizem isso porque devido à alta quantidade de arvores de grande porte no local impossibilita a passagem dos raios de sol deixando o local um pouco escuro. Muito dos alunos que aceitaram ir e justamente para dar uns amassos uns nos outros e os demais apenas para se embriagar durante a festa da fogueira e se acidentarem...Bom para mim era totalmente o contrário eu estava indo por insistência da minha melhor amiga Jessica por assim dizer. Ela estava sentada do meu lado olhando as redes sociais enquanto tagarelava sobre Daniel o típico garoto líder da turma de esportes e o popular mesquinho da faculdade que tem a maioria das garotas babando por ele...eu nunca vi nada de interessante nele, mas segundo a Barbara minha segunda amiga eu sou muito boba e encalhada...há! Muito prazer essa sou eu Elizabeth Stuart...

_ E então Liz o que você está achando do passeio? Eu acho que você vai se dar muito bem essa semana, florzinha.

_ Minha opinião não mudou Barbara, eu ainda acho que eu deveria ter ficado em casa e ido trabalhar..., mas eu não tive escolha senão vir.

Eu pude ver a careta que ela fez quando me ouviu falar, sinceramente não tem nada de bom nessa viagem vou estar presa num lugar chato com pessoas que eu trocaria por pó e nem drogas eu uso, mas tenho certeza de que essa seria uma boa ideia talvez assim eu consiga dormir em paz nessa semana. Logo a frente as meninas cochichavam entre si enquanto ficavam babando naquele estupido do Daniel e sua namorada Alicia ou mais conhecida como a perfeitinha dos professores

Só a voz daquela garota me dava nos nervos, eu não entendia, mas ela tinha algum tipo de inimizade comigo talvez porque pense que eu estivesse dando em cima do namorado dela...olhei para o lado e vi a Jessica importunando a professora querendo saber onde seriam os dormitórios, e do lado de fora estava começando a chover estragando ainda mais os meus planos de passar a noite fora daquela casa. Um pouco mais a frente pude ver as arvores se revelando nas estradas estávamos chegando o cheiro da terra molhada invadia minhas narinas e dei um sorriso de canto pelo menos havia algo de bom por ali mesmo que fosse temporário, o ônibus parou e começamos a descer de dois em dois seguindo a professora que nos levava para dentro da floresta não era um logo trajeto até que a silhueta da casa se mostrou em meio as arvores. Era realmente bonita diferente do que eu tinha pensado.

_ Bom aqui onde iremos ficar, por favor entrem com calma e escolham seus quartos e se acomodem antes do anoitecer.

A professora disse e todos começaram a entrar, escolhendo seus quartos e atras eu e as duas garotas fomos na intenção de encontrar um que coubesse nas três juntas, mas não tinha mais quartos grandes vazios nos restando a ficar separadas. No final do corredor do segundo andar encontrei um quarto vazio entrei e joguei minha bolsa na cama que estava encostada na parede o cheiro de madeira molhada era algo gostoso ali, um pouco mais a frente tinha uma janela redonda com vidros coloridos que dava a visão para a parte de dentro da floresta...era algo fascinante que eu poderia ficar horas observando sem me cansar, estive pesquisando sobre este lugar e o clima aqui varia muito sendo semelhante a um clima desértico. Quente durante dia e frio anoite...bom só espero não contrair um resfriado nesse meio tempo seria um verdadeiro pesadelo ficar doente e presa com esses primatas que eu chamo de classe.

Depois de me ajeitar no quartinho me sentei numa cadeira que estava escorada na parede com um retrato dos meus pais talvez as pessoas pensem que eu fui órfã ao nascer, mas não e este o caso quando eu era uma menininha meus pais sofreram um acidente infelizmente não sobreviveram com isso fui morar com minha tia Anne e meu tio John, embora eu me desse bem com eles e o filho deles meu primo Lucca sempre tive a sensação de estar sendo um fardo e então quando completei dezoito sei da casa deles e aluguei um apartamento onde vivo agora , tenho que confessar que não foi fácil de início me manter, trabalhar para pagar as mensalidades da faculdade, o aluguel fora os remédios que tomo. Enquanto eu estava perdida em meus pensamentos o som do meu celular tocando me fez voltar para a realidade olhei para a tela e o número da Barbara estava lá, o que diabos ela está querendo agora?

_ O que foi?

A risada dela ecoou na linha, revirei os olhos encarando a tela do celular

_ Que estresse todo e esse?

_Não é estresse, só diz logo o que você está querendo eu tenho de terminar de arrumar minha cama

Foi uma mentira, não porque eu queria que ela fosse embora, mas apenas porque não gosto que me interrompam quando estou fazendo algo...

_ Ok então senhora ocupada, eu só quero saber se você vai descer para jantar a professora disse que se todos vierem jantar, vamos ganhar chocolates. E você minha amiga vai me ajudar nisso, não é?

Aquela mansidão na voz dela me fazia sentir que não era exatamente aquilo que ela estava dizendo, não quero me envolver em problemas logo no primeiro dia aqui. Sem questionar muito abri a porta e desci as escadas indo até a sala de jantar e para a minha surpresa estavam todos lá sentados, meus olhos rodaram todo o lugar procurando por Barbara e Jessica que se sentaram no final da mesa guardando um lugar para mim e então tomei aquele espaço a minha direita estava Ellen uma garota muito legal, era a mais nova da turma depois de mim ela e uma albina linda nunca entendi o porquê de algumas garotas e garotos fazem piadinhas com ela. Seus olhos eram lindos nunca vi uma cor violeta daquele jeito a não ser em lentes. Após alguns minutos a professora se aproximou de nós junto a aqueles que possivelmente seriam os donos daquele lugar. Um casal de senhores seus cabelos grisados, a pele meio enrugada e seus olhos amorosos me fazia lembrar dos meus avos

_ Meninos cumprimentem a senhora e o senhor Judith e Clarck eles são os responsáveis por ceder este incrível lugar para nós

_ ah, não precisa disso tudo Kelen fiquem a vontade queridos, vai ser um prazer tê-los aqui conosco nesse meio tempo se precisarem de algo podem nos pedir.

A voz da senhora ecoou pela sala meio desgasta e rouca e nisso seguindo as ordens cumprimentamos aquele casal todos juntos, logo em seguida eles ajudaram a professora a nos servirem um prato delicioso de macarronada com almôndegas uma comida típica de vovós, bom depois daquela refeição incrível Barbara me puxou para um canto mais isolado tirando de dentro da sua blusa uma pequena garrafa de Vodka eu sabia que aquele papo todo de jantar não era atoa. Ela deu três goles bem generosos e me deu um pouco também, o gosto do álcool queimava em minha garganta eu não era acostumada a beber. Enquanto eu virava a garrafa em minha boca a voz de Daniel me fez dar um pulo o que diabos aquele garoto estava fazendo ali?

_Olha só...vocês sabem que beber aqui não pode certo?

Tirei a garrafa da minha boca no mesmo instante o encarando, de repente Barbara tomou frente do assunto

_ Qual foi Daniel não conta para a professora, nos só estamos querendo ter um gostinho bom essa noite

_ Bom...talvez se eu ganhar um pouco desse gostinho eu possa ficar de bico fechado...

Não demorou para ela tomar a garrafa da minha mão e dar para ele que bebeu o restante me encarando, seu olhar ardia como fogo em mim olhei para o lado e a minha amiga estava com um sorriso no rosto antes de sair daquele lugar me deixando sozinha com aquele babaca. Me virei para sair também até que a mão dele me puxou de volta me prendendo contra a parede entre seus braços

_ O que pensa que está fazendo? Eu tenho que voltar então sai logo da minha frente

Ele deu um risinho e se aproximou mais me fazendo ficar mais presa contra a parede, sua voz soava baixo o suficiente para apenas nos dois ouvirmos

_ E por que eu faria isso? Não acha que hoje está uma noite incrível? E está um pouco fria também talvez eu possa te ajudar a se manter aquecida caso a sua coberta não consiga.

_ Eu não estou a fim de ficar ouvindo suas baboseiras Daniel, saía da minha frente ou eu mesma vou fazer isso

_ Nossa...então a gatinha está nervosa hoje?

Ele disse passando a mão em minha coxa me deixando ainda mais irritada e desconfortável com aquela situação, tentei o afastar de mim, mas parecia que aquele moleque era um chumbo morto eu conseguia perceber o sorriso no rosto dele raspando aquele maldito piercing em sua língua entre os dentes, minha vontade era de arrancá-lo com minhas próprias mãos. Então quando levantei meu braço novamente para afastá-lo ele me empurrou novamente contra a parede com mais força colocando as mãos em minhas costas me encarando intensamente, meu coração estava prestes a explodir não consigo acreditar que eu vou ter o meu primeiro beijo com o homem que eu detesto...Não! Eu não posso permitir isso virei meu rosto para o outro lado, mas Daniel continua sendo insistente tentando me fazer olhar para ele novamente. Fechei os olhos fortemente para evitar encará-lo e então sua voz veio em meu ouvido mais uma vez

_ Olhe para mim Elizabeth...

_Não eu não vou

Ouvi seu suspirar frustrado e em seguida sua mão agarrando meu queixo virando meu rosto com força o suficiente para me fazer sentir uma dorzinha em meu maxilar, seus olhos estavam fervendo sobre mim. Coloquei minha mão sobre a sua tentando fazer com que ele me soltasse, mas ao contrário do que eu pensava Daniel agarrou meus cabelos os puxando tombando um pouco minha cabeça onde ele avançou beijando meus lábios, como se não bastasse aquilo senti sua língua entrar em minha boca o que fez meu estomago revirar e sem pensar duas vezes mordi a mesma

_ Vadia!

Daniel disse me dando um tapa que fez meu ouvido zumbir, não consegui fazer nada além de chorar naquele instante meu rosto ardia com a bofetada e quando eu pensei que tudo já havia acabado a voz dele me atingiu novamente...a única coisa que eu queria naquele instante era alguém para tirá-lo de perto de mim, qualquer pessoa.

_ Você vai se arrepender de rejeitar quando ver oque está perdendo.. Elizabeth

Antes que eu pudesse dizer algo a voz de Alicia o fez soltar meu rosto e respirar fundo

_ Amor? Oque você está fazendo aí? Eu estou me sentindo sozinha no quarto...

Ele deu as costas para mim indo até a garota que o agarrou beijando seus lábios o arrastando para dentro do quarto, e nisso sai daquele canto indo até as escadas enxugando minhas lagrimas com o peito da mão, mas antes que chegasse lá Barbara pulou na minha frente com um sorriso de orelha a orelha seus olhos brilhavam como nunca.

_ E então, como foi? Me conta tudo!

_ Como foi o que, Barbara? não rolou nada

Seu sorriso se desmanchou e ela me encarou fixamente segurando meus ombros olhando no fundo dos meus olhos como se estivesse tentando ler a minha alma ali mesmo, então ela suspirou e abaixou a cabeça murmurando

_ Como assim não rolou nada? Você ficou presa num canto minúsculo com o homem mais popular da faculdade e nem um beijo você deu nele?

_Bom talvez para você ele seja um homem, porque para mim ele não passa de um moleque imaturo que só quer se aproveitar das mulheres ao seu redor.

Barbara não disse mais nada, apenas soltou o meu ombro e saiu pisando duro indo para o seu quarto a observei indo e suspirei antes de subir as escadas que davam no meu dormitório entrei me deitando na cama olhando para o teto minha mente estava rodando com tantos pensamentos até que me dei conta de que ainda não havia tomado banho, peguei minha toalha e fui até o banheiro que ficava no fim do corredor era bem confortável a banheira branca em meio aquela decoração azulada com flores por todo lado. Coloquei para encher enquanto tirava minhas roupas a água estava quente algo perfeito para relaxar o meu corpo. Sem pensar duas vezes entrei mergulhando naquela água que fez meu corpo se acalmar o cheiro de lavanda que vinha do sabonete ficou impregnado no banheiro, fechei os olhos me lavando, apoie minha cabeça na beira...estava tudo aparentemente perfeito depois de me lavar em frente ao espelho olhei meus seios através do reflexo meio embaçado, não eram tão grandes quanto a maioria, olhei meu rosto que ainda estava um pouco avermelhado com o tapa, desci minha mão sobre minha barriga indo até minha virilha parei por um instante lembrando de que nenhum homem havia me tocado, veio em minha mente memorias de alguns filmes que eu havia visto, eu gostaria de saber como era sentir o toque masculino...mas ao mesmo tempo o medo me tomava

Me perdendo em meus pensamentos, a sensação de estar sendo observada me fez arrepiar e me enrolei na toalha saindo do banheiro andando pelo corredor até o quarto tentando clarear minha mente. Fechei a porta rapidamente tentando ser a mais silenciosa possível e então peguei meu pijama me vestindo, sua cor acinzentada era bonita. Deitei-me na cama pegando meu celular havia algumas mensagens da minha tia e algumas chamadas perdidas, não estava com ânimo para retornar nenhuma delas então apenas o desliguei e coloquei a cabeça no travesseiro tentando dormir, cerca de meia hora depois acabei adormecendo. Estava tudo tranquilo e silencioso, mas der repente o som de alguma coisa caminhando do lado de fora me fez acordar, não era um animal pois o som era de apenas dois pés..., mas quem estaria do lado de fora a essa hora? Curiosa me levantei e fui até a janela olhei para baixo apenas para de deparar com uma figura masculina...só consegui ver suas costas, era maior do que o normal e sua pele era meio acinzentada..., mas o que mais me assustou foi a calda que tinha em seu corpo me fazendo dar um pulo para trás e voltar para cama atordoada com aquilo.