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Chapter 4 - Calmaria

4 Meses antes

Axoland, um reino caracterizado por ser a maior potência dentre o reino dos humanos, na capital real deste reino havia um castelo imenso que destacaria bem o quão influente e grande este reino era. De longe, torres eram vistas como braços enormes anexados ao castelo, tendo uma estrutura monumental. A arquitetura era brusca e delicada ao mesmo tempo, tendo muralhas vastas com o simbolo do reino destacando a supremacia da dinastia Abysscale, a grandiosa familia real de Axoland. Em torno as muralhas, um jardim vasto era visto, sendo repleto de flores e empregados exercendo suas funções.

O foco vai para o trono, o qual sem duvidas era o coração do castelo, sendo localizado bem no ponto medio do castelo. Feito de metal prateado com detalhes dourados, o trono era imponente. Ao redor dele, tapeçarias pendiam, contando histórias de batalhas e vitórias, de uma nação que havia se forjado. Sentada em meio ao trono havia uma figura misteriosa com cabeça apoiada em sua mão direita, uma postura completamente relaxada e inesperada pra alguém da realeza.

- Fei-fei! - exclamou, mordendo a maçã com ainda mais entusiasmo, como se aquilo fosse o início de algo épico. - Vai ficar aí parado, parecendo uma estátua de gelo? Ah, eu sei que você é bom nisso, sempre tão quieto... Ficar emburrado te faz envelhecer mais rapido

Feitan não se moveu. Ele sabia que, apesar da aparência de brincadeira, a figura ali não estava ali para se divertir.

Ele, com sua voz calma, mas firme, respondeu:

- Não sou de mover as pedras sem necessidade. Mas você, parece gostar de brincar com elas, mesmo sabendo que podem cair.

A figura riu, achando graça, mas não se deu por vencida. Ela se inclinou para frente, um pouco mais séria, a energia da conversa mudando de tom. O sorriso se desfez, e ela foi direto ao ponto:

- Preciso que você vá para o reino de Kitsumi. - A voz dela ficou mais grave, embora a empolgação ainda fosse evidente. - Andam fazendo coisas... feias por lá. Ouvi dizer que estão sendo cruéis com os plebeus, e um monte de gente está sendo esmagada sem nem perceber. Além disso, o senso da comissão global de diplomatas indica um indice abrupto de fome, tortura e de imigração, o povo de lá prefere ser escravo em Orchadia do que habitar Kitsumi. Não gosto disso. - Fez uma careta, como quem realmente se irrita com algo, mas logo se recompôs, como se se lembrasse de algo importante. - Quero que você vasculhe tudo, que vá até as fronteiras, verifique as áreas mais pobres. Pode ser que estejam escondendo algo. E você sabe do que eu gosto, né? Quero a verdade! Não se segure, Feitan. Não seja... cauteloso demais, ok?

Ela se recostou no trono, com um sorriso travesso

Feitan inclinou a cabeça, fazendo uma reverência quase imperceptível, e se afastou lentamente, com o mesmo passo silencioso de sempre. Seus pensamentos eram tão fechados quanto seu rosto, mas uma coisa era certa: a missão estava dada. E ele cumpriria, como sempre, sem hesitar.

2 meses depois

Feitan cortava o vento, como uma flecha perdida, atravessando a última aldeia visitada, indo direto para o seu acampamento improvisado na mina abandonada. O Outono, implacável, parecia ter marcado a terra com a mão fria do tempo. O chão rachado e seco tinha a aparência de um velho que já se entregara ao desgaste, um retrato da desolação. A paisagem que antes pulsava de vida agora estava tomada por um silêncio pesado, como se a própria alma do reino tivesse murchado, diluída na sombra da morte.

Já faziam dois meses desde que Feitan recebeu sua missão, e o peso do clima parecia pesar ainda mais, tornando o ar denso, como se a terra respirasse com esforço. O reino, aos poucos, desmoronava, mas não de forma abrupta. Era uma morte lenta, um organismo que definhava devagar, como uma flor que se despetala, um pedaço de vida arrancado de cada vez. As vilas estavam paralisadas no tempo. Os aldeões, sombras do que eram, arrastavam-se pelas ruas de terra seca, como se vivessem à espera de um futuro que nunca chegaria. O cheiro de fome, opressão e miséria estava no ar, como uma nuvem que não se dissipa, e os dias pareciam se alongar em um ciclo interminável.

- Nada muda... - pensou Feitan, com a certeza de que as coisas só piorariam.O silêncio era mortal nas aldeias. O único som que se ouvia era o eco dos próprios passos, abafados pelo pó que subia de cada canto. As casas, arruinadas, se erguiam como esqueletos, e os poucos moradores que restavam pareciam mais preocupados com o amanhã do que com o que já se passara. O medo, espesso como névoa, tomava conta de tudo, uma presença fantasmagórica que pairava no ar quente e viciado.

Enquanto Feitan caminhava, uma cena o invadiu: um velho, com os olhos vazios, a pupila opaca como vidro estilhaçado, o corpo curvado pelo sofrimento. Ele não pedia por piedade, não esperava nada além da dor que já o acompanhava. O velho era o reflexo de todos os habitantes do reino, como se a dor e a desesperança fossem agora parte deles, como uma sentença silenciosa que os aprisionava. Eles aceitavam o fim que se aproximava, como se o próprio espírito da terra tivesse se rendido sem resistência.

Feitan sabia o que se passava. Os relatórios não mentiam. A Comissão Global de Diplomatas já havia notado uma migração massiva de plebeus de Kitsumi, fugindo para Orchadia, Axoland e Nefeheim, em busca de um destino que, no fim, poderia ser tão sombrio quanto aquele que estavam deixando para trás. Nefeheim, em particular, era um lugar cruel, com suas execuções públicas e a tensão permanente entre humanos e elfos. As ruas estavam cobertas por corpos, e a tortura era um reflexo diário da vida ali. Mas o mais estranho era a falta de resistência. Talvez fosse o medo que os engolira, ou a exaustão de lutar contra uma opressão invisível, mas cada vez mais real.

A fome era o único prato servido. O país estava afundando, e o desespero já não era surpresa para ninguém. Feitan soubera, por meio de seus informantes, que em regiões distantes, as pessoas haviam se tornado tão apáticas que preferiam morrer de fome do que pedir ajuda. O sistema de opressão havia moldado suas mentes, distorcendo-as até que nem a sobrevivência tivesse mais sentido. Estavam mortos por dentro, mais do que fisicamente.

Os muros, que antes eram fortes e orgulhosos, agora estavam rachados, e a vegetação desértica tomava o que restava do que deveria ser um centro de aprendizado. As crianças brincavam entre as ruínas, mas seus risos estavam ausentes, como se o conceito de felicidade tivesse se perdido em algum lugar distante. O futuro de Kitsumi era tão desolado quanto as paisagens que o rodeavam.

Mas, no meio de toda essa devastação, havia exceções, como manchas de cor em um quadro desbotado. Um dos maiores problemas que o reino enfrentava estava nos impostos sobre o uso dos rios, desviados magicamente de seu curso natural. As aldeias mais pobres, sem acesso a essa água vital, sobreviviam com chuvas esparsas ou dependiam de magos com poderes limitados. Quem não tinha magos estava condenado, extinto pela sede. A capital, por outro lado, florescia, não por mérito ou justiça, mas pela centralização do poder nas mãos da nobreza.

Enquanto os feudos se desintegravam e os nobres se enraizavam nas áreas costeiras, as vilas mais próximas dos aqüíferos respiravam por um fio, encontrando uma falsa prosperidade, que se desvanecia com o vento.

Tudo indicava que o Imperador de Kitsumi estava conduzindo seu povo a uma espécie de "seleção natural", talvez disfarçada de plano militar, como um campo de provas onde os mais fortes sobreviveriam. Mas Feitan sabia que, naquele momento, sua missão não era interferir.

Momentos Atuais

A Neve ainda se demonstava presente em todo o local ainda, ventos cortantes também eram vistos pela região em instabilidade. Feitan avançava em meio a neve com Sekire desmaiada em seus braços, ele se perguntava porque estaria a salvando, talvez por que ele tenha simpatizado com a garota e tenha senso de dever pelo menos uma unica vez. Feitan havia interpretado que um General de Kitsumi havia invadido o vilarejo de Sekire e pela sua idade e aparencia infantil, ela deveria ter criado o serne do demonio, em sua visão o vilarejo estaria estranhamente prosperando mesmo estando em uma região totalmente propicia a morte.

Sekire acordou com uma sensação de frio intenso, a visão embaçada pela neve que caía em flocos finos ao redor. Seus olhos se abriram lentamente, reconhecendo o rosto sério de Feitan, cujos passos estavam agora mais lentos, mas que não parariam.

- O quê... onde estamos? - a voz de Sekire saiu fraca, além do vento dificultar a audição no local.

Feitan não desviou o olhar da estrada à frente, mas a resposta veio seca, como o vento gelado que cortava a paisagem.

- Kitsumi. Estamos na fronteira do reino. Axoland fica mais ao norte.

A neve não parava por nenhum segundo. A terra parecia deserta, fria, com árvores esqueléticas quebradas pelo tempo e os restos de construções antigas, como ossos abandonados de uma civilização caída.

Sekire tentava andar, mas sua cabeça girava, e um leve tremor a dominava. As mãos ainda estavam dormentes, e o corpo, fraco demais para resistir ao frio imenso. Ela apertou os dentes, tentando se manter firme.

- Você me derrubou - ela murmurou, mais para si mesma do que para ele.

Feitan olhou para ela, mas não parou. Seus olhos eram serios e cortantes.

- Não é hora para fraqueza. Levante-se. Irei colaborar contigo por hora, porém se meus superiores ordenarem te lançar de volta para cá ou te executarem, terei de fazer isso. - a ordem foi direta, sem suavidade, mas não sem um tom de preocupação que ela não podia identificar. Não era literalmente bondade, apenas algo funcional.

Sekire tentou engolir a dor, mas o cansaço estava se tornando insuportável. Ela balbuciou algo que se parecia com uma risada amarga.

- Não é fraqueza. É... dificil se movimentar após ser torturada por 6 anos

Feitan se deteve, olhando pela primeira vez diretamente para ela. A expressão no rosto de Sekire estava dura, mas havia algo mais ali, algo que ele não conseguia ler com facilidade

- Sobreviver aqui foi otimo para ti. Mas, em Axoland, vai ser diferente. Caso te aceitem lá, você vai precisar de talento para ter uma vida digna - disse Feitan, seu tom imutável. - Se não quiser morrer no caminho, melhor começar agora.

- Como... como é Axoland? - perguntou, sem conseguir esconder a dúvida. O frio que sentia e a incerteza que dominava seus pensamentos deixavam-na com medo, ainda mais após todos estes traumas que passou. Porém ela notaria que sua mana não estava mais tão potente igual estava a dias atrás, algo estava completamente errado.

Feitan não respondeu de imediato. Seus olhos estavam fixos na estrada à sua frente, as botas cravando a neve tranquilamente. Quando falou, a voz saiu calma, mas com um leve tom que Sekire não conseguiu identificar de imediato.

- Axoland é um lugar melhor que este reino de merda - disse ele, sem olhar para ela. - Não que seja perfeito. Mas, se você for decente e souber como se comportar, pode viver bem por lá. Sem as dores e as mentiras desse lugar.

Sekire se sentiu um pouco mais aliviada, embora ainda não soubesse exatamente o que ele queria dizer com "viver bem". Seu corpo ainda doía, e sua mente estava cheia de medo

Ela observou Feitan mais atentamente enquanto ele seguia em frente.

- E se eu não for "decente"? - Sekire perguntou, mais pela curiosidade que pela necessidade de uma resposta. Sua voz ainda soava frágil, mas a pergunta escapou quase sem querer.

Feitan parou por um momento, mas apenas para ajeitar o manto que cobria seus ombros, como se o mundo ao seu redor não fosse mais importante que a sua própria direção. Ele olhou para ela, os olhos ocultos pela máscara que ainda cobria sua face.

- A vida lá não vai ser fácil. Mas se você não for decente, as coisas vão se tornar difíceis. Axoland tem suas regras, e quem não as segue acaba... desaparecendo. - Ele deu um leve sorriso, quase imperceptível, antes de continuar, mas Sekire entendeu a finalidade, afinal ele estava brincando. - Mas acredito que você tem mais a oferecer do que pensa.

O que ele queria dizer com "tem mais a oferecer"? Ela não se via como alguém especial, nem acreditava ser capaz de algo grandioso. Porém, as palavras de Feitan, mesmo com sua frieza, despertavam algo nela, uma chama tênue, mas que ela sabia que não poderia apagar.

O vento soprou mais forte, como se tentasse interromper a conversa. Feitan ergueu o braço, fazendo um gesto para que ela o seguisse, sem pressa, sem nervosismo.

- Vamos. - Sua voz era firme, mas não cruel, mais como uma sugestão do que uma ordem. - O caminho é longo e a noite está caindo. Temos que atravessar essas terras de Kitsumi e chegar ao norte. Axoland ainda está longe.

3 Dias depois

O vento cortante da nevasca começou a ceder à medida que Feitan e Sekire se aproximavam das fronteiras de Axoland. A paisagem ao redor, antes uma vastidão gelada e desolada, começou a dar lugar a uma atmosfera mais tranquila. O som das botas de Feitan contra a neve diminuiu, substituído por uma quietude inesperada que se espalhava pelo ar.

Sekire levantou os olhos, sentindo a mudança no ambiente. O céu, antes cinza e carregado, começava a clarear, como se a terra sob seus pés tivesse absorvido a tempestade, deixando para trás um respiro silencioso. A neve ainda cobria a paisagem, mas não com a intensidade de antes. As flocos caíam lentamente, quase preguiçosamente, como se o próprio mundo estivesse descansando após o furor do inverno.

— Chegamos. — A voz de Feitan foi baixa, mas clara, quebrando o silêncio que os envolvia.

Sekire olhou ao redor, seus olhos tentando compreender o que exatamente estava diante dela. O reino de Axoland se estendia à sua frente, mas não de forma dramática ou grandiosa, como ela imaginara. Havia algo de sereno na paisagem, uma calma que parecia contrastar com as agitações de Kitsumi.

Feitan, sem se apressar, parou por um momento, observando a paisagem. Ele parecia em paz, como se o ambiente que se estendia diante deles fosse familiar e acolhedor, em um modo imperturbável.

Sekire engoliu em seco. Algo em seu interior começou a se acender — uma sensação de esperança, ou talvez de simplesmente ter alcançado algo que ela não sabia que procurava. A nevasca cessara, mas a calmaria trazia consigo algo mais. Era como se aquele lugar tivesse o poder de absorver as dores e os medos, oferecendo uma pausa para quem o chegasse, mesmo que temporária.

Sekire, ainda meio desorientada pela longa travessia, olhava o horizonte enquanto avançavam, sentindo o peso do desconhecido apertar seu peito. A paisagem era composta de grandes campos cobertos por uma neve espessa, interrompidos apenas por pequenas florestas de árvores retorcidas que se erguiam como guardiãs do reino. À medida que avançavam, a cidade de Axoland começava a se aproximar, seus contornos imponentes se desenhando no horizonte, como um convite silencioso para que adentrassem em seus portões.

Conforme se aproximavam do grande castelo, uma sensação de mudança tomou conta de Sekire. Ela não sabia explicar, mas parecia que o próprio vento ali era diferente. Não era só o ar frio que preenchia os pulmões; havia uma sensação de acolhimento, como se o reino soubesse exatamente quem estava chegando e estivesse pronto para recebê-los.

Feitan a guiou até as gigantescas portas do castelo, onde uma guarda de soldados, com armaduras douradas, estava de prontidão. Não houve necessidade de palavras; Feitan apenas fez um gesto com a cabeça, e a porta se abriu. A entrada para o castelo era grandiosa, com paredes de pedra que pareciam absorver o som, criando uma atmosfera de silêncio reverente. As luzes das lanternas lançavam sombras dançantes sobre os corredores, e o som de seus passos ecoava, profundo e solitário.

Antes de adentrarem a sala principal, os corredores do castelo estavam repletos de murmúrios e olhares furtivos. Funcionários, servos e guardas sussurravam baixinho uns para os outros, tentando entender o que estava acontecendo.

— Feitan trouxe uma criança? — Uma voz feminina, quase sussurrando, escapou de um dos empregados que limpava as paredes da ala norte. Seus olhos brilhavam com curiosidade, e ela olhou com uma mistura de descrença e intriga para a figura imponente que passava. — Será que é algum tipo de prisioneira? Ou quem sabe uma refugiada?

Outro funcionário, mais velho e com expressão carrancuda, balançou a cabeça enquanto empurrava um carrinho de vassouras pelo corredor.

— Não sei... Mas ouvi dizer que ele está indo e vindo com mais frequência. Algo grande está acontecendo, e essa menina... Se ela está aqui, é porque tem algo importante, algo que ninguém mais sabe. — Sua voz baixa, mas carregada de um tom de respeito, indicava que, apesar de sua postura rígida, ele sabia muito mais do que deixava transparecer.

Em um canto próximo, uma jovem empregada, de cabelo loiro preso em um coque, olhou furtivamente pela porta entreaberta, observando Feitan e a jovem que o acompanhava. Sua expressão era de pura curiosidade.

— Eu ouvi algo sobre uma visita. Mas não esperava que fosse isso... Será que é uma candidata para... — Ela parou abruptamente, percebendo que suas palavras poderiam ser ouvidas. Mas o brilho nos olhos denunciava a inquietação que sentia.

— Vamos parar de fofocar, gente. O Feitan não gosta disso. — Um guarda mais sério, com cicatrizes visíveis no rosto, disse, fechando a boca e dando um passo mais distante, tentando mostrar um ar de autoridade. Porém, ninguém se importou com ele, pois a curiosidade só aumentava.

E então, finalmente, Feitan entrou no salão principal, e a conversa morreu. O ambiente parecia se distender, como se o próprio castelo estivesse aguardando a chegada de algo grandioso.

Feitan fez um gesto para Sekire, indicando que ela o seguisse até o centro do salão. A grande sala estava imponente, com tapeçarias antigas e uma enorme lareira acesa no fundo, espalhando uma luz dourada por toda a sala. O trono, elevado e majestoso, estava vazio, mas uma sensação de presença preenchia o espaço, como se a sala estivesse sempre aguardando alguém. Feitan parou no centro da sala, e por um momento, tudo ficou em silêncio.

E então, a voz chegou.

— Ora, ora, Fei Fei, seja bem-vindo de volta... — A voz era doce, mas carregada de uma irreverência desconcertante. Sekire mal teve tempo de processar o que acontecia quando uma figura surgiu da sombra, a presença dela simplesmente faria Sekire se curvar de medo com a pressão exercida, como se tivesse um peso de 2 mares em seu corpo.