O som pesado dos passos dos golems reverberava pelo campo quando Alastor girou para se defender do golpe iminente de um deles. Contudo, antes que o ataque pudesse alcançá-lo, uma explosão de luz dourada varreu a clareira.
Uma lança reluzente atravessou o ar, cortando com precisão o núcleo do golem mais próximo, que caiu no chão em pedaços enquanto suas partes brilhavam brevemente antes de se apagarem. Alastor recuou, surpreso, mas rapidamente se posicionou para um possível ataque.
Das sombras surgiu uma figura imponente. Ele era alto, com cabelos prateados que brilhavam à luz do sol e uma armadura ornamentada que refletia um brilho dourado intenso. Um orbe do Gacha flutuava ao seu lado, pulsando levemente, e sua postura era de alguém acostumado a liderar combates.
"Precisa de ajuda?" perguntou o estranho, sua voz calma, mas carregada de confiança.
Alastor franziu o cenho, os olhos fixos no recém-chegado. Ainda ofegante e suando, ele respondeu com a voz grave. "Eu dou conta sozinho."
O homem sorriu de canto, despreocupado, mas sem traço de arrogância. "Você não parece estar em condições para isso."
Antes que Alastor pudesse rebater, outro golem avançou, obrigando-o a reagir. Ele bloqueou o golpe da criatura com a Espada das Sombras Eternas, mas o impacto o fez recuar vários metros.
"Se é assim que você lida com as coisas, então vamos resolver isso juntos."
O homem avançou com um movimento fluido, sua lança brilhando com runas que se ativaram ao contato com a luz. Ele a girou em suas mãos e saltou, golpeando o núcleo de outro golem em um único ataque certeiro.
Alastor apertou os dentes, frustrado, mas sabia que precisava focar na batalha. Ele mirou o golem mais próximo e atacou com precisão. Sua espada cortou o braço da criatura, mas isso não foi suficiente para detê-la. Ele então ativou o Golpe Sombrio, lançando uma rajada de energia negra contra o núcleo da criatura. O ataque foi eficaz, fazendo o golem vacilar e, por fim, cair.
XP ganho: 50
Moedas do Gacha: 20
"Você está gastando energia demais em cada movimento," comentou o homem, enquanto perfurava outro golem com sua lança.
"Não pedi sua opinião," rebateu Alastor, ajustando sua postura e mirando outro inimigo.
No entanto, o número de golems não diminuía. A cada vitória, mais criaturas de pedra surgiam das extremidades do campo, atraídas pelo som da batalha.
"Estamos cercados," disse o homem, sua voz ainda calma. Ele ergueu a mão, criando uma barreira dourada ao redor dos dois. Os golems bateram contra a barreira, mas foram repelidos momentaneamente.
"Eu sou Alastor. Não tenho intenção de ser babá de ninguém," respondeu ele, respirando pesado.
"Ótimo. Eu sou Eryon, O Paladino" o homem disse com um sorriso breve, antes de desativar a barreira e avançar contra os golems restantes.
Eryon demonstrava uma maestria absoluta em combate. Seus movimentos eram graciosos e eficientes, com cada golpe de sua lança destruindo um núcleo com precisão. Ele ativava habilidades de luz que cegavam temporariamente os golems e criava clones de luz que os distraíam.
Alastor, por sua vez, continuava lutando com determinação, mas sua fadiga era evidente. Ele desferia ataques rápidos e se esquivava das investidas dos golems, mas cada movimento custava uma energia que ele já não tinha.
Quando um golem se aproximou pelas costas de Alastor, ele girou, tentando bloquear o ataque. Porém, suas forças o traíram, e o golpe quase o acertou. No último segundo, Eryon surgiu, perfurando o núcleo do golem com sua lança antes que o ataque alcançasse Alastor.
"Eu avisei que você não conseguiria sozinho," disse Eryon, com um tom meio provocador.
Alastor ignorou o comentário, voltando sua atenção para os golems restantes. Ele ativou mais uma vez o Golpe Sombrio, lançando uma rajada contra o núcleo de uma criatura. Enquanto isso, Eryon lidava com os outros golems com uma combinação de força bruta e habilidades de controle.
Finalmente, o último golem caiu.
XP ganho: 150
Moedas do Gacha: 60
Exausto, Alastor se deixou cair sobre uma pedra, limpando o suor da testa. Ele verificou seu status e os ganhos, mas os números não lhe trouxeram qualquer satisfação. Ele sabia que, sem Eryon, teria sido derrotado ali.
Eryon se aproximou, estendendo a mão para ajudá-lo a levantar. "Você é bom, mas te falta prudência."
"Não pedi sua ajuda," Alastor respondeu, recusando a mão e se levantando sozinho.
Eryon apenas riu, cruzando os braços. "Como quiser. Mas se precisar de algo, estarei no vilarejo ao norte. Pense bem se quer continuar enfrentando isso sozinho."
Sem esperar resposta, Eryon deu meia-volta e desapareceu na floresta.
Astra, que havia permanecido em silêncio até então, finalmente falou. "Ele tem razão, sabe. Você não precisa fazer tudo sozinho."
Alastor a ignorou. Após recuperar parte de sua energia, ele se levantou, determinado a continuar.
"Vamos. Não posso parar agora," disse ele, enquanto caminhava em direção ao próximo desafio.