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RASGANDO OS CEUS

🇧🇷Barata_Celestial
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Synopsis
Lucius, um órfão de 16 anos, passa por um teste em uma sala secreta. Quando ele toca na bola de cristal, acaba tendo uma visão de uma figura misteriosa, o alertando sobre um caminho sem volta. De volta à realidade, ele percebe fragmentos de conhecimento que lhe pertenciam sem que ele soubesse. Agora, Lucius precisa entender quem realmente é para enfrentar os mistérios que surgem à sua frente. Para isso, ele vai buscar ser o mais forte! E esses fragmentos de memórias, serão sua maior arma.
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Chapter 1 - Primeiros Passos

Ventos fortes sopravam a areia rumo a uma cidade vasta e prospera, que se erguia rumo às nuvens.

Através das nuvens de areia, um velho de manto preto caminhava acompanhado de um jovem de cabelos negros e manto cinza.

Olhando para o velho o jovem questionou: "Então, esta é a cidade de combate, que você me falou, mestre?"

O nome do jovem era Lucius. E seus olhos brilhavam de motivação diante dos portões imponentes à sua frente.

Sem olhar para Lucius, o velho questionou com um sorriso: "O que foi, garoto? Está com medo? Hahahah! Não se preocupe. Aqueles que foram treinados por mim serão como peixes nas águas turbulentas desta cidade." O velho, riu alto.

Direcionando seu olhar para as costas do velho, Lucius disse: "Então é uma despedida, não é?" seus olhos remoendo as lembras dos últimos 3 anos.

Olhando para a cidade enorme a sua frente, o velho disse: "O que você esperava? Que esse pobre velho, te carregasse por a vida? E hora de aprender à andar sozinho! Um passo de cada vez. Nesse mundo, se você não tem força, não tem voz.

A verdadeira força só pode ser conquistada, construindo seu proprio caminho! Então vá, e não me faça perder a face." O velho se virou, seu manto esvoaçando ao vento. Os olhos fixos no jovem – orgulho, confiança, expectativa – todos contidos em seus olhos dourados.

Com um olhar cheio de determinação renovada, Lucius perguntou: "Eu verei você de novo?"

Retornando o caminho por onde veio, o velho, parou por um momento ao passar por Lucius e disse: "Vai depender de você. Adeus." Com alguns passos ele desapareceu na brisa, como se fosse uma sombra dissolvendo-se no ar.

Sem se virar, Lucius, murmurou: "Adeus, mestre. Seu discípulo não vai te decepcionar." Endireitando a postura, Lucius, firmou o passo e caminhou em direção aos portões da cidade. Seu objetivo estava claro: o Torneio do Poder.

Organizado pelas principais academias do continente, o Torneio do Poder não era apenas uma competição. Era a seleção dos maiores gênios, daqueles destinados a se tornarem pilares da humanidade, líderes e heróis da nova era. E Lucius estava pronto para provar seu valor.

Enquanto Lucius organizava seus objetivos, uma nuvem de poeira se levantou em sua direção.

De repente, uma nuvem de poeira vem acompanhada de uma voz alegre: "Ei, jovem! Hoje é seu dia de sorte. Eu tenho uma espada lendária. Mas, sinceramente, eu não sou um guerreiro. Que tal você ficar com ela? São apenas mil moedas de prata. O que me diz?" Quando a nuvem de poeira se desfez, ela revelou um homem de nariz comprido, segurando uma espada dourada adornada com entalhes complexos e runas brilhantes.

Antes que Lucius pudesse responder, uma risada cortante ecoou de um grupo próximo: "Você acha mesmo que ele pode pagar por isso? Olha só as roupas dele! Hahahaha! Se for tentar enganar alguém, escolha alguém menos miserável!" A voz sarcástica pertencia a um jovem careca, de postura arrogante, com uma lança pendurada nas costas.

Lucius olhou calmamente para o homem de nariz comprido e depois para o jovem careca. Com um suspiro de desinteresse, ele virou-se e continuou sua caminhada em direção aos portões da cidade.

O homem de nariz comprido balançou a cabeça, resignado, e se afastou para tentar vender a espada em outro lugar. Já o jovem careca, ofendido pela indiferença, estreitou os olhos. Seus pensamentos fervilhavam de raiva: "Quem esse bastardo pensa que é para me ignorar? Eu, o maior gênio da família Li!"

Com um sorriso frio, ele gritou: "Ei, você aí! Pare agora mesmo e venha até aqui!"

Lucius parou por um instante, mas depois de alguns segundos, retomou seu caminho sem sequer olhar para trás.

"Você...!" O careca rangeu os dentes, incapaz de conter sua fúria. "Guardas! Capturem esse moleque para mim!"

Três homens armados com espadas, sairam do lado do jovem e avançaram rapidamente, cercando Lucius. Um deles deu um passo à frente, sua voz carregada de autoridade.

"Você não deveria ter ofedindo o jovem mestre Li, garoto. Se você se ajoelhar e implorar por perdão, talves a sua vida seja poupada"

Os três guardas tinham olhares de lobo diante da preza.

Lucius ergueu os olhos, frios como gelo, fixando-os no guarda que acabara de falar.

"Duas vezes eu ignorei," ele disse, sua voz baixa, mas carregada de ameaça.

Sentindo que as coisas não estavam indo bem, o guarda hesitou por um momento, mas outro interveio, tentando intimidá-lo:

"Pare de besteira. Ajoelhar ou morrer!? Não tem terceira opção. "

Lucius fechou os olhos brevemente, como se recordasse algo.

Agora eu entendo, mestre... Você estava certo. Neste palco, quem fala é a força.

Ao abri-los, um brilho feroz atravessou suas íris.

"Essa concentração!" Uma jovem murmurou no meu do grupo.

Em um movimento fluido e quase impossível de acompanhar, Lucius avançou como uma sombra aparecendo ao lado guarda que o ameaçou, e com um movimento, ele tomou a espada do guarda. Antes que o guarda pudesse reagir, Lucius, deu um giro, colocando a espada em sua garganta.

Suspiros vieram do grupo de jovens. A maior parte deles, nem percebeu Lucius se movendo antes da espada aparecer na garganta do guarda.

"Você—"

"Silêncio!" Com um rugido, Lucius, interrompeu o guarda.

"Me ajoelhar? Me matar? Mal sabem como segurar uma espada! Pare de sonhar!" A voz de, Lucius, soou cheia de raiva pela área.

Ele já avia se arrependido de suas ações, esses guardas eram completamente inúteis. Mas se ele tivesse deixado eles continuarem... quem sabe até onde eles iriam em sua loucura. E quanto tempo ele perderia com isso.

O guarda congelou, o medo tomando conta de seu rosto.

"Você ousa resistir? Você sabe, quem nos representamos?" Sua voz trêmula, sem nenhuma confiança.

Lucius, torceu os labios em desgosto. Decidido a não perder mais tempo com esse tipo de lixo, ele ignorou as palavras, e com a voz fria e cheia de desprezo disse:

"Fique fora do meu caminho... sua vida e tão pequena, que o vento pode carregala para longe!"

Terminando, ele jogou a espada no chão, e caminhou por entre os guardas como se eles fossem apenas partículas de poeira ao vendo.

"Hahahaha!"

"Esses guardas são realmente excelentes, Li Fan! Verdadeiros protetores da Mansão do General da Fronteira!"

Um jovem se destacou no meio do grupo. Com seu manto azul florido e um leque de penas na mão, ele era a própria definição de um 'calças de seda'.

É parecia muito contente em atiçar as chamas na cara de Li Fan.

O rosto quadrado de, Li Fan, ficou vermelho de raiva. Rugindo, ele disse: "O que vocês estão olhando?!" A humilhação queimando em sua pele. "Se não arrastarem aquele moleque até aqui, podem preparar seus próprios túmulos! Vocês me ouviram?!"

Sua voz soou como uma trovão nos ouvidos dos guardas.

Atordoados e envergonhados, os guardas, olharam uns para os outros sem saber o que fazer. Se atacassem, com certeza morreriam. Se não atacassem, seu jovem mestre definitivamente os mataria.

Parecia um beco sem saída.

Olhando para as costas de Lucius, os guardas começaram a suar.

"Quem está causando alvoroço aqui?" A voz ecoou de dentro dos portões da cidade, espalhando-se pelos arredores como um mandamento celestial.

Todos exceto os guardas do portão, sentiram como se um par de olhos tivesse passado por eles, os congelando de medo no processo.

Eles nem ousavam respirar.

Um dos guardas do portão, virou-se para um ponto alto dentro da cidade, e disse: "Reportando: é um grupo de guardas esnobes." Sua voz, esalando desprezo pelos guardas do jovem careca.

No instante em que a voz do guarda soou, os guardas da família Li, ficaram lívidos. Era como se uma mão invisível os estrangulasse, roubando-lhes o controle sobre suas próprias vidas.

"A vida pode ser longa ou curta, só depende de vocês, entenderam!?" a voz ressoou novamente, com uma calma que apenas intensificava o peso de sua presença.

"Perdão... não me mate."

Implorou um dos guardas. O mesmo que teve sua espada roubada por Lucius.

Lucius, embora não se acovardasse, sentiu-se pequeno diante daquela força. Um pensamento se enraizou em sua mente: "Quando eu serei capaz de possuir um poder assim?"

"Hahahaha! Li Fan, não acha que deveria chamar seus guardas de volta?" A voz fina do calças de seda soou novamente, carregada de sarcasmo.

"Mo Li...?!"

"Seu...?!"

Pah! Li Fan incapaz de suportar a humilhação, jorrou sangue pela boca antes de desabar no chão, desacordado.

Os guardas nem viram seu jovem mestre desmaiando. Eles estavam mais preocupados, com seu próprio destino. Seus corpos não obedeciam. Eles nem conseguiam respirar. Do jeito que as coisas estavam indo, eles morreriam logo.

"Zao Lian, desde quando, você lida com formigas!?" Um voz diferente, veio de dentro da cidade, cheia de provocação.

"Tsc...! Sempre defendendo os seus, não e, Li Feng?" Finalizou Zao Lian, sua presença desaparecendo.

"Inútil!"

A maioria das pessoas pensou que a voz se referia a Zao Lian. Mas ao ver, Li Fan se levantar como se tivesse levado um choque, eles entenderam.

Finalmente livres, os guardas cairam no chão com seus corpos tremendo enquanto pingavam suor.

Eles nem sabiam a quem deviam agradecer por estar no controle de suas vidas novamente. Mas, só por via de dúvidas, eles optaram por se recuperar em silêncio.

"Tsc...! Bando de idiotas! Vou na frente, antes que acabem me puxando para baixo com vocês. " disse uma jovem vestida de preto, afastando-se do grupo em direção aos portões da cidade.

"Espere, Kayena! Eu vou com você!" exclamou outra jovem, de vestido branco, correndo atrás dela.

Ao passar por Lucius, a garota de branco lançou-lhe um discreto sinal de positivo, reconhecendo sua postura, antes de seguir adiante.

Lucius despertou de seus pensamentos. E se apressou em direção aos portões, decidido a não ser arrastado para baixo pelos encrenqueiros ao seu redor.