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Chapter 2 - Caminho do Vazio

Ao chegar aos portões, Lucius pagou a tarifa de entrada. Em troca, o guarda entregou-lhe um emblema de bronze com a palavra "Estrangeiro" entalhada.

Lucius estranhou a palavra, mas ele não queria arrumar mais confusão antes de entrar na cidade. Ele estava prestes a seguir em frente quando percebeu que o guarda estava olhando para ele.

Depois de avaliar Lucius, o guarda disse: "Se está aqui para o Torneio do Poder, precisará se registrar no Instituto Marcial e realizar alguns testes. É só seguir reto por essa rua." Seu tom monótono deixava claro que fazia isso varias vezes por dia.

Passando pelos portões, Lucius se deparou com uma cidade imensa, cheia de prédios majestosos e mansões impressionantes. A movimentação era intensa. Pessoas caminhavam em todas as direções, cheias de entusiasmo. Vendedores gritavam a plenos pulmões, tentando atrair clientes. No centro da cidade, um castelo colossal erguia-se até as nuvens, dominando o horizonte.

Foi de lá que veio aquela voz. Pensou Lucius, ao se lembrar de Zao Lian.

Seguindo a direção indicada pelo guarda, Lucius avançou em direção ao Instituto Marcial.

A rua indicada pelo guarda era repleta de comerciantes.

Observando os produtos das barracas, os olhos de Lucius brilharam.

Eles realmente se esforçaram. Pensou Lucius.

O caminho estáva repleto de tesouros para artistas marciais. Entre eles avia: Pílulas, armas, técnicas de combate, todos sendo exibidos em estandes luxuosos.

Contendo a vontande de levar tudo, ele se forçou a olhar para frente. Com as poucas moedas que tinha, era um sonho adquirir qualquer um desses tesouros. Até o item mais barato, custava cem moedas de prata.

Apertando o passo, ele finalmente chegou ao Instituto Marcial — um edifício grandioso que exalava uma aura de poder e prestígio.

Retirando a imagem dos tesouros, de sua mente, Lucius cruzou a porta.

Assim que Lucius, passou pela porta, um atedente se aproximou com um sorrizo e perguntou: "Jovem, você está aqui pelo Torneio do Poder?" Seu olhar avaliando Lucius, como se este, lhe devesse dinheiro.

Ignorando o olhar do atendente, Lucius respondeu: "Sim." E entregou o emblema de bronze.

Como ele sabe que e para o Torneio do Poder.

Lucius não pôde deixar de pensar.

Com uma olhada rapida no emblema, o atendente disse de forma direta e clara: "Duzentas moedas de bronze ou duas de prata." Mesmo com seu terno roxo e cavanhaque bem aparado, ele parecia miserável que contaria cada moeda que lhe dessem.

Agarrando o saco de moedas que seu mestre lhe deixou, Lucius passou duas moedas de prata para o atendente e esperou.

Depois de confirir se as moedas eram verdadeira, o atendente explicou que ele precisaria passar por alguns testes e que seu emblema seria devolvido após a conclusão.

Até porque, depois dos testes, seu emblema seria atualizado com as novas informações.

De repente, uma voz que se acemelha-va a um galo sendo estrangulado, soou, vindo do fundo do corredor:

"Espere! Quem é o seu mestre, garoto?" Um homem de terno preto e nariz empinado aproximou-se, exibindo um sorriso sinistro.

Olhando para, Lucius, o velho, pensou: "Esse garoto deve ter ficado louco! Só um louco ousaria humilhar um membro da família Li! Mas isso abre uma chance para mim." Com um sorriso, o velho aguardou a resposta. Ele só queria confirmar se, Lucius, tinha onde se apoiar antes de agir.

Percebendo que nada de bom viria daquela pergunta. Lucius respondeu sem qualquer cordialidade:

"Não te interessa."

Virando-se para o atendente, completou com firmeza:

"Vamos, estou com pressa."

Sua voz soou como uma ordem, e o atendente, quase sem perceber, começou a guiá-lo pelo salão. Lucius ficou furioso com aquele sorriso nojento do velho.

Em sua mente, Lucius pensou:

Me tratando como um alvo fácil. Tsc... Eu nao vou te esquecer.

Foi apenas quando chegaram ao salão de testes que o atendente se deu conta do que havia feito.

Pálido e tremendo de medo, ele murmurou:

"O que você me fez fazer? Eu estou acabado! O velho Tian Yi, vai me matar, ou pelo menos, tirar metade da minha vida."

Enquanto o atendente surtava, Lucius mal prestava atenção. Ele estava encantado com o salão de testes — um espaço vasto, com paredes e piso de mármore branco com uma imponente bola de cristal no centro.

Enquanto isso, do lado de fora, o velho de terno preto, percebeu o que aconteceu, seus olhos tremeram e o sorriso desapareceu.

Com o rosto cheio de veias latejando, o velho rugiu alto: "Maldito pirralho. A morte, e uma saida fácil, que você nunca encontrará!" Suas palavras carregadas de veneno, congelando todos que ouviram.

Mas Lucius, seu verdadeiro alvo, não ouviu nada. Com a porta fechada, todos os sons foram selados.

Olhando para a porta fechada, o velho se enfureceu ainda mais. Até que os testes terminassem, ninguém poderia abrir a porta. Era um lei de ferro imposta pelo lider do Instituto, para proteger a privacidade dos clientes.

Sem opção, ele se sentou e fechou os olhos, buscando acalmar suas emoções. Embora tivesse apoiadores, ele ainda não ousava quebrar as regras com tantas testemunhas presentes.

Só quando o velho fechou os olhos, as pessoas soltaram a respiração.

Afinal, aquele velho tinha uma fama assustadora e conexões poderosas com vários patrocinadores. Ninguém ousava ofendê-lo. Eles só conseguiam pensar, que a vida daquele jovem, mostrava um futuro sombrio.

Dentro da sala de testes, Lucius, não conseguia desviar os olhos da bola de cristal à sua frente. Havia algo nela que o atraía profundamente, como seu corpo ansiase por ela.

Caminhando até ela. Ele estendeu a mão, e precionou sobre o cristal.

De repente, a bola de cristal brilhou com uma intensidade avassaladora, inundando o ambiente com uma luz ofuscante. E no segundo seguinte tudo ao redor desapareceu, engolido pela escuridão absoluta.

Em meio a escuridão, alguns pontos de luz foram aparecendo, como pingos de chuva em um grande terreno.

Então ele viu.

Uma figura imponente em posição de lótus. Sua figura não estava completa, mostrando apenas algumas partes. Mas sua aura, era avassaladora. A cada cada respiração dele, a visão se rachava. Uma rachadura por vez.

"Você não se lembra mais...!" Uma voz triste e cansada soou como se viesse atraves do tempo e espaço. "Hahaha... Colo eu sou idiota." Vociferou o homem enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.

"Um caminho sem volta. Hahaha... mas eu gosto. Já esta na hora do acerto de contas."

De repente a figura se virou diretamente para Lucius, seus olhos se encontrando.

Lucius sentiu como se um raio percorrer-se por todo seu corpo. Seus poros se abriram, e um monte de informações apareceram em sua mente. Era mais preciso dizer, que foram desbloqueadas pelo raio.

"Você tem que ficar mais forte. Não resta muito tempo." Perto do fim, a voz foi fincando distante. A visão já estava cheia de rachaduras, e se quebrou revelando a sala de testes.

A mão de Lucius ainda estava precionando o cristal.

O atendente ainda estava se queixando, sem dar a mínima para Lucius.

Olhando para o cristal. Lucius, ficou confuso sobre o próximo passo.

Era só isso. E o teste.

Finalmente olhando para Lucius, o atendente se aproximou e colocou o emblema na abertura do cristal. Lucius que nem tinha visto esse abertura sentiu seu rosto queimar. Sorte que o atendente parecia estar com pressa.

"Controle sua respiração, vai começar logo." Disse o atendente, completou os olhos vigilantes em direção a porta.

Seguindo as instruções do atendente, Lucius controlou sua respiração para que fosse rítmica.

Alguns segundos depois, o cristal emitiu uma tela na frente de Lucius. Com uma série de perguntas.

Olhando para o atendente, Lucius percebeu, que ele não podia ver a tela.

Voltando sua atenção para as perguntas, ele percebeu que se resumia, as suas origens, idade, e perspectivas futuras.

Mas como ele faria para respondê-las? Pensar na resposta, bastaria, ou ele deveria dizê-la em voz alta.

Lucius não queria revelar muito sobre se mesmo, ainda mais para esse atendente — praticamente um par de olhos extras do velho.

Cansado de pensar em uma solução, Lucius estava prestes a chamar o atendente quando a tela mudou, e uma nova informação foi exibida.

'Lucius, órfão, 16 anos, Campeão do Torneio do Poder.'

"Xiiii..."

A bola de cristal fez um barulho, como se estivesse imprimindo algo, e logo, o emblema de Lucius foi ejetado.

Pegando o emblema na mão, Lucius contemplou as informações nele, com o rosto cheio de choque.

Leu minha mente? Ou foi por outro meio? Se não, como poderia saber tudo isso. Pensou Lucius.

Em seu emblema havia uma unica frase na frente, 'Competidor número 5997', com 'Lucius' entalhado no verso.

Tirando os olhos do emblema, Lucius recordou sobre sua visão.

Quem era ele? De quem ele estava falando?

Vasculhando as novas informações em sua mente, não avia nada sobre ele. Exceto por aquelas relacionadas alquimia, todo resto, estava fragmentado ou incompleto.

Enquanto vasculhava, Lucius acabou encontrou algo que fez seus olhos brilharem.

'Caminho do Vazio: Nove Anéis de Poder'

So o primeiro volume esta claro. O restante está nebuloso.

Pensou Lucius, antes focar na informação. Era como se ouvesse um livro em sua mente, repleto de informações, mas uma vez que ele lia o conteudo, percebia que ja sabia sobre isso, so avia esquecido.