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Chapter 2 - momento singelo

A calmaria

Arrumando os últimos preparativos ontem a noite fiquei acordado até tarde o que me fez adormecer no sofá, e quando me dava por mim já era de manhã a luz do sol batia no meu rosto o que me fez despertar do sono, lutando contra meu sono caminhei até a varanda vendo que a neve já estava ficando mais forte do que ontem.

No jornal passava notícia sobre a estranha nevasca que estava ocorrendo, o jornal afirmava ser uma onda de ar do polo sul, mas duvido que o governo já não saiba que uma enorme nuvem de poeira enfraqueceu o sol, essa nuvem será responsável pelos monstros das neves e os mutados que irão lutar pela dominância, quando o governo cair.

Eu tomava meu café da manhã e logo entre meus pensamentos tive a ideia de comprar alguns DVDs e livros para entretenimento para o apocalipse.

— Eu vou sair e já volto, vai ser algo rápido-foi o que eu disse nos meus pensamentos, descendo a escada encontrei alguns vizinhos que falavam sobre a neve já na frente do meu bloco observei aquele cenário crianças brincando e pessoas conversando na rua, só consegui pensar que dentro de algumas semanas esse condômino de prédios vai se tornar um caos sem igual.

Mesmo que eu avisasse, essas pessoas me tratariam como um louco e poderiam se tornar perigosas no apocalipse, eu cruzava a rua principal do condomínio para chegar a um supermercado que tinha no condomínio, no caminho vindo de bicicleta eu vi uma garota vindo na minha direção gritando.

— ARTHUR ME ESPERAA- era uma garota provida de um casaco amarelo forte uma pele morena e cabelos ondulados e uma calça laranja meio fora de moda, alguém que eu devia a minha vida, era a Vitória uma companheira da qual compartilhei sorrisos e dores no futuro que se sacrificou me salvando de uma besta fera.

Olhar para ela fazia meu coração palpitar de ansiedade, mas tinha que me conter, esperei ela se aproximar daquele jeito desengonçado que ela tinha, quando chegou para me cumprimentar eu a abracei com força, ela se assustou, mas não resistiu e perguntou:

— Você está carente hoje Art? — Dizia ela em tom meio presunçoso, mas devolvendo o abraço.

— Art pode me soltar agora

— Claro, claro-disse a soltando

— O que faz aqui Vitoria? E as meninas?

-O que faço aqui? Eu vim ver você e obvio e as garotas vão sobreviver até eu voltar, onde você está indo?

• Vou comprar algumas coisas

Ela se propôs ir comigo que aceitei já que não tinha motivos para recusar ela. Dentro do supermercado fui até a biblioteca, o correto seria chamar esse lugar de mini shopping, eu peguei coleções de livro de fantasia, programação e psicologia, esses eram conteúdos para preservar a minha sanidade durante esse apocalipse, comprei dezenas de DVDs acabei lotando várias caixas de papelão, alguns funcionários iriam me ajudar a levar as caixas sobrando, mas de repente ouvi uma voz que nunca mais iria querer ouvir na vida.

— Olá, Arthur-a dona dessa voz era uma garota de extrema beleza, cabelos loiros e pele clara com roupas elegantes fazia jus ao apelido de Afrodite que tinha na comunidade, essa era Elena

— Quantas caixas Arthur, ganhou na loteria, foi para comprar tudo isso? — Uma voz límpida, mas que transbordava de uma malícia quase venenosa e com tom de zombaria que quase não se notava.

— Olá Elena, isso aqui? Eu comprei com dinheiro de alguns investimentos que realizei, mas, preciso ir agora Elena eu não tenho muito tempo para ficar aqui. - Eu disse de forma calma e seca para cortar o assunto e sai andando, não era hora de pensar em vingança, eu preciso manter o foco até a grande nevasca.

Enquanto isso Elena se questionava o que acabara de acontecer, o idiota do Arthur jamais me trataria assim, enquanto queimava de raiva por ser ignorada por um merda que ela considerava Arthur.

— Obrigado pessoal por trazerem caixas tão pesadas até aqui para mim-eu dizia para os funcionários que me ajudaram a trazer as caixas, logico não abri a porta para não verem minha casa por dentro, ao todo 7 caixas grandes no hall que eu e Vitoria trouxemos para Dentro de casa.

A vitória observava a lareira e as paredes reforçadas com madeira que de olhar parecia mais forte que aço e os aquecedores eletrônicos e centenas de suprimentos alimentícios, remédios e várias peças de armas e algumas caixas escrita pólvora nelas e observando que ambos os apartamentos ao lado não tinham a parede divisória e estavam cheios de suprimentos e reforçados também ela ficou em silêncio e então disse:

— … você está se preparando para o fim do mundo ou uma guerra-disse ela perplexa, mas rindo

Olhei friamente para ela e disse para ela de forma seria.

— Pode não parecer, mas eu tenho um contato no governo e ele me avisou que daqui a 4 semanas vai cair uma nevasca no planeta todo e mundo atingirá 50 graus negativos

Eu não esperava que ela acreditasse em mim, eu conseguia ver sua expressão de confusão, algumas partes era somente uma desculpa que encontrei para contar a ela sobre a nevasca, então ele gesticulou sem sair nenhuma palavra, mas logo em seguida consegui falar baixamente e tremula.

— Você está brincando-ela falou em negação e com medo na voz, mas quando viu minha expressão ela disse novamente

— Isso e sério? O mundo vai realmente congelar? Se isso for uma pegadinha…

— Vi isso não… eu realmente queria que fosse uma pegadinha-eu disse em um tom melancolicamente calmo

— O que vamos fazer Art, nós vamos morrer? Como vou cuidar da minha irmã?

O desespero começava a transparecer, mas então eu disse

— Vocês podem ficar aqui, eu tenho suprimentos suficientes para todos nos

— Nós realmente podemos fica aqui

Eu assenti com a cabeça, depois dessa conversa nós fomos buscar as meninas e dissemos que a vitória e sua irmã ia passar um tempo em casa, não disséssemos nada sobre a nevasca para ao assustar elas desnecessariamente.

As 4 semanas já haviam se passado era o dia 27, amanhã seria a grande nevasca que iria durar mais uma semana, eram 6 horas da tarde eu estava observando ultimo dia calmo enquanto a meninas brincavam na neve e eu colocava os últimos suprimentos para dentro do abrigo.

Eu fui até a porta e me concentrei e arrombei a porta usando meu poder usando vinhas do lado de dentro para ninguém ver e logo em seguida criei outra por de madeira super compactada e estudando química orgânica conseguir criar fibra de carbono na madeira a deixando ainda mais resistente que o aço e criei uma trava na conexão entre o chão e a dobradiça da parede que somente eu consigo tirar com meus poderes.

Entrei dentro da casa e fui até a varanda olhei para a Vitoria e as garotas lá embaixo brincando eu mandei uma mensagem para a Vitoria pedindo que elas subissem agora por que já ia começar a nevasca, demorou uns 2 minutos para entrarem e fechando a porta nos sentamos no sofá enquanto assistíamos o jornal peguei alguns lençóis e xícaras de chocolate quente, eu observava a neve aumentando do lado de fora através da porta de vidro reforçados da varanda, era oficialmente o início do apocalipse, desviando olhar da neve caindo virei meu olhar para meninas cobertas de lençóis assistindo o jornal falar que a neve iria aumentar vendo essa cena não pude deixar de dar um sorriso enquanto bebia meu chocolate quente eu me encostei no sofá e apreciei esse pequeno momento singelo.