Annette tinha um turno na loja de conveniência hoje. Embora seu companheiro a tivesse traído, ela ainda tinha que seguir em frente com sua vida.
Afinal, ela era uma Andarilha e precisava do dinheiro, já que não receberia apoio de nenhuma alcateia.
Quando Annette chegou ao portão, um carro parou na frente dela e parecia familiar.
As portas se abriram e duas pessoas saíram do carro.
Eram Kyle e Lena.
Annette parou seus passos.
Ela ia virar para evitá-los, mas Lena a chamou.
"Annette."
Lena correu em direção a Annette de baixo do guarda-chuva. Ela segurou as mãos de Annette.
"Annette, me desculpe muito. É toda minha culpa. Sou uma pessoa horrível. Farei qualquer coisa, contanto que você me perdoe."
Kyle correu até lá e segurou o guarda-chuva para Annette e Lena.
Kyle olhou para Annette com culpa no rosto. "Annette, eu não sei o que me deu ontem. Eu..."
Annette olhou para eles diante dela. Seu coração doeu novamente, mas dessa vez, não era tão doloroso.
Ela pensou que tais tramas só deveriam existir em novelas de TV.
Um deles era seu companheiro, e a outra era sua colega de quarto.
Ela nunca pensou que seu companheiro a trairia. Ele dormiu com sua amiga, e ela pegou os dois no flagra.
Annette não respondeu a Lena. Ela olhou para Kyle e disse, "Quando eu cheguei na universidade dos lobisomens, eu tinha muitos admiradores. Eu poderia ter rejeitado você, mas não fiz. Sabe por quê?"
Kyle não falou, e seu rosto estava cheio de culpa.
Annette sorriu e disse, "Porque eu acredito na Deusa da Lua. Eu acredito no companheiro que a Deusa da Lua escolheu para mim."
Lena deu um passo à frente e ficou entre Annette e Kyle. Lena disse, "Annette, é toda minha culpa. Eu que comecei primeiro. Então, não o culpe, tá bom?"
Annette tentou se manter calma. Ela lançou um olhar para Lena.
Annette disse a Kyle, "Todo mundo tem que pagar um preço para encontrar o amor verdadeiro. Graças a você, eu aprendi minha lição. Kyle, por sua causa, agora sei que a Deusa da Lua também comete erros. Eu não deveria ter confiado tão cegamente no meu companheiro."
"Sinto muito, Annette," Kyle continuava se desculpando.
Annette suspirou. Ela sacudiu a cabeça e sorriu, "Kyle, você não precisa se desculpar comigo. Estamos quites agora. Por sua causa, eu consegui o emprego que queria. Você não me deve nada. E você, Lena, desde que você dormiu com o Kyle, você e eu não somos mais amigas. Ele é todo seu agora. Então, a partir de agora, não finja que ainda somos próximas, porque você não merece mais ser minha amiga. Agora, eu preciso ir trabalhar."
Após Annette terminar de falar, ela deu um passo atrás e correu em direção à calçada.
Ela corria rápido e não percebeu um carro preto que fazia a curva em direção à universidade.
Quando ela notou o carro, já era tarde demais e ela foi atingida por ele.
Ela cambaleou alguns passos para trás e caiu no chão.
Kyle gritou de trás, "Annette!"
Ele estava prestes a correr até ela, quando viu Annette se levantar com dificuldade, usando o carro como apoio.
Sem dizer uma palavra, ela mancou até o carro, abriu a porta e entrou.
Além do motorista, havia outro homem no carro.
Ela não olhou direito e apenas olhou pela janela para Kyle. Ele se aproximava e gritava para o motorista, "Leve-me à loja de conveniência na segunda rua, ou eu chamarei a polícia sobre o acidente de carro."
O motorista estava um pouco hesitante. Enquanto isso, o homem sentado no banco de trás disse, "Leve-a para o lugar que ela mencionou."
A voz soava familiar. Ela virou-se surpresa e disse, "Alfa Connor?"
Connor entregou um lenço e disse, "Você está encharcada. Se enxugue primeiro.
"Está surpresa em me ver?"
Annette pegou o lenço e pediu desculpas, "Desculpe a bagunça no seu carro. Eu vou lavar seu carro quando a chuva parar."
O carro parou na loja de conveniência no cruzamento. Annette abriu a porta e estava prestes a sair.
Connor disse ao motorista, "Dê a ela um guarda-chuva."
O motorista entregou um guarda-chuva a Annette.
Annette abriu o guarda-chuva. Ela se virou para Connor e disse, "Alfa Connor, obrigada por me ajudar."
"Não é suficiente apenas agradecer." A expressão de Connor era fria.
"Tchau." Ela deu um passo para trás e mancou em direção à loja de conveniência.
"Pare o carro," disse Connor ao motorista, que tinha acabado de ligar o motor.
Ele saiu do carro com outro guarda-chuva. Ele alcançou Annette e a puxou.
Annette virou-se surpresa. "Alfa Connor?"
"Você está machucada? Venha comigo para a alcateia. Vou pedir para o médico examiná-la," disse Connor.
"Estou bem, e preciso trabalhar," Annette recusou.
"Um emprego numa loja de conveniência?" Connor lançou um olhar para a loja que não ficava longe deles. Ele disse, "Você pode limpar minha casa para mim. Não sei quanto eles te pagam, mas eu te pago três vezes mais."
"Eu já te disse antes que não queria te ver novamente, então não," disse Annette.
"Você sabe que eu tenho muitas maneiras de impedir você de conseguir qualquer tipo de emprego," disse Connor de forma indiferente.
"Você não pode fazer isso comigo." Annette cerrou os dentes. E então ela zombou, "Então eu quero mais dinheiro."
"Está aumentando o preço?"
"Exatamente."
"Certo. Como desejar. Mas é melhor não se atrasar."
Depois que Connor terminou de falar, ele se foi. Annette se atrasou por causa da conversa com Connor.
O gerente da loja de conveniência era bondoso. Ele não descontou dinheiro do salário de Annette, então ela trabalhou meia hora a mais.
Quando Annette retornou ao dormitório da universidade dos lobisomens, ela viu Lena sentada na cama, lendo um livro.
Lena não ficou feliz em ver Annette.
Annette caminhou em direção a Lena, olhou para ela e disse friamente, "Lena, acho que você deveria se mudar."