Ela fechou a distância entre nós tão rapidamente que tive certeza de que ela já havia recuperado totalmente o uso normal de suas pernas. Num piscar de olhos, ela estava bem na minha frente, e a mão dela estava levantada.
Ela vai bater no meu rosto...
Meus instintos me disseram para desviar ou levantar minha mão para bloquear o golpe; no entanto, conscientemente decidi contra isso. Era um pequeno preço a pagar por todos os anos que ela passou sem poder usar as pernas. Fechei os olhos e me preparei para o impacto. O tapa dela soou muito mais alto do que doeu.
"Está satisfeita agora? Se terminou, vou embora", disse eu, secamente.
Não fazia ideia do porquê ela estava mantendo em segredo o fato de que podia andar. Talvez fosse uma ideia que ela elaborou para me pegar desprevenida. Sorri pensando que não era um plano tão ruim, levando em conta que estávamos falando da Daphne.
"Ainda não terminei com você", ela disse com sua voz pingando de malícia.