O Renascimento da Estrela do amanhã.
O campo de batalha se tornava um cenário de caos e desolação. O poder de Heitor, depois de ser elevado pela força de sua torre oculta e seu feitiço Eclipse, tomou uma proporção inusitada. Sua aura, antes de um brilho escuro claro com tons de branco, agora se intensificava. O brilho que emanava dele se tornou completamente branco, quase ofuscante, e sua presença parecia emanar uma energia pura e imensurável, como se o próprio sol tivesse descendido sobre a terra.
A Torre de Mago, invisível até aquele momento, agora reagia com um poder incompreensível, amplificando as energias de Heitor de formas que ele não podia prever. O que parecia uma estrutura simples e imponente nas sombras agora se tornava uma manifestação de pura magia. Cada pedra, cada cristal de mana que formava a torre pulsava com força, como se estivesse sendo reconectado ao próprio núcleo de Heitor.
Dentro de seu corpo, algo extraordinário começou a acontecer. Os núcleos auxiliares formaram-se de maneira explosiva, alimentados pela energia concentrada de sua aura e pela torre. Eram como fontes de mana vivas, espalhadas por seu corpo, emitindo um brilho opalescente e radiante. Cada um deles girava e se estabilizava, intensificando seu poder enquanto se fundiam ao núcleo de Heitor, criando uma rede de energia como ele nunca havia experimentado. Era como se ele se conectasse a um manancial inesgotável de poder, uma força que o transcenderia além do mago que ele era.
A Estrela do Amanhã, sua espada forjada no fogo da batalha e do seu próprio destino, começou a se reconstruir. As runas de poder, uma a uma, começaram a brilhar em seu punho, como se a lâmina tivesse sido reimaginada, imbuída por uma força superior. A energia da espada crescia, alimentada pelos núcleos e pela própria torre. Cada linha de runas na lâmina parecia ganhar vida, dançando no metal com uma força vibrante.
Heitor podia sentir o poder sendo canalizado através dele, quase como se seu corpo fosse uma extensão da torre. Ele estava em sintonia com a magia, mais forte do que jamais imaginara ser possível. A cada respiração, ele absorvia mais mana, mais força, e mais determinação. Ele agora não era apenas um mago — era uma força que transcendia os limites humanos.
Seu corpo, ainda ferido pela batalha e pela magia anterior, se curava lentamente. A energia fluía através de seu sangue, regenerando-o e tornando-o mais forte a cada segundo. Ele sentia os danos da magia Extinção se dissipando, como se a própria magia da vida estivesse agora dentro dele.
Os magos de Ethill, que haviam sido os primeiros a conjurar as tempestades e as magias de destruição, observavam a transformação de Heitor com olhos arregalados. Eles sabiam que estavam diante de algo além de qualquer poder que já haviam enfrentado. O exército de Aranden, embora exausto e ainda se recuperando da pressão, olhava para Heitor com uma nova esperança. Ele não era mais o garoto magro que começara a batalha — agora, ele era um titã, uma figura de luz absoluta.
Heitor ergueu sua mão, e a Estrela do Amanhã, agora brilhando com runas de poder, ressoava com a energia de sua magia. Sua aura envolvia a lâmina, enquanto a torre dentro de si parecia intensificar a força de seu golpe. Ele não precisava mais de palavras. O campo de batalha sabia o que estava prestes a acontecer. Ele olhou para os magos arcanos de Ethill e Westphalen que se preparavam para mais um ataque e, com um único movimento fluido, levantou sua espada.
A luz da Estrela do Amanhã cortou o ar com um estrondo ensurdecedor. A magia que emanava dela formava uma onda de poder tão intensa que a terra abaixo começou a tremer. As runas em sua lâmina brilhavam com uma energia celestial, e Heitor disparou em direção aos inimigos com uma velocidade incomparável.
O feitiço Extinção, a magia composta por todos os elementos que havia ameaçado destruir a todos, foi destruído em um instante. A espada de Heitor, com o poder de sua torre e de sua aura, cortou através da tempestade de magia, dissipando a força de seus inimigos antes que eles pudessem reagir. O chão tremia sob seus pés, e o céu parecia se abrir, como se o próprio universo reconhecesse a magnitude da batalha que estava se travando.
Cada mago de Ethill e Westphalen, ao verem o poder imenso de Heitor, hesitaram. Muitos deles, temendo a magnitude da destruição que ele poderia causar, começaram a recuar. Mas Heitor não os perseguiu. Ele sabia que a guerra não seria ganha por puro poder — ele precisava da vitória estratégica. No entanto, ele havia demonstrado que não havia mais limites para o que ele poderia alcançar.
E, enquanto a batalha ainda se desenrolava ao seu redor, com o exército de Aranden começando a tomar vantagem, Heitor soubera uma coisa: ele não estava apenas lutando por Aranden. Ele estava lutando pelo futuro de seu mundo, pelo futuro de sua família, e pelo legado de sua mãe, Helen, que lhe ensinara a verdadeira importância de usar o poder com sabedoria e compaixão.
Ele havia alcançado um novo nível de força, e agora a guerra estava ao seu alcance.