O livro não oferecia uma única solução. O diário da Deusa da Lua, apesar de ser um endereço direto à sua filha, eram apenas divagações sobre sua dolorosa gravidez. Acamada do amanhecer ao anoitecer. Agonia excruciante a noite toda. Estar grávida de um Descendente Direto era tão ruim quanto sentenciar Selene à morte por tortura.
Ophelia leu até uma página que a parou abruptamente. Os dedos de Layla tremiam enquanto ela lia o trecho em voz alta.
"...você é minha verdadeira filha, a única criatura que valorizo e adoro. Todos aqueles que vieram antes e depois de você são imitações baratas de você. Eles nomearam aquela fera miserável e mutilada de Roselind, mas que bem essa menina tem? Ela não possui nada da minha magia, nenhum dos meus poderes. Nem um fio de prata passa pelo seu couro cabeludo, nem uma gota de ametista naqueles olhos. Tudo que vem antes de você são falhas."
