Não querendo assistir nada mais, recostei na cadeira, de olhos fechados.
Claro, não ajudou de maneira alguma, forma ou jeito. Mesmo sem ver os vídeos, as transmissões continuavam rodando na minha cabeça em loop, cada uma pior que a anterior.
'Qual é o plano?' perguntou minha ratinha, em voz baixa.
'Não sei,' eu admiti com um suspiro. 'Se fosse só eu, poderia passar por uma das ventilações ou encontrar um buraco na parede e fugir.'
'Mas...' pressionou minha ratinha, me conhecendo tão bem quanto eu mesmo, se não mais.
'Mas não sei se consigo viver comigo mesmo se eu fugir e deixar os outros ao seu destino,' eu admiti.
Esse era o meu dilema. Eu poderia fugir e viver minha vida, mas faria isso sabendo que havia incontáveis outros sofrendo, e eu poderia ter feito algo a respeito.
Por outro lado, não havia garantia de que eu poderia salvar todos eles, mesmo se tivesse décadas para planejar algo. Eu tinha tanta chance de morrer aqui com todos eles quanto de salvá-los.