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Chapter 31 - Torne-se Submisso

Um momento de silêncio confuso.

"Hã?" Adeline ficou surpresa, confusa e perplexa. "Chegar mais perto dele. Por quê?"

César riu, deixando cair a cabeça contra o ombro esquerdo dela. "Para conseguir o que você quer, é claro!"

"Mas, como posso fazer isso?" Adeline questionou, começando a ficar irritada. "Ele me odeia e nem ao menos me tocaria. O que te faz pensar que isso seria possível?"

Ela estremeceu com o calor da respiração dele contra a clavícula.

César levantou a cabeça e apoiou a mão na bochecha dela. "Torne-se submissa."

"O quê?" Adeline ficou atônita, completamente sem palavras. Sua expressão escureceu e o suave brilho em suas pérolas marrons desapareceu, quase como se pudesse matar César com apenas um olhar.

César rapidamente levantou as mãos defensivamente. "Me escute primeiro." Ele riu, divertido.

"Sabe o que alguns homens buscam muito em mulheres?" ele perguntou.

Adeline balançou a cabeça. "Não."

"Submissão, bebê." César acariciou os cabelos dela de forma brincalhona, seu olhar nunca deixando o dela. "Alguns adoram quando uma mulher se ajoelha, completamente submissa. Eles gostam de uma mulher em apuros que os faça se sentir importantes e necessários. Alguns homens admiram mulheres obedientes, e Dimitri é um deles."

"Olhe para você, minha boneca... Você não é nada disso." Ele balançou a cabeça, seus olhos examinando o rosto dela minuciosamente. "Você é diferente do que ele quer, então como ele poderia desejar você?"

"Você é tudo que ele odeia e não quer em uma mulher. Você pode lutar e se defender e não é o que ele quer, entende?"

"Ele precisa mais de você. Uma versão suave de você, que ele possa controlar."

Sua mão se enroscou na parte de trás do pescoço dela, embolando-se em seu cabelo. "Você tem que se tornar uma dama em apuros para ele, para se infiltrar bem no coração dele." Ele falou contra a pele do ombro dela, a vibração de sua voz fazendo ela prender a respiração. "Você pode destruí-lo, Adeline, você pode arruiná-lo."

Adeline engoliu um suspiro. "César…" Seu rosto estava intensamente vermelho.

César passou a mão para cima e para baixo em suas costas, seu braço a envolvendo num abraço.

"Você só tem que fingir, ser mais esperta por um tempo, e você conseguirá o que quer. O velho Fiódor é como uma árvore com muitos galhos, e você terá que destruir seus galhos primeiro, como o Dimitri, para poder arrancá-lo completamente."

Ele mordeu o ombro dela, deixando uma marca profunda como se fizesse uma reivindicação. "Isso deve ser convincente o suficiente." Seu canino, que se estendera instintivamente, coçava.

A necessidade de fazer muito mais do que apenas deixar uma marca era um tanto frustrante.

"Isso arde." Adeline sibilou, apertando o terno dele.

César deixou um beijo suave na marca, seu canino desaparecendo. "Pronto, muito melhor." Ele se afastou para olhar o rosto dela, seus lábios se curvando num sorriso exótico. "Você vai amar o espetáculo que eu mostrarei para você. Apenas confie em mim e pegue essa informação."

"Aliás, espero um beijo muito gratificante," ele provocou, ronronando.

Adeline não tinha certeza se ouviu direito, mas parecia que ele estava ronronando, quase como um gato satisfeito. Estava ela imaginando? Talvez.

"Me ligue assim que descobrir." César depositou um beijo no dorso da mão dela. "E beba comigo antes de ir. Comprei essas marcas especialmente para você," ele disse.

Adeline se afastou dele com um suspiro profundo, o rubor manchado. Ela caminhou até a cadeira e sentou-se, seu olhar parecendo um pouco distante.

Ela não tinha certeza de qual poderia ser a razão, mas ela desfrutou tanto do pequeno toque brincalhão dele que desejou ficar assim por um segundo a mais. Estaria ela carente de toque? Poderia ser essa a razão?

Seu fluxo de pensamentos foi interrompido por César, que começou a encher seu copo de vinho.

O restante da conversa deles foi baseado em seus interesses e, quando perceberam, já haviam se passado mais de duas horas. Adeline se levantou da cadeira e pegou sua bolsa.

"Tenho que ir para casa agora. Mas, er, não posso realmente prometer que serei capaz de descobrir o que você quer," ela disse. "Aquele velho é impenetrável, e é quase impossível descobrir qualquer coisa."

César balançou a cabeça para ela. "Você não precisa necessariamente do velho. Dimitri é o suficiente." Ele caminhou para ficar em frente a ela, com as mãos enfiadas no bolso da calça.

Adeline levantou a cabeça para olhá-lo, suas longas pestanas tremulando. "O-o quê?" Sua cabeça parou um pouco abaixo do ombro dele, frequentemente fazendo César se curvar para poder se inclinar mais perto da altura dela.

"Nada." O olhar de César moveu-se dos pupilas dela para seu nariz pequeno e lábios vermelhos e volumosos antes de retornar aos olhos cor de mel dela. Ele sorriu de lado. "Até a próxima, Adeline."

Adeline mordeu a parte interna da bochecha com um aceno e virou-se, caminhando até a porta. Ela parou e olhou para ele como se tivesse algo a dizer, mas parecendo mudar de ideia, ela abriu a porta e saiu.

A primeira coisa que os dois homens notaram foi a marca roxa no ombro dela. Era uma bela marca, quase como um hematoma.

Eles não disseram uma palavra, mas simplesmente a seguiram com incerteza no olhar. De vez em quando, olhavam para trás.