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Chapter 30 - Nós Não Temos Tempo

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Quem era ele? Como sabia o nome dela? Adeline nunca havia encontrado ou visto ele antes. Poderia ele ser um dos homens do César? Se sim, isso faria muito sentido.

Decidindo entrar no jogo e se arriscar, Adeline acenou de volta para ele, um sorriso largo aparecendo em seu rosto. Ela apressou-se em direção a ele, e no segundo em que ficaram próximos o suficiente para darem um beijinho nas bochechas, ela perguntou, "Quem é você?"

"Fui enviado pelo César. Por favor, entre no jogo," o homem sussurrou de volta. "Me chame de Damien."

Ela estava certa afinal! Adeline sorriu maliciosamente, afastando-se um pouco. "É um prazer estar aqui, Damien."

"É mais do que um prazer ter você aqui, Adeline." Damien gentilmente pegou a mão dela, e após uma breve conversa com a recepcionista, ele a guiou em direção ao elevador.

Os dois homens trocaram olhares e franziram a testa. Cara com Cicatriz arqueou a sobrancelha, uma incerteza piscando em seu olhar sempre firme.

"Vamos," ele ordenou ao camarada, e eles seguiram Adeline para o interior do elevador.

A porta soou um sinal aberto, e o pé de Damien cruzou para fora. Ele acompanhou Adeline até a porta e passou o cartão-chave.

O cartão funcionou, e Damien entrou, virando-se para sorrir para ela. "Entre."

Adeline entrou na sala, e ele fechou a porta no rosto dos dois homens, trancando-a.

Ela olhou ao redor, absorvendo o ambiente. Estava longe de ser um hotel decadente.

No térreo, havia uma temática de branco e dourado. E no quarto havia colunas entre o espaço aberto, a cama king-size e uma janela com uma grande varanda.

"Isso não é um pouco…chique demais?" Seu olhar pousou em César, que estava sentado na bonita mesa branca situada no centro do quarto. Em vez de um coque, seus cabelos escuros na altura dos ombros estavam soltos, cobrindo seu undercut. Ele estava vestindo um fino terno listrado de preto, com as mãos enluvadas como de costume.

Um sorriso brincava em seus lábios, seus olhos subindo para admirá-la sem um pingo de delicadeza neles. Eles estavam famintos por ela.

"Então não foi só aquele vestido vermelho…" ele murmurou, sua voz saturada de sedução enquanto ele descruzava as pernas.

As sobrancelhas de Adeline se franziram em resposta à sua declaração. Ela lançou um olhar para Damien, que ainda estava na sala com eles, e voltou a atenção para ele. "Ele vai ficar aqui conosco?"

"Claro que não, Senhora," Damien respondeu rapidamente antes que César pudesse dizer uma palavra. Ele caminhou até a janela no amplo quarto, e com um último olhar para os dois, ele pulou, aterrissando com sucesso no chão de concreto.

O queixo de Adeline caiu. "Você está brincando. Como ele simplesmente… meu Deus."

"O quê?" César perguntou.

Adeline balançou a cabeça, rindo desajeitadamente em choque. "Não é nada."

Como aquele homem simplesmente pulou tão casualmente daquela altura?

"Eu pensei que você estava sendo imprudente ao escolher um hotel cinco estrelas, mas vejo que você tinha tudo sob controle."

"Você deveria aprender a confiar mais em mim, boneca," César disse com um tom brincalhão, levantando-se de sua cadeira.

Ele se aproximou dela e agarrou sua mão, trazendo-a aos seus lábios para cobrir o dorso com um beijo gentil. Seu toque permaneceu por um momento enquanto nenhum dos dois desviava o olhar. Era quase como se estivessem procurando por Deus sabe o quê no olhar um do outro.

"Venha aqui." César a guiou até a mesa. Ele se sentou e agarrou os quadris dela.

As sobrancelhas de Adeline se juntaram em confusão. "O que… você está fazendo?"

"Eu me pergunto…" César sussurrou, sentando-a em seu colo com o corpo virado para ele. "Eles não estão aqui para ficar de olho em você?"

"Estão," Adeline respondeu, tensa.

Que tipo de posição era essa? O que ele estava tentando fazer? Haviam duas cadeiras; por que ele preferia que ela se sentasse em seu colo?

César olhou em seus olhos, seu sorriso se expandindo. "Eles esperam mais, não é? Afinal, para eles, você está aqui para se divertir."

"O que você quer dizer?" Adeline piscou freneticamente, com as sobrancelhas levantadas.

César girou os ombros e respirou contra o pescoço dela. "Tipo, ouvir você gritar de prazer… lindamente desarrumada."

Adeline ficou paralisada por um momento com o som súbito de uma voz tão exótica e seu sopro quente e cativante. Ela pressionou as mãos contra o peito dele para sair de cima dele, mas César a manteve no lugar.

"Ei, eu não estou aqui para transar com você!" Ela o encarou.

"Isso não é divertido." César clicou a língua. Seu polegar acariciou a área sob o olho dela, e ele colocou o cabelo dela por trás da orelha. "Não se preocupe, nada disso vai acontecer… ainda."

Ele se inclinou mais perto, até que seu rosto estava perto dos ouvidos dela, e sussurrou, "Quando eu estiver pronto para desvendá-la... cada centímetro de você, você saberá."

"O quê?" O coração de Adeline acelerou, e seus olhos se arregalaram instantaneamente. "Você está louco." Um pequeno sorriso irônico saiu de sua boca, e ela agarrou o queixo dele para olhar em seus orbes verdes.

Seus lábios estavam tão perto dos dele que se ela movesse o rosto um pouco mais perto, um beijo simplesmente aconteceria. Mas em vez disso, ela mordeu o lábio inferior, dizendo, "Você não pode me desvendar, César."

Algo sobre a risada dela fez os olhos de César se enrugar com diversão.

"Confiante... eu gosto disso." Suas mãos em seu quadril a apertaram mais forte, uma respiração suave saindo de seu nariz. Ele deslizou as costas de seus nós dos dedos por sua bochecha e ao longo da mandíbula. "Você conhece Rurik? O homem sobre quem eu falei com você."

"Não conheço." A resposta de Adeline foi rápida. "Como você fala comigo sobre um homem aleatório e não me dá contexto?" Ela se afastou e franziu a testa.

César sorriu. "Ele é um homem com quem eu estava fazendo um acordo. Ele tem estas pílulas muito caras, avaliadas em milhões de dólares, que todos querem colocar as mãos em cima. Mas considerando que eu ofereci o valor mais alto, ele decidiu vender para mim antes do leilão que virá, onde os licitantes darão seus lances."

"Agora, o problema é que ele de repente cancelou, não querendo mais negociar comigo. Ele mudou de lado e escolheu vender para aquele homem velho, Fiódor. Eu não consigo entender o que ele ofereceu a ele, então eu quero que você descubra."

Adeline olhou para ele, suas sobrancelhas se aprofundando em uma carranca. "Mas... como eu posso fazer isso?" Ninguém sequer havia lhe falado sobre a conferência da última vez, então como ela iria descobrir algo sobre esse tal de Rurik e o acordo que ele teve com o Senhor Petrov?

"Eu não sei. Mas você encontrará uma maneira." César segurou-a pela base do pescoço. Seu polegar traçou o osso do quadril dela. "Descobrir o que Fiódor ofereceu a Rurik é crucial. Eu serei capaz de fazer o que pretendo fazer adequadamente assim que eu souber."

Adeline franziu a testa pensativamente e suspirou. "Eu vou precisar de tempo, César."

"Não." César balançou a cabeça para ela, seus olhos subindo para olhar seu rosto. "Não temos tempo. O leilão é daqui a uma semana. Você tem pouco mais de sete dias até lá."

Adeline franziu a testa para ele. "Mas-"

"Você tem que encontrar um jeito," César interrompeu, torcendo um fio de cabelo dela com o dedo indicador. "Esta é a sua oportunidade de dar o primeiro passo. Você o quer lento e doloroso, não é?"

Adeline franziu a testa com um aceno. "Quero."

"Bom." César sorriu, provocando-a ao correr seu dedo para cima e para baixo nos ombros dela. "Você já conhece eles há bastante tempo, tenho certeza de que encontrará uma maneira."

"Eu vou... tentar." Adeline estremeceu com o toque dele e mordeu o lábio inferior. Ela deveria fazer com que ele parasse, mas não estava disposta a isso. Seu toque era suave, então ela deixou que ele brincasse com seu cabelo, provocando a pele exposta dela como se estivesse distraído.

"Adeline." A voz de César de repente soou em seus ouvidos, e ela sentiu duas grandes palmas quentes segurando seu rosto.

Ela piscou para ele. "O quê?"

"Por que você não tenta se aproximar de Dimitri?" César perguntou, inclinando a cabeça para o lado.

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