A luz suave da manhã filtrava-se pelas janelas do salão do trono, onde Lyon e Cedric discutiam um plano que poderia mudar o destino de Rosenhein. O ambiente estava tenso, e Cedric, com a expressão grave, hesitava em abordar o assunto que havia estado em sua mente.
— Lyon, precisamos falar sobre a situação com Gyldor e Katherine — começou Cedric, seu tom refletindo a seriedade da conversa.
Lyon se virou para o conselheiro, seu olhar atento. — O que você sugere? A resistência de Gyldor é evidente, e eles precisam entender que a rendição é a única opção.
Cedric respirou fundo, sabendo que o que estava prestes a dizer poderia abalar a relação entre Lyon e a realeza de Rosenhein. — O que você precisa fazer é garantir a lealdade deles. E a melhor maneira de fazer isso seria através de um casamento. Se você se casar com Katherine, poderá consolidar seu poder e estabilizar o reino.
Lyon franziu a testa, a ideia pesando em sua mente. — Um casamento? Você sabe que não sou um homem de convenções. Katherine não será um prêmio a ser conquistado.
— Não a veja assim, Lyon. — Cedric pressionou, sua voz firme. — Isso não é apenas uma questão de poder; é uma questão de estratégia. Um casamento com a princesa pode trazer a aceitação do povo e a legitimidade que você precisa para governar. Além disso, você pode mostrar a eles que não é um tirano, mas um líder que busca a união.
Lyon olhou pela janela, contemplando o horizonte e o futuro incerto que se desenhava. A ideia de se casar com Katherine o incomodava, mas ele também sabia que Cedric tinha razão. A estabilidade era crucial, e a união com a herdeira de Rosenhein poderia ser a chave para um governo pacífico.
— E se ela não aceitar? — perguntou Lyon, sua voz carregada de preocupação. — Como posso forçá-la a se submeter a isso?
— Você não precisa forçá-la. Dê a ela tempo para aceitar a proposta. Mostre a ela que suas intenções são sinceras. Se você puder acalmá-los e dar alguns dias para digerir a idéia, talvez possamos ganhar sua confiança — sugeriu Cedric, seu olhar firme e persuasivo.
Lyon assentiu lentamente, sabendo que a decisão estava sendo tomada. — Muito bem. Convocarei Gyldor e Katherine para uma reunião. Eu lhes darei um prazo para considerar meus termos. Mas, Cedric, você deve entender que isso não é fácil para mim. Além da memória de Alyssa, eu não sou um homem que se envolve em arranjos políticos.
— Eu sei, meu rei. Mas às vezes, os sacrifícios são necessários para o bem maior. Pense no que você está lutando para construir. Esse casamento pode ser a fundação de um novo império — Cedric respondeu, com uma convicção que ressoava em suas palavras.
Com isso, Lyon fez um gesto, e a reunião foi marcada. Ele se preparou mentalmente para o encontro com Gyldor e Katherine, sabendo que o caminho à frente seria repleto de desafios. Ele queria acalmá-los, mostrar que suas intenções eram sinceras e que o futuro que ele almejava para Rosenhein poderia ser um lugar de paz e prosperidade.
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Voltando ao presente, Lyon sentou-se à mesa do salão, observando Gyldor e Katherine enquanto tentava manter uma expressão de seriedade. Sabia que a proposta do casamento era um passo arriscado, mas também era uma oportunidade. Ele respirou fundo, preparando-se para o que estava por vir.
— Eu entendo que este é um momento difícil para vocês dois — começou Lyon, sua voz suave, mas firme. — Quero que saibam que estou disposto a dar alguns dias para que considerem meus termos. A rendição não precisa ser uma derrota, mas uma chance de reconstruir o que foi perdido.
Katherine olhou para o imperador, a confusão ainda presente em seu olhar. — E o que você espera de mim? O que você realmente deseja com essa proposta?
Lyon, percebendo a vulnerabilidade dela, respondeu com sinceridade. — Desejo um futuro onde possamos trabalhar juntos. Onde você e seu pai possam liderar Rosenhein com autonomia, sob minha tutela. O casamento é uma formalidade, mas também é um símbolo de nossa união.
Gyldor, ainda cético, permaneceu em silêncio, mas olhou para sua filha, reconhecendo a luta interna que ela enfrentava. Lyon esperava que esse tempo de reflexão pudesse ajudar a suavizar a resistência deles, mas a tensão no ar era palpável, e o futuro de Rosenhein ainda estava em jogo.