De volta àquela sala escura dentro de sua mente, Dhruik está adormecido. O Celestial, com um sorriso sombrio, toca sua testa, forçando-o a reviver a tragédia repetidas vezes. Uma voz crescente ressoa em sua mente, cruel e implacável: "Seu lixo, a culpa é sua... sinta ódio..." Dhruik começa a gritar, seu grito é tão intenso que parece que sua garganta vai rasgar. O Celestial observa, satisfeito, e murmura: "É assim que eu quero."
No lado de fora, o corpo de Dhruik estava paralisado. Medusa havia utilizado sua habilidade de paralisação enquanto Sodoma e Azura trabalhavam em um encantamento de selo. A aura que emanava dos dois indicava que haviam ativado a liberação do ZOCHI. Dhruik, possuído pelo Celestial, sussurra entre dentes: "... Manipulação do ZOCHI...olho absoluto..." Ele entrelaça os dedos, com os polegares apontando para baixo, rompendo encantamento e ativando o seu. Tudo ao redor mergulha em um breu absoluto, uma escuridão tão densa que nada pode ser visto.
De repente, um olho colossal se abre no céu, mas agora sua cor é azul. A luz azulada ilumina toda a cidade, transformando a noite em um brilho fantasmagórico. Sem perder tempo, Azura avança e bate a palma de sua mão no peito de Dhruik com a técnica conhecida como "Palma de Buda", aprimorada e criada por tal. O impacto é devastador, lançando Dhruik na direção do castelo com força colossal. Ele, porém, apoia os pés na parede e fica suspenso, olhando pela janela. Lá, ele vê uma garota de pele branca como a neve e cabelos azul-escuros ondulados que o observa.
Nesse momento, derepente uma liberação de energia e ZOCHI percorre o corpo de Dhruik, fazendo seus músculos se expandirem e veias surgirem por todo o seu corpo, pulsando com energia.
O Celestial, em um ato arriscado, pensa: "Eu posso estar sendo insano em tentar isso, mas se der certo, talvez eu consiga salvar o garoto." Ele então recita um encantamento: "Extensão Subconsciente."
Na velocidade da luz, Sodoma avança e corta a cabeça de Dhruik com sua alabarda, mas antes que a lâmina o alcance, algo o puxa pelos braços, jogando-o contra a muralha com força brutal.
O Celestial, com um olhar determinado, sussurra: "Com a extensão do subconsciente, trouxe minha mente primordial de volta, aumentando sete vezes a velocidade mental... Só basta o garoto sentir ódio para suportar isso."
Medusa utiliza o encantamento novamente, mas dessa vez, amplificado. Tudo ao redor parece desacelerar, reduzindo a velocidade de tudo ao redor a quase nada, mas ela continua se movendo em sua velocidade máxima, dando a impressão de que se move quase instantaneamente. Ela avança em direção a Dhruik, concentrando ZOCHI em seu punho, mas ele sorri, acompanhando seus movimentos com os olhos. Medusa se assusta, mas em desespero tenta atacá-lo com todas as forças. No entanto, o corpo de Dhruik pisca com uma luz intermitente e desaparece.
"Era uma ilusão?! Onde ele está agora?", exclama Medusa, confusa.
De repente, Dhruik surge com uma velocidade impressionante, preparando um soco contra a cabeça dela. No entanto, Azura intervém com um chute, forçando Dhruik a segurar a perna do oponente para se defender. Azura usa a força do bloqueio para lançar Dhruik em direção a Sodoma, que já estava preparado, agachado e em posição defensiva com sua alabarda. Porém Dhruik acerta Sodoma com um chute ascendente na barriga lançando pra cima, e Dhruik salta para o lado em pequenos pulos e movimentos, tentando localizar seus adversários, seus olhos mexiam de um lado para outro em uma velocidade bizarra era como se ele estivesse calculando inúmeras possibilidades de combos e golpes futuros, o mais estranho e que não parava de sorrir.
Medusa se aproxima por trás, tentando mais um golpe. Dhruik defende, desviando o soco com a palma da mão, mas ela continua desferindo uma sequência de ataques rápidos. Ele, porém, quebra a sequência com um corte de energia ZOCHI, ferindo o braço dela. Mas, em seguida, é atingido por um gancho e um chute poderoso de Azura, que o lança para o alto. No ar, Sodoma prepara mais um golpe com sua alabarda, de cima para baixo, enquanto Azura se prepara para um chute devastador na costela, se os dois o acertarem simultaneamente poderia partir Dhruik ao meio.
Dhruik, no entanto, segura o cabo da alabarda com uma mão e a perna de Azura com a outra. Ele gira o corpo, lançando Azura contra uma casa, provocando uma explosão. Sodoma aproveita a abertura e chuta Dhruik, que cai de volta ao chão. Sem perder tempo, Sodoma avança novamente, desferindo outro golpe que Dhruik bloqueia, mas Medusa, já curada, ataca com uma sequência de chutes, forçando-o a soltar.
No castelo, o rei tremia de medo, assim como todos na cidade. Guardas e soldados se escondiam, apavorados. No quarto da sobrinha do rei, a garota de cabelos azul-escuros estava na janela, observando tudo. A empregada corre até ela, puxando-a dali: "Saia daí, criança, sua mãe estava te procurando. Vamos." E a leva para a mãe.
De volta à destruição, Dhruik desvia do chute de Medusa e da alabarda de Sodoma ao mesmo tempo, apoiando a mão no chão e girando seu corpo de lado sobre o ar. Ele ativa a manipulação do ZOCHI em sua mão e acerta a palma na barriga de Sodoma. Primeiro, o ar treme, e um estrondo ecoa; em um piscar de olhos, Sodoma é lançado para longe, quebrando várias casas. Em seguida, Dhruik ataca Medusa com um *speedblitz*, acertando um chute. No ar, ele agarra os braços dela e desfere joelhadas em sua barriga, lançando-a para cima e a atingindo com um chute giratório, jogando-a para longe também.
De repente, Azura surge, movendo-se rapidamente e cheio de ódio, desferindo um soco contra a cabeça de Dhruik. Por pouco, Dhruik consegue colocar o antebraço na frente, mas é lançado para trás. Azura, com outro *speedblitz*, o atinge de novo, dessa vez para cima. Ele se prepara para mais um golpe que lançaria Dhruik para baixo, mas, no instante em que o acerta, Dhruik se transforma em fumaça. Azura é surpreendido quando Dhruik aparece e acerta um soco em cada um de seus ombros, lançando-o contra o chão. Dhruik, então, corre em direção a Medusa.
O Celestial, observando tudo, pensa: "Se Medusa ativar o encantamento novamente, vai complicar. O garoto não vai aguentar se eu usar magia, e estou consumindo muito ZOCHI para proteger esse corpo fraco. Ele não vai aguentar por muito tempo..."
Azura grita, furioso: "Seu merda, você não vai conseguir!" E corre em direção a Dhruik.
Então, um chifre começa a se formar na testa de Dhruik, rasgando a pele enquanto ele corre. O chifre é como uma extensão para liberar mais ZOCHI. Ele para abruptamente e recebe o soco de Azura, que o atravessa pela costela. No entanto, novamente era apenas uma ilusão.
Dhruik, agora posicionado, prepara o mesmo golpe que havia usado em Eros, mas dessa vez torce o quadril e se inclina, quase encostando no chão, antes de desferir o soco. O impacto é devastador, e tudo ao redor parece desacelerar. O golpe expõe parte dos ossos da espinha e das costelas de Azura, jogando-o com uma força colossal, destruindo mais casas no caminho.
Dhruik pisa nas costas de Medusa e, com um movimento brutal, arranca uma de suas cabeças com a mão, dividindo seu corpo em duas partes, já que uma das irmãs estava morta. Quando ele se prepara para arrancar mais uma, Sodoma retorna, girando e manobrando sua alabarda em direção a Dhruik. Ele desvia os ataques usando a parte de trás do punho, mostrando agilidade e precisão. Dhruik salta para trás, assumindo uma posição de combate e novamente começa a mover seus olhos daquela forma bizarra, como um lutador de boxe, pulando levemente, como se seu corpo fosse leve como uma pena.
Sodoma arremessa a alabarda girando para cima e, em seguida, chuta-a em direção a Dhruik, mas ele salta por cima dela. Com a arma cravada no chão, Dhruik a utiliza como impulso, girando seu corpo em uma velocidade quase imperceptível parecendo um pião e desfere um chute no trapézio de Sodoma, envolvendo sua perna em uma aura que parece um fogo azul-escuro. O golpe deixa Sodoma desgovernado. Dhruik então o acerta com um soco no peito; mesmo com Sodoma tentando bloquear com a mão, ele ainda é derrubado.
Em seguida, Dhruik se afasta e ativa a "Mão de Deus", uma habilidade que replica a mão do usuário em uma forma maior e mais poderosa. Com um golpe esmagador, ele quebra a armadura de Sodoma. De repente, uma voz grita: "Não vou deixar você fazer isso, seu merda!" Era Azura, com o braço destruído e costela exposta, ao lado das duas irmãs de Medusa. As duas avançam, mas Dhruik as segura pelas cabeças, esmagando uma contra a outra com força brutal e arrancando as cabeças de suas espinhas, terminando a luta de forma cruel.
O Celestial, observando a cena, comenta: "Pelo jeito, vocês não têm mais energia. Não conseguem nem se manter de pé são bando de lixo mesmo, os otários conceguiram perder para uma criança e queriam abrir a janela do segundo céu hahaha! parece piada."
Azura, enfurecido, responde: "Seu merda, você não vai sair vivo. Eles são muitos, e vão atrás de você. Vão fazer você se arrepender de ter nascido vai querer morrer dia após dia... hahahaa." Ele começa a caminhar, quase se arrastando, em direção a Dhruik. Então, Dhruik fecha as mãos e as aponta para Azura, dizendo: "Liberar." Uma rajada negra é disparada, atravessando casas até a muralha. Porém, no último momento, Sodoma consegue agarrar Azura e o leva embora, salvando-o do golpe fatal ele acha Belzebu caído e também o leva.
Então, o Celestial deixa o corpo de Dhruik e olho fechou, e ele finalmente recupera o controle, e o dia amanheceu com chuviscos. Ele sente o peso de tudo o que fez, cada morte, cada dor e a destruição que causou. A dor que ele sente é profunda, mas ele não demonstra nenhuma reação exterior. Ele olha para suas mãos ensanguentadas e, sem forças, cai no chão. Estava ferido, sua roupa estava vermelha de sangue, seus músculos estavam desgastados, e sua alma destruída...
Foi mais de 200 mortos aquela noite e alguns feridos na cidade.
Um senhor de idade encapuzado, com um corpo músculoso que ainda mantinha a força e a postura de um soldado de seus dias de glória,ergue a criança em seus braços e começa a caminhar, carregando o menino.
No dia seguinte, a cidade estava em um estado de agitação. Todos reclamavam, aterrorizados e tristes pela destruição. O rei estava envergonhado por sua impotência, pois não havia conseguido proteger seu povo. Nenhum dos magos ou guerreiros de alto nível estava presente na cidade naquele dia, e isso fez com que a população ficasse ainda mais revoltada. As pessoas murmuravam, dizendo que a culpa era do filho de Damon e que queriam que o procurasse para fazer um julgamento.
O rei, então, se pronunciou diante da cidade, pedindo desculpas pelo ocorrido.Porem ele indulta Dhruik declarando inocente, ele explicou que não podia matar o filho de Damon, pois a cidade devia muito a ele, e que não era totalmente culpa do garoto. No entanto, o povo permaneciam com ressentimento e o ódio por Dhruik principalmente os que tinham perdido família aquela noite.
.....
Dhruik acordou em uma cama de palha, sentindo dores intensas por todo o corpo.
Velho: "Não se mexa, suas feridas podem abrir."
Dhruik, com a voz rouca e falhando: "Quem é você?"
Velho: "Não me diga que seu pai não contou sobre mim, caramba! Droga, sou seu avô!"
Dhruik, confuso: "O que é um avô?"
O velho fez uma expressão cômica com uma cara de bunda, quase como se tivesse sido pego de surpresa, e em seguida começou a gargalhar com uma risada seca e grossa, ecoando pelo pequeno espaço.