Chapter 11 - Capítulo 11

No dia seguinte, aos suspiros, Aisha acordou nos braços do Bryce. Bryce, por sua vez, também parecia em êxtase.

Os dois amantes despertaram quase ao mesmo instante.

Sendo bastante carinhoso, o bilionário beijou e acariciou Aisha ainda em seus braços e falou: eu te amo.

Tal frase, no entanto, surtiu um efeito contrário ao que uma frase de amor deveria surtir aos ouvidos da pessoa amada. Isso porque, Aisha, enrolada sob lençóis, levantou-se imediatamente e disparou contra o bilionário.

— Suma já da minha frente, seu assediador barato.

— O que está acontecendo com você, Aisha!? — perguntou Bryce, sem entender nada.

— Assediador! Tarado! Saia já da minha cama, ou eu chamo a polícia.

O bilionário, já um tanto atordoado, pulou da cama e vestiu a sua roupa.

"Mulher mais maluca", pensou Bryce, enquanto vestia a roupa.

O bilionário saiu do quarto da executiva, pegou o elevador e deixaria o hotel, sem esperar pelo próprio carro. Tendo em vista que iria tomar um táxi. Entretanto, Bryce mal deu cinco passos e foi interceptado.

— Ei! O quê que está acontecendo aqui? Por favor, tirem as mãos de mim —, disse aos dois homens que o agarraram.

— Por gentileza, o senhor nos acompanhe! —, disse um dos seguranças do hotel que estava segurando-o.

Vendo que seria loucura, tentar resistir à força de dois enormes homens, o bilionário seguiu eles até a área externa do hotel.

Lá, ele foi colocado dentro de um carro e levado até a delegacia mais próxima.

— Mas que diabos está acontecendo?—, expressou ao sair do carro. — Prestem bem atenção com quem estão lidando… Eu exijo a presença do meu advogado.

— Senhor, Bryce Grant, o senhor está sendo acusado de estupro. Portanto, está sendo preso por tal crime. O senhor tem o direito de se manter calado, até a chegada do seu advogado —, declarou o delegado.

— Eu?! Preso pelo crime de estupro! —, exclamou o bilionário indignado. — Mas quem é a pessoa que está me acusando por esse crime bárbaro?

— A senhora Riley Millman.

— O quê? Ela me acusou de ter feito isso? Mas isso não é verdade, senhor delegado… O que aconteceu entre nós, ontem à noite, foi com o seu consentimento.

O delegado não pronunciou nenhuma palavra a mais ao bilionário, sendo que ele levantou-se, serviu-se a si mesmo um pequeno copo de café e deixou a sala por instantes.

Momentos depois, o advogado do bilionário chegou à delegacia.

Assim que o viu, o bilionário exigiu que o profissional o liberasse da detenção imediatamente. O advogado, por sua vez, disse ao seu cliente, para que ele não se preocupasse.

Mas, apesar de todo esforço do advogado, para atender às ordens do ilustre cliente, Bryce não conseguiu se ver livre do cárcere naquele dia.

O bilionário ficou indignado com Aisha. E jurou a si mesmo que daria o troco na executiva.

Fora a indignação, Bryce ficou bastante preocupado com a provável repercussão do caso. De tal forma que conversou seriamente com o advogado, para que o mesmo não permitisse que o caso chegasse à imprensa. Sendo que, antes que isso acontecesse, o profissional da lei deveria já ter conseguido a sua liberdade.

Fora o fato do bilionário ter passado a noite atrás das grades, o caso, felizmente, não chegou aos meios de comunicação. Assim como também, quase ninguém da empresa soube da confusão na qual o bilionário acabou se metendo.

Na manhã seguinte, quando o advogado chegou para dar a notícia da sua liberdade, Bryce deixou logo claro para o homem:

— Faça o possível e o impossível para livrar meu nome de tal denúncia.

— Não será necessário, senhor Grant.

— Como não será necessário?

— A denúncia contra o senhor foi retirada.

— Retirada?Mas por quem foi retirada?

— Pela própria denunciante, senhor.

Bryce pareceu não acreditar no que o advogado lhe disse, porém, ao invés de declarar o que pensava naquele exato instante, preferiu se calar e seguir para o automóvel que o esperava.

O CEO resolveu se ausentar dos negócios naquele dia. Sendo assim, ele seguiu para casa.

Ao adentrar na mansão, o bilionário foi direto até a adega, na sequência derramou duas doses de whiskey no copo e ficou tomando a bebida, enquanto pensava na vida. O que ele não esperava, entretanto, é que rapidamente teria companhia.

— Mas o que houve? Por que continua com a mesma roupa de ontem? Por acaso, passou a noite com alguma piranha e está voltando da farra, agora? Olha que não vou mais tolerar esse seu descaramento, Bryce? —, declarou Marie, irritada.

— Pare de torrar ainda mais a minha paciência, droga! —, disse o bilionário para Marie, num tom de voz que a deixou amedrontada.

Ainda tomada pela curiosidade, a mulher maneirou na sua abordagem e daí então disse:

— Desculpe-me pela maneira como me direcionei a você, Bryce. Eu fui muito invasiva. Mas é que… Quer queira quer não, ainda somos um casal, sendo que ainda me sinto no direito de sentir ciúmes de você. Sem contar que ainda me preocupo bastante contigo.

Bryce olhou com um olhar menos inquisidor para Marie. Daí, largou o copo de bebida no móvel e começou a tirar o sapato e a camisa.

Na sequência juntou as peças que havia despido e dirigiu-se à escada.

Enquanto isso, Marie continuou observando-o com sua enorme curiosidade.

Porém, Bryce, que havia subido alguns degraus da escada, voltou até a mulher e disse:

— Já que ficaria sabendo de qualquer forma, eu fui preso, ontem… Acabo de voltar da delegacia.

— Preso?! Mas por que você foi preso? —, exclamou a mulher, espantada.

O bilionário deu de costas a Marie, novamente, e voltou a subir as escadas.

— Bryce! Por favor, me conte essa história direito. Eu preciso saber o que houve, não me deixe aqui, roendo as unhas, morrendo de curiosidade.

— Pergunte tudo para a Eva. Ela, com certeza, sabe e te contará tudo — disse o homem do alto da escada.

Marie sabia que não era o momento para tentar saber do bilionário a verdade. Entretanto, procurar a própria mãe, para que ela lhe revelasse o ocorrido, era a última coisa que a mulher desejava fazer. Tendo em vista que Marie estava sem falar com Eva há bastante tempo.

A curiosidade, porém, falou mais alto. E Marie, engolindo todo o seu despeito, foi até a casa da mãe, para que ela lhe contasse o que sabia sobre o caso.