Aisha estava deslumbrante em seu vestido de noiva.
Sentada diante da penteadeira, seus olhos se encheram de lágrimas ao se dar conta que chegou o dia mais esperado da sua vida.
— Por favor, Aisha, não chore, minha querida. Não vai estragar essa maquiagem que deixou você ainda mais linda, — disse Eva para a enteada.
— Eu queria tanto que o papai estivesse aqui.
— Ele está presente aqui, Aisha. Ele está aqui. Acredite.
A mulher fez um carinho na garota.
— Agora se apresse. Já estamos muito atrasadas. A noiva pode se atrasar, mas nem tanto.
Com a ajuda da madrasta e da equipe de serviço de beleza, Aisha dirigiu-se ao carro que a levaria até o local da cerimônia.
A igreja estava lotada com convidados da mais alta classe econômica.
No altar, Bryce, o noivo estava a pura sofisticação e elegância.
Já nas laterais do altar, padrinhos e madrinhas demonstravam a satisfação por serem especialmente escolhidos pelos ilustres noivos.
Na falta de uma figura masculina na família, Aisha entrou sozinha na igreja.
Todos os olhares voltados para ela, deixaram-na ainda mais nervosa.
Aisha tentou e conseguiu conter o tanto de emoção que sentia.
Bryce a recebeu no altar e em seguida o padre celebrou uma linda e emocionante cerimônia religiosa.
Na sequência, noivos e convidados partiram para o local da festa.
Nunca se viu tanto luxo e bom gosto numa única festa. De maneira que os convidados estavam extasiados.
Bryce e Aisha também fizeram a sua parte, recepcionando a todos com afetividade.
A celebração durou horas. E contou com tudo que um casamento tradicional costuma ter: valsa dos noivos, fotos com os padrinhos e madrinhas e jogada do buquê.
Aisha e Bryce deixaram o local da recepção ainda com a festa em alta.
A caminho do hotel, de onde partiriam no dia seguinte ao destino da lua de mel, Bryce não se continha com a intensidade das carícias.
— Agora não Bryce — Aisha expressou. — Não vê que ainda estamos acompanhados?
— Bobagem… O chofer não se importa.
O carro chegou ao hotel, e o casal subiu para a suíte reservada especialmente para eles.
Bryce estava super empolgado e não parava de agarrar Aisha por um só segundo.
Aisha esperava que Bryce fosse mais carinhoso na sua noite de núpcias. No entanto, ela se enganou. Assim que o elevador chegou ao andar de destino, o homem saiu puxando-a pela mão até a suíte.
Como nos filmes de romance, Aisha deseja ser carregada no colo pelo marido. Mas não foi o que aconteceu.
Bryce estava incontrolável e Aisha não o reconheceu. É certo que ele bebeu bastante durante a festa, mas não a ponto de perder o bom senso.
Havia uma garrafa de champanhe esperando por eles. Bryce abriu-a, encheu duas taças e ofereceu uma delas à esposa. Mas Aisha recusou-a. Ela não estava acostumada a beber. E a única taça que tomou durante a recepção dos convidados a deixou um pouco zonza.
Já que Aisha rejeitou a taça de bebida, Bryce a tomou em questão de segundos as duas taças, uma seguida da outra.
Totalmente a sós com o marido, Aisha sentiu-se tímida.
Ela sentou-se na beira da cama.
Bryce se aproximou de maneira brusca, e enquanto beijava Aisha, tentava tirar-lhe, impacientemente, o vestido.
Aisha ficou nervosa, e após emitir um acanhado grito, esquivou-se do marido e correu para o outro lado da cama.
— O que acontece com você, Aisha? Somos marido e mulher, prestes a ter a nossa primeira noite de núpcias.
— Eu sei, Bryce. Mas… é que eu estou nervosa.
— Nervosa? Aisha! Não me diga que você ainda é virgem?
— Sou sim, Bryce! — Aisha respondeu, super tímida. — Mas você deveria saber disso. Já que durante esse um ano em que estamos juntos, nunca tivemos maiores intimidades.
— Tem razão. Eu sou um idiota por não ter me dado conta disso. Mas em todo caso, não quero te forçar a nada. Agora, vem aqui! — falou o homem, estendendo o braço para a garota. — Fica deitadinha do meu lado, até pegarmos no sono.
Aisha atendeu o pedido do marido e deitou agarradinha com ele.
Ela ainda usava o seu vestido de noiva. Assim como Bryce também vestia a sua camisa e a calça.
Bryce logo adormeceu. E daí Aisha se despiu e pôs uma camisola.
Ela voltou a deitar na cama, só que dessa vez um tanto afastada do cônjuge.
Aisha adormeceu olhando com um olhar interrogativo para o então marido.
O casal acordou tarde. Mau deu tempo para tomar o café da manhã com tranquilidade. Isso porque precisavam correr para o aeroporto e evitar de perder o voo para o local da lua de mel.
Aisha e Bryce optaram por passar as núpcias numa ilha do pacífico.
Foram horas e horas de voo. Tantas que Bryce até se queixou de arrependimento, por ter escolhido passar a lua de mel em local tão distante.
A beleza do lugar deixou Aisha mais relaxada. E ela já não se sentia tão insegura em relação à sua primeira vez com um homem.
Bryce também mudou o seu comportamento. Sendo menos afoito e mais carinhoso com a esposa.
— Chega aqui, Aisha, querida!
Aisha se aproximou.
Bryce acariciou seu colo e cheirou o seu cabelo.
— Serei carinhoso com você, Aisha. Eu prometo.
Os dois se beijaram num beijo longo.
Bryce despiu Aisha lentamente e a deitou sobre a cama.
Na sequência o rapaz também se despiu e foi de encontro ao corpo da jovem.
Como prometido, Bryce foi delicado e fez com que Aisha tivesse a sua primeira vez de forma tranquila.
Após se amarem, Aisha deitou a cabeça sobre o peito do esposo e respirou serena.
— Isso foi a coisa mais especial que aconteceu em toda a minha vida. Te amo Bryce! Obrigado por me fazer a mulher mais feliz do mundo — declarou Aisha.
A declaração da jovem, no entanto, não esboçou nenhuma reação do esposo.
Bryce parecia pensativo. E desde o momento em que chegou a ilha, estava bastante calado.
— O que foi Bryce? Por acaso, está acontecendo algo?
— Claro que não, Aisha… Apenas ainda me sinto um pouco cansado da viagem.
A resposta do marido tranquilizou a esposa.
A lua de mel na ilha paradisíaca do jovem casal terminou. E Bryce e Aisha voltaram à rotina de trabalho na metrópole.