A festa acabou. O Ancião que estava do lado do Grande Cristal foi o que mais sofreu com a explosão mágica causada pela flechada.
Os guardas estão tentando levar todos para fora, com medo do que quer que tenha causado a explosão. Afinal, se há ali algo ou alguém tão poderoso que tenha explodido o maior ídolo de Krystóllia, poderá também matar a qualquer um dali.
Além do mais, o templo deverá ser fechado para começar as investigações às pressas de quem tiver destruído o Grande Cristal. Ou pelo menos parte dele.
Arlindo gargalha ao ver o feito que acaba de fazer. Ainda bêbado e louco, ele vai em direção à saída do templo. Os guardas o barram, mas ele pega toda a pólvora de um saco e joga no chão. A explosão faz os guardas se cegarem, e ele se aproveita disso para sair correndo do templo e fugir antes que alguém o pegue.
Porém, ele dá um pulo na alta ladeira. Um pulo torto e desajeitado, pois estava bêbado. Por isso, ele tropeça em uma pedra, e vai rolando ladeira abaixo. Quando chega no chão, sua cabeça está aberta no lado, cortada por uma pedra pontiaguda da ladeira, todo seu sangue se foi esvaindo de seu corpo lentamente. Arlindo morreu ali.
Maridafa está ainda na festa, preocupado a respeito de onde está Arlindo. O que seu amigo fizera poderia prejudica-lo. Ele se aproxima do Grande Cristal e pega um pouco do pó dele que ainda brilha, porquanto Maridafa era um colecionador de artefatos mágicos.
Depois disso, ele vai correndo em direção à saída para fugir. Ele atravessa os guardas tão rápido que nem os dá tempo de reação, já que era um ladino bem furtivo e veloz em todas as suas ações. Ele vai correndo ladeira abaixo, em busca de Arlindo.
Ao chegar lá embaixo... Aquela cena o deixa muito amargurado e traumatizado... Seu grande amigo de infância, irmão e colega de quarto, estirado no chão com a cabeça aberta, morto. Porém, antes que pudesse chorar, ele se lembrou que Abdasor, seu outro irmão de consideração e grande amigo, era um necromante, e poderia ressuscita-lo. Bastava que eles se encontrassem rapidamente.
Porém, aquele corpo não poderia ficar ali, e por isso então que ele arrasta o corpo de Arlindo para dentro da floresta que ficava ao lado dos fundamentos do templo, deixando um rastro de sangue e escondendo o corpo próximo à moitas, para mais tarde voltar àquele local e ressuscitá-lo com ajuda de Abdasor Abhold, o necromante com o apelido de "despertador dos mortos".
O Ancião do templo, após se levantar do chão com ajuda dos guardas, decide rapidamente ir embora do Templo do Cristal. Ele teme as consequências do que aconteceu... A entidade o qual dedicou mais de metade de seus 78 anos de vida para proteger e adorar havia perdido sua magia... Por isso, o Ancião vai até um jovem rapaz no qual ele havia conversado durante a festa, um rapaz que o chamou atenção por causa de seus poderes sobre a morte, um jovem chamado Abdasor. O Ancião pede ajuda para ele, para que o acompanhe até algum lugar seguro, longe do tumulto da multidão.
Eles descem pela ladeira de pedras que levam ao Templo. Pelo caminho, encontram um elfo negro dos cabelos brancos com os olhos arregalados, com o semblante de terror nos olhos. Aquele elfo parece realmente preocupado com algo, e ele vai em direção ao templo (O elfo é Maridafa).
Enquanto desciam pela ladeira de pedras, eles viam o céu, que estava por se tornar escuro, deveras depressa. O Ancião explica que aquilo está acontecendo pois a magia do cristal não pode mais defende-los da magia maligna, que transcede o frágil tecido do mundo físico.
Ao chegar lá embaixo... Vêem muito sangue em uma poça, e rastros de sangue. O Ancião se traumatiza com a cena, e apressa o rapaz para que fossem até a Fortaleza de Zafenáti Panéia, onde será um lugar mais seguro para ficar e também por ser perto, pois fica na cidade vizinha, a Província Madeireira.
O jovem rapaz que o acompanhava, que se revela chamar-se por Abdasor Abhold, leva o Ancião em segurança até a Fortaleza, e recebe uma benção divina em troca do favor que fez. Essa bênção daria a ele paz e sabedoria para lidar com seu caminho vindouro.
Enquanto isso, o governador Zafenáti Panéia sai do templo, descendo a ladeira, e vê todo aquele sangue. Porém, por causa da pressa de fugir daquele local, ele apenas monta seu cavalo e segue caminho, em direção à sua grande fortaleza.
Ao chegar em sua fortaleza, a primeira coisa que Zafenáti faz é ordenar que seus soldados se espalhassem por todos os cantos da cidade e fora das fronteiras, em busca do responsável pela destruição do cristal.
Também ordenou que enviasse mensagens e cartas aos outros líderes da região para que investigassem o que causou a explosãp do Grande Cristal.
Zafenáti Panéia, após enviar as mensagens e preparar os seus homens, acaba por se encontrar com o Ancião, nos corredores da sua fortaleza. O Ancião o diz que vai ficar em sua fortaleza por um tempo, enquanto for necessária segurança. Zafenáti não gosta tanto da ideia, ppis gosta de ficar sozinho... Mas ele não pode contestar a autoridade máxima do Ancião.
Enquanto isso, Abdasor volta à caminho do templo, para encontrar com seus amigos e irmãos Maridafa e Arlindo. Mas, na ladeira de pedras do templo, onde estavam os rastros de sangue, ele se espanta. Ainda confuso, ele segue os rastros, para saber mais sobre o caso, que poderia ser algo importante para desvendar o mistério da explosão do Grande Cristal...