O lobo desconhecido foi arrastado para a cela de detenção e Aurora não conseguia parar de se culpar.
"É minha culpa. Eu envolvi o lobo inocente com o meu mau destino. Que tipo de sorte eu tenho, afinal?" Ela se lamentou.
Ela não conseguia tirar da memória o último olhar que ele lançou para ela. Embora fosse sem emoção, estava comunicando algo que ela não conseguia explicar.
"Não querida. Não é sua culpa. Mesmo que ele não tivesse decidido salvar você, ele já estava infringindo por estar naquela área. É a fronteira da alcateia. Além disso, ele feriu seriamente o herdeiro do Alfa e isso é imperdoável." Seu pai, Mateus explicou.
"Além disso, você nem pode ter certeza de que ele estava lutando por você. E se ele é um inimigo do Dante e já tinha seus planos? Tenho certeza de que ele tinha o Dante em mente e foi para aquela área para lidar com ele. Você apenas estava lá naquele momento, então tira isso da cabeça." Selene disse.
"Pai, você não pode pelo menos me ajudar a pedir ao Alfa para pegar leve com ele?" Aurora perguntou.
"Ele feriu seriamente o herdeiro do Alfa, que desculpa eu poderia dar ao Alfa por isso? Nenhuma, querida. Ele será morto." Mateus manteve-se firme.
Aurora suspirou, derrotada.
Ela não conseguia tirar o pensamento do lobo desconhecido da cabeça.
Os dias passaram e todos pararam de falar sobre o lobo. Era como se ele nunca tivesse sido preso. Uma nova semana chegou e a escola retomou as atividades!
O retorno deu a Aurora sentimentos contraditórios. Ela estava feliz por ter algo para ocupar sua mente e parar de pensar no incidente com o lobo desconhecido, mas estava um pouco nervosa porque sabia que as crianças na escola zombariam dela por não ter se transformado em lobo no seu aniversário de dezoito anos. Ela havia comemorado o aniversário durante as férias.
"Olá meu amor! Feliz volta às aulas!"
"Igualmente, querida!"
"Oh, você comprou uma bolsa nova! É tão chique, amiga!"
"Nossa, não posso acreditar que as férias acabaram já."
"Relaxa, cara! Outras férias estão logo ali. Num piscar de olhos, teremos terminado este bimestre."
"Você é tão otimista. Bom pra você, cara!"
"Não me faça rir."
"Amiga, você está mais cheinha e mais bonita. Qual é o segredo?"
"Sono, sono suficiente! Esse é o segredo!"
"Você é muito engraçada."
Conversas entre os alunos ecoavam por todos os cantos da escola. Todos estavam felizes por se verem novamente após um longo período de férias.
"Oi pessoal! Como a Sra. Williams, sua professora de matemática acabou de dar à luz e não estará por perto por um tempo, aqui está um professor temporário que irá substituí-la até ela voltar." A professora regente anunciou. Ela havia entrado com um rapaz jovem e bonito. A presença do jovem comandava atenção. Seu rosto era adornado com belos olhos azuis que pareciam afogar todos neles. Embora o cabelo em sua cabeça estivesse simplesmente mas cuidadosamente arrumado, combinava com ele como se fosse feito apenas para ele.
Ele carregava sua altura de 1m83 com grande carisma e sua postura parecia intimidadora e ao mesmo tempo atrativa. Ele parecia perfeitamente bonito.
As meninas já começaram a babar. Até Aurora não pôde deixar de fixar o olhar nele, admirada. Ele não era de sua alcateia e nenhum deles o havia visto antes, mas ele era um lobisomem.
A classe inteira pensou na mesma coisa ao ouvir o anúncio.
"Professor? Ele não é muito jovem e bonito para ser professor?" Eles se perguntaram.
"Olá, pessoal! Eu sou Elias. Sim, apenas Elias. Vamos ficar à vontade, certo?" Ele abriu a boca para se apresentar e as meninas suspiraram.
Sua voz era tão bonita quanto sua aparência. Toda a classe aplaudiu e murmurou 'bem-vindo' em uníssono.
"Sim, Elias. Você é muito bem-vindo à nossa escola." Uma menina do fundo levantou-se e disse, feliz.
Elias sorriu para ela, revelando seus maduros sulcos e ela deu uma risadinha.
"Então, eu vou deixá-lo com seus assuntos, Elias. Tenho que ir para minha aula agora. Pessoal, seja bons com o novo professor. Sejam respeitosos, não o desrespeitem por ele parecer jovem e parecer ter a idade de vocês, certo?" Ela advertiu a classe e eles ecoaram um 'sim, senhora' em uníssono.
"Eu sou uma menina muito respeitosa e linda, Elias!" Uma menina na primeira fila gritou.
A classe explodiu em risadas. A professora, balançando a cabeça, deixou a sala, sorrindo.
"Então, pessoal, vamos começar?" Elias perguntou à classe.
"Não, senhor. Podemos fazer uma pequena introdução antes de começar? Conte-nos mais sobre você. Como sua idade, sua alcateia e assim por diante. Esses pequenos detalhes..." Katie, a melhor amiga de Aurora, sempre animada e viva, gritou de seu assento.
As outras meninas aplaudiram e a incentivaram.
"Sim, por favor. Ela acabou de dizer o que queríamos perguntar." Eles declararam.
Aurora piscou os olhos e ouviu com atenção total. Até ela queria saber mais sobre o atraente jovem professor.
Ela não era do tipo que se interessava tanto em conhecer um homem estranho, pois planejava se guardar para seu companheiro destinado, mas o homem a estava distraindo.
Ela se pegou encarando-o. Havia algo nele que a fazia continuar olhando. Ela se sentiu atraída.
Seus olhos se encontraram brevemente e o coração dela deu um salto.
"Esses olhos me parecem familiares, como se eu já os tivesse visto antes. É estranho." Ela sussurrou para a amiga.
"Eu sei, né. Eles parecem familiares para todo mundo porque ele é muito atraente, amiga." Katie guinchou.
"Não, não é por isso. Quero dizer, ele parece alguém que eu realmente já conheci antes. Tão familiar. Eu estou falando sério. Não é sobre a atração dele." Ela manteve, mas Katie não a estava mais ouvindo. Sua atenção estava focada no novo professor.
"Onde eu vi esses olhos?" Ela se perguntou e então a memória de como o lobo desconhecido a encarou intensamente apareceu diante de seus olhos e ela estremeceu. .
"Não, não pode ser! Eu sei que já mataram o lobo. Ele não pode estar aqui para se vingar de mim, certo?" Ela se perguntou, com medo