POV DE MAVERICK
Eu não sabia o que fazer.
Nunca me senti tão impotente quanto na noite em que meus pais morreram, e estou me sentindo assim agora, mesmo depois de tudo.
De pé diante da porta do quarto do hotel onde Valência estava hospedada, eu suspirei.
Ela não queria voltar para as câmaras do conselho e enfrentar qualquer pessoa.
Não. Ela não me disse isso, mas seu olhar sim.
Ela, minha garota, não falou uma palavra desde que a encontrei, e seu silêncio tem sido como um assassinato silencioso desde então.
Preferiria que ela desse um escândalo, gritasse, chorasse, lamentasse, me repreendesse, me culpasse por não estar lá mais cedo, por não salvá-la a tempo, ou por deixar tantas coisas acontecerem porque eu não consegui lidar com Cordélia antes, mas este silêncio.
Encostei minha testa na porta, fechei os olhos sem saída, tentando escutar qualquer vozinha que me deixasse saber se ela estava se movendo lá dentro e não sentada como a boneca sem vida que ela havia se tornado.