Chereads / Anna Uma Nova Chance Para O Amor / Chapter 30 - Capitulo XXIX

Chapter 30 - Capitulo XXIX

Dou-te, comigo o mundo que Deus fez! Eu sou aquela de quem tem saudades,

a princesa do conto, era uma vez...

Florbela Espanca

 

Ana...

 

Droga! Duas semanas e nada do Ulisses. O Festival de inverno do Vale lotando todas as noites, e ele simplesmente desapareceu. Acho que peguei pesado e fiquei ainda mais sem graça quando o Júlio veio tomar suas dores. Não somos mais crianças. Somos grandinhos que já passaram dos 30 anos... como pude agir daquela maneira?

E esse frio? O que é isso? Bem que me avisaram para caprichar nas roupas e cobertas.

Hoje é sexta-feira, e todos estão nos pontos turfísticos do Vale, mas eu não tô a fim. Marcia insistiu para que subisse com ela e os filhos para o Restaurante, mas não quis. Para meu final de semana estava organizando uma sopa e um vinho, mais uma série que faz algum tempo que quero ver e claro, ficar pensando nele.

Então com uma taça de vinho em uma mão e controle da televisão em outra, aquecedor ligado e cobertas, bora lá pro meu sextou!

Minha distração é total que levo o maior susto quando alguém bate a minha porta. Mesmo sendo apenas 21 horas eu já estou com as portas trancadas, depois do que me aconteceu com o Vinicius eu não quero dar moleza pro azar. No mínimo é Marcia, tentando me convencer em ir para o restaurante.

Abro a porta e fico paralisada com o homem mais gato que meus olhos podiam ver.

- Oi! Ele fala. – Já jantou?

- Sim/não. -Respondo.

- Sim ou não?

- Bem, tomei uma sopa há um tempinho... Meu Deus, entra! Está, frio.

- Trouxe pizza. Sei que você adora frango com bacon. - Fala dando o maior sorriso.

- Coloca na bancada, vou pegar os pratos. Aceita um vinho ou uma cerveja?

- Vinho, Ana.

O simples fato de ele pronunciar meu nome com aquela voz faz minhas mãos tremerem. Preciso apoiar-me no balcão. Percebo que ele está um pouco nervoso também.

- Ulisses, o aquecedor está ligado. Pode deixar seu casaco sobre o balcão ali. -Entrego uma taça com vinho.

- Obrigado.

Assim sentamos lado a lado na bancada.

- Se eu soubesse que tinha uma sopa com um aroma tão delicioso, eu nem traria pizza.

- Capaz! Eu sou péssima na cozinha.

Ficamos novamente mudos. Os dois sem palavras. Ele disfarça com a pizza e eu estou pensando na conversa que ensaiei na minha cabeça nesses quinze dias, mas as palavras não vêm.

- Não quis ir com o pessoal hoje, Ana? - Perguntou

- Não, tá muito frio e não dá coragem de colocar toda aquela roupa para ir Jantar e hoje estou a fim de maratonar uma série turca "Immortal's".

- Hummm. Posso fazer companhia?

- Claro que pode! Mas meu sofá é pequeno pra você. - Falo sorrindo, depois que falei, percebi que parecia ser uma cantada.

- Mas a cama é grande - ele retruca. Como minha casa é um Loft, ele tem visão de toda a minha intimidade.

- Mas a pipoca você que vai fazer. – Brinco

Ulisses... Algumas horas antes...

Quinze dias, fiquei longe, eu estava furioso. Sabia que um pouco era o frenesi da mudança da lua e também por Ana está em período fértil, ou seja, para o meu lado irracional/animal, o famoso cio. Precisava ficar longe, até porque eu estava puto com ela, por me achar um galinha.

Já fui mulherengo, sim, já passei todas, mas eu não sou mais assim. Estava com raiva e com a mudança de lua era difícil me controlar. Optei em ir para o acampamento, fazia tempo que não ficava por lá. Então, o que seria uns três dias?

O que era para ser breve durou duas semanas. Havia várias questões a serem resolvidas que precisavam de mim, pois estava dando uma folga ao Bernardo. Com o bebê ficava mais difícil ele deixar a Giovana. A minha única esperança era convencer Júlio a ficar e exercer a sua função com o segundo no comando.

Cheguei em casa na noite de sexta. Havia falado com Marcia, ela estava organizando um jantar com todos. Era uma forma neutra de conversar com Ana, não poderia mais esconder quem sou e o que sinto por ela. Não poderia mais agir como um adolescente.

- Opa! - Já passa das dezoito horas e encontro Júlio estirado no sofá, falando ao telefone.

- Opa. -Responde e volta para a ligação. – Sim, ele acabou de chegar, vem aqui cara?

- Vou pro banho. - Comunico.

Ao sair do banho mais relaxado, coloco uma calça de moletom, uma camiseta de mangas longas, mesmo com o aquecimento da casa continua um pouco frio e nós lobos também adoecemos. Chego na sala e para meu espanto Bernardo e Júlio me olham com cara de pouco amigos.

- Que porra é essa? - Pergunto.

- Eu é que pergunto Ulisses, que porra é essa? Marcou a ANA?

- Como é? - Fico sem reação com a pergunta.

- Marcou ou não marcou? Bernardo me pergunta e eu engulo a seco. Eu havia reivindicado ela na primeira noite, lá no chalé, mas achei que lidaria com isso antes de alguém saber.

- Como ficou sabendo?

- A Ana contou pro Júlio.

-Ah! Estava explicado, o enxerido como sempre.

- Júlio, por que se meteu nos meus assuntos? - Rosno pra ele.

- Ei Cara! Você me mandou arrumar a merda que fiz e eu fui falar com ela, explicar sobre a mulherada aqui naquela noite. O papo fluiu e ela me contou. Ulisses você tem noção do que você fez, cara?

- Ulisses, você é o nosso Alfa, nos lidera... como pode marcar ela, sem ela saber? E "se" ela não ficar, ou pior, não aceitar. Você sabe o que vai acontecer com seu lobo e você.

- Porra cara, você foi imaturo! Bernardo fala.

Eles estavam cobertos de razão, eu havia sido sim. Em nossa matilha, há casamentos com humanos há muito tempo e os que vivem conosco nos aceitam. O exemplo disso foi Marcia, que foi casada por muito tempo com um bom homem/lobo. E Giovana agora, que nos deu um lindo menino.

- Bernardo, Júlio, fui inconsequente eu sei, e quando percebi já era tarde. Ela ficou no Vale, me mantive afastado para não influenciar na sua decisão. Ela é apaixonada por tudo aqui, sem a influência da nossa ligação. Então agora, aos poucos, vou me aproximar. Eu sinto que o sentimento é recíproco e na hora certa vou revelar quem somos.

- Só para te avisar, ela não vai conosco hoje. Ninguém consegui convencer a baixinha lá. Enfim ela tá insuportável a semana toda. Até com o Vitor ela brigou, e olha que ele e o xodó dela. - Júlio falou e só prestei atenção na última parte, que história de "xodó" era essa com Vitor?

-Esse lobinho vai voltar pro acampamento... Falo entre os dentes. 

Então ela não iria acompanhar o pessoal na noite de sexta, ficando em casa... nada melhor do que pegar uma pizza e chegar com a cara lavada. Pedi pro Vitor agilizar o pedido e já tirei a história a limpo. Mudei de roupa para algo bem informal e confortável, um conjunto moletom e tênis.

E o meu estagiário a Alfa, chegou com a pizza dizendo que ela não gostava de pizza com pepperoni, e amava frango com bacon. Júlio também está com aquela cara de irmão vai com calma.

Mas quando ela abriu a porta paralisei. Tudo que eu havia imaginado falar não saiu. Somente "trouxe pizza", um adolescente faria melhor que eu.

Mas não pude deixar de observar. Ela estava uma graça com um pijama de flanela com a estampa da Minnie e pantufas do mesmo personagem da Disney. Os cabelos estavam amarrados em um coque meio bagunçado pelo fato que já estava deitada. E claro, estava sem sutiã. Literalmente fiquei mudo com a cena e parado igual a uma pilastra no frio.

Eles... um momento a dois...

Ana ajustou a televisão de maneira que poderiam assistir na cama. Aconchegaram-se com um pote de pipoca e sua cachorra Bebe, no meio dos dois e ficaram ali. A serie era sobre vampiros no meio dos humanos, algo meio viagem na opinião de Ana.

- Não acredito que você assiste e gosta desse estilo de séries? - Comentou Ulisses

- Ulisses, eu adoro tudo que é ligado a vampiros, acho que mexe com o imaginário. Pense seres místicos, vivendo entre nós humanos, se apaixonando, misturando as raças. - Ela fala rindo e jogando a cabeça pra trás.

Ulisses ficou olhando para ela e por um momento se sentiu seguro. Ficar ali em algo tão íntimo e aconchegante, em uma sexta-feira, à noite, vendo televisão, vinho e uma cama... e aquele aroma de ameixas vermelhas que era tão particularmente dela e aquele pijama de flanela incrivelmente infantil e um rosto sem traços de maquiagem, mostra que aquela mulher de trinta e cinco anos era mais menina do que mulher.

Ana o encara. Nesse exato momento ele a observa com aquele olhar de desejo. O pote de pipoca e a cachorra já não estão entre eles. Ulisses gentilmente puxa Ana até seu colo, fazendo com que suas pernas o abracem pela cintura e ficam ali ambos apenas com beijos suaves e pequenos toques gentis.

- Ana, eu quero fazer amor com você hoje.

- Eu quero você, estava com saudade, você sumiu por duas semanas. - Ela fala choramingando.

- Ana, quero sentir você em toda a sua essência, sem pressa, sem aquela combustão que nos atingiu sempre. Quero beijar todas as partes do seu corpo.

- Hammm, Ulisses.

Nesse momento as mãos de Ulisses estão por baixo da blusa do pijama e ele toca seus seios, enquanto sua boa a beija. Um beijo gentil, sem pressa. Eles têm a noite toda.

Ana faz menção de tirar a parte de cima, mas Ulisses a impede.

- Sem presa, Ana, hoje sem pressa. - Ele sussurra em seu ouvido, aproveitando para brincar com a ponta da língua no seu lóbulo, fazendo-a estremecer.

Ulisses estava realmente sem pressa. Ele queria explorar cada centímetro do corpo de Ana. Sua bocar percorria de forma gentil o curso do seu pescoço e aos poucos ele abria os botões da parte de cima do pijama dela. Então ele ergue os braços para que ela tirasse a sua camiseta. Ficaram nus e ele a deita e com sua boca vai explorando cada parte do seu corpo, seu pescoço... seus seios são agradados com leves mordidas que fazem com quem seu corpo arqueie.

- Você tem um perfume incrível, Ana. Eu ficaria a vida toda assim. - Ele fala e sua mão desce para brincar com seu clitóris, enquanto sua boca a beija.

- Ulisses... haammm.

- Fala o meu nome Ana, fala. - Ele enfia um de seu dedo na sua buceta, e enquanto seu polegar massageia o pequeno botão, fazendo-a gemer. Ana tenta tocar seu pau duro, mas ele se afasta.

- Ainda não, ANA. Ainda não.

Naquele momento Ulisses desceu sua boca, encaixando de forma perfeita na entrada de Ana, a princípios com pequenos beijos, passando a sugar e brincar com a língua, fazendo com que ela arqueie o corpo, gemendo alto e rebolando em sua boca, puxando-o pelos cabelos em um frenesi cada vez mais intenso.

E a cada gemido Ulisses intensificava o ritmo, explorando com sua língua a cavidade daquela buceta cada vez mais pulsante em sua boca.

- Para Ulisses, vou gozar! - Ana grita.

- Goza... goza na minha boca, Ana. Deixa-me saborear o seu gozo. - Então ele a chupa mais e mais e com suas mãos aperta sua bunda, até seu corpo começar a sofrer pequenos espasmos e seu orgasmo chega.

Ela está ofegante e ainda trêmula pelo orgasmo. Ulisses se posiciona entre suas pernas e a olha com um ar predador.

- Minha vez.

Ana ainda está tremula e com a buceta pulsando. Sente ele se enterrando dentro dela de uma maneira indescritível. Aquele homem a fazia ir ao céu com a boca e agora pra onde ela iria com aquele pau duro e faminto se enterrado nela? A princípio, as estocadas foram gentis. Ele olha em seus olhos e a beija, mas ânsia demais dominar o corpo daquela mulher e em um movimento dominante ele a vira de bruços na cama e a come por trás. Estocando forte e sente a buceta de Ana pulsando em seu pau.

- Ana, ainda preciso me enterra na sua bunda. Ele dá-lhe um tapa, a fazendo estremecer. Enquanto a pega por trás, ele enrola a mão em seus cabelos puxando, fazendo seu corpo curvar e ela geme e sorri.

- Ulisses, como você é gostoso. - Fala empinando cada vez mais a bunda e ele se enterra nela mais fundo.

- Ana... Ana… Você é gostosa pra cacete! Não quero sair tão cedo dessa buceta.

- Haammm. - Ela geme e rebola, entregando-se mais e mais. Ele morde sua nuca e se enterra fundo nela, aumentando o ritmo das estocadas.

- Goza Ana... goza comigo. Ele ordena. E ambos chegam ao limite do prazer.

Ele cai sobre ela. Mas logo se ajeita na cama trazendo seu corpo junto ao dele, onde Ana se encaixa perfeitamente e aos poucos sua respiração vai voltando a normalidade.

- Ana?

- Oi!

- Precisamos conversar.