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Chapter 114 - Médico meio-período

No esconderijo canibal…

Jen: É mesmo! Porquê não pensei nisso antes?

 

João: Saindo daqui, posso colocar vocês no barco ou levar vocês para casa, vocês escolhem.

 

Nina: Com minhas feridas, não vou poder chegar lá sem fazer barulho.

 

Jen: Com minha perna assim também é difícil andar sem causar som.

 

João: Hoje é o seu dia de sorte, vai cair uma chuva forte a noite toda, esse é um dos motivos de eu ter saído sem me preocupar.

 

Jen: Ruthie, nós vamos com ele, se comporte entendeu?

 

A menina acenou para ela e parou de se esconder, Jen com dificuldade conseguiu soltar a coleira que colocaram nela, então se apoiando na mesa ela levantou para checar sua perna.

 

João terminou de soltar Nina, pegou algumas pílulas e garrafinhas d'água na mochila, entregou as três.

João: Essas pílulas servem para forçar o veneno para fora do corpo, pela cor das feridas posso ver um leve grau de envenenamento, lembrando também, que carne humana trás muitos danos ao cérebro e ao estômago, em casa posso tratar vocês direito.

 

Nina surpresa: Preparado!

 

João: Muita gente enlouqueceu e começaram a caçar os sobreviventes, veneno é só o mais básico, você consegue se levantar?

 

Nina: Sim, apenas arde muito quando movimento.

 

João: Dentro dos barcos deve ter materiais de primeiro socorros, os meus não são o suficiente para cuidar de vocês.

 

Ele disse isso enquanto já começou a sair.

Jen apontou: O quê vai fazer com eles?

 

João sorriu: Vocês podem fazer o que quiser, mas cuidado que eles ainda podem morder.

 

Quando ele subiu as escadas, deu para ouvir elas descontando toda a raiva neles. Indo até as duas amarradas e desprendendo elas.

João: Vocês devem ter ouvido minha conversa anterior, certo?

 

Lita: Você é da polícia?

 

João: Não, nesses tempos ela não pode te ajudar, mas eu posso.

 

Lita: Precisamos de um médico ou algo assim.

 

João: Vou aplicar uma injeção e deixar vocês dormir, tenho equipamentos médicos em casa para tratar de vocês, qual é o seus nomes?

 

Lita: Me chame de Lita, ela me disse que seu nome é Daria.

 

João: Tudo bem, quando acordar vai está em uma cama quentinha.

 

Então ele colocou as duas para dormir e foi lá fora pegar as maletas o que foi simples, mas antes de voltar, preparei um carro elétrico e voltei.

 

Fiz os curativos para as duas adormecidas e coloquei elas no carro, então voltando para o esconderijo em que as duas estavam cobertas de sangue dos canibais.

João queria avisar: Você sabe que para limpar…Deixa eu procurar um chuveiro por aqui.

 

Encontrando um chuveiro funcionando e alguns trapos, chamei elas e Ruthie ajudou as duas a se limpar enquanto empurrei alguns móveis para conseguir um lugar limpo.

 

Após bastante tempo, elas saíram e olhei para a ferida nas pernas de Jen, depois de pequenos cuidados, comecei a enfaixar Nina em uma múmia.

João: Pronto! Agora você já tem uma fantasia para o dia das bruxas.

 

Nina tentou brincar: Se eu tiver viva até lá. ~ Aiii ~

 

João: Então já vou começar a costurar as fantasias.

 

Jen: Ruthie, você precisa de algo?

 

A menina balançou a cabeça em negação e ficou parada ao lado dela.

João: Então vamos, já coloquei as duas no carro.

 

Nina: Carro?

 

João explicou: Um carro elétrico, o som dele não é diferente de passos e com a chuva dá para viajar sem problemas.

 

Ele ajudou elas a subir a escada e logo após elas viram os corpos pendurados, elas só podiam suspirar e tentar sair rapidamente desse lugar.

 

Ao sair do galpão com cuidado, elas caminharam lentamente em direção ao carro que estava com as portas abertas e viram as duas pessoas com os olhos enfaixados em um canto do carro.

 

Jen e Ruthie sentaram no banco de atrás, Nina deu a volta e foi ao lado dele, entrei e esperei um pouco, Jen e Nina estavam ansiosas, mas logo os pingos de chuva começaram a cair e rapidamente a chuva começou a ficar mais forte, um dos monstros passou por nós e chegou a beira da água então colocou a cabeça debaixo d' água.

 

Ligando o carro e comecei a dirigir pela estrada lateral aos trilhos em uma velocidade de 20 km/h.

João: Nessa velocidade, a menos que bata neles, eles não vão ouvir.

 

Por causa da velocidade, passamos 1 hora até entrar em uma trilha onde nunca passou carro, mas tem um gramado baixo como uma estrada calçada até o portão de casa, desci do carro para abrir o portão enquanto checava a situação do rio e possíveis enchentes.

 

João: Está tudo bem, pelo menos não vou precisar mexer com tubulação.

 

Voltando para o carro e levando para dentro, saindo para fechar novamente e levando o carro até a garagem que não existia antes, mas foi criada agora.

 

João suspirou: Tenho que colocar um portão elétrico.

 

Nina: Não desperdice energia com isso.

 

João riu: Não tenho problemas com energia, não se preocupe.

 

Ele saiu do carro e aproveitou para terminar a construção antes que elas prestem atenção, então ajudei elas a descer e abri a porta que vai para o salão da entrada

 

Guiando elas para a sala e então fui para a cozinha, peguei uma lasanha que esfriou e coloquei no micro-ondas depois levei para elas.

João: Aqui um pouco de comida de verdade, vou levar as duas para área médica primeiro.

 

Jen: Lasanha! Faz tanto tempo.

 

Nina: Nem achava que comeria uma novamente.

 

Voltei ao carro e peguei Daria que estava perto da porta, carregando ela até o segundo andar, coloquei ela na sala de cirurgia improvisada, depois trouxe Lita e coloquei em uma maca ao lado.

 

Deixando elas no soro e antibióticos, desci para comer com elas.

Nina: Como está a situação delas?

 

João: Lita foi por perfuração, então a cavidade ocular não teve muitos danos, Daria, foi um corte horizontal que se prendeu no osso.

 

Jen suspirou: Ainda bem que estão desmaiadas e não sofreu.

 

João: Eu que dei algo para manter elas assim, infelizmente elas estavam acordadas até o momento em que fui buscar as gazes.

 

Nina ficou chocada: Quando acordar, elas vão precisar de muito apoio.

 

João: Agora que terminamos, vamos para a ala médica para cuidar de vocês.

 

Jen: Estou bem assim, pode cuidar da Nina primeiro.

 

João: Olhar o seu não vai demorar, o problema é só checar se teve problemas com os músculos.

 

Ajudando elas a subir escadas, chegamos ao segundo andar então a área de eletrônicos de um lado e a médica do outro.

João: O primeiro andar só tem coisas que não causam muita vibração, por isso tudo está do segundo andar para cima.

 

Jen ficou preocupada: Agora que notei, não tem problema conversar assim?

 

Nina: A chuva está bloqueando.

 

João: Eu isolei todo o som da casa, então pode ficar à vontade aqui dentro, mas no lado de fora só falem baixo.

 

Eles entraram e ele começou a examinar a ferida, depois de algumas injeções e raspar metal residual da faca enferrujada, dei alguns pontos, vitaminas e pronto.

 

Depois foi Ruthie que tem um problema nas cordas vocais que pode ser concertado quando os equipamentos estiverem mais avançados, por enquanto só algumas vacinas e vitaminas.

João: Vou levar vocês para o quarto, ela vai precisar de mais pontos.

 

Nina tranquilizou elas: Vão descansar, Ruthie deve estar com sono.

 

Então ele levou elas ao terceiro andar e deixou escolher entre os primeiros quartos que eram os únicos com toda mobília.

Jen: Tudo novo?

 

João: Eu construí essa casa sozinho, vocês são os primeiros quem trouxe aqui.

 

Jen: Sério?

 

João riu: Quando tudo começou, tive que instalar o isolamento e revestir toda a casa, fiquei bastante ocupado nesses dias. ~ Agora descansem bem!

 

Ele deu um pincel a Jen para escrever o nome na placa da porta, então ela escreveu no dela e no de Ruthie, então ela entregou o pincel a ele e foi colocar a pequena Ruthie para dormir.

 

Voltando para a área médica, ele começou a examinar a situação de Nina, no geral era superficial, mas ainda cuidou com cuidado para evitar deixar cicatrizes.

João: Os mais profundos são nos pulsos, tornozelos, coxas e pescoço, quer que tire essa cicatriz?

 

Nina: Isso…Sim.

 

Então ele começou o trabalho em uma velocidade muito alta, enquanto conversa sobre coisas do dia a dia.

 

Nina trabalha com ilustração e animação, a seis meses ela pegou o noivo com sua melhor amiga, o pior é que ele usou o cartão dela e acumulou muitas dívidas para ela, então ela tentou o suicídio como primeira opção mais se arrependeu e procurou ajuda.

 

Pouco antes do começo da invasão, ela recebeu um convite para participar de um Reality Show de sobrevivência onde ela poderia usar o prêmio para pagar sua dívida, eles foram capturados pelos canibais que navegaram para esse porto para se juntar com o resto da família.

 

João: Prontinho! Algumas semanas podemos tirar os pontos.

 

Nina estava segurando as lágrimas: Obrigada, por me salvar!

 

João: Sem problemas, agora acho que tenho que te carregar.

 

Nina: Eu consigo…

 

Ela tentou levantar, mas falhou e quase foi de cara no chão, ele a segurou e colocou nos braços então subiu escadas, na frente do quarto ele abriu e colocou ela na cama então a cobriu.

João: Boa-noite.

 

Nina: Desculpe!

 

João: Durma bem.

 

Voltando a área médica, ele começou a examinar as duas e pensou se restaurava os olhos ou não, mas pensando nas escadas ele optou em ajudar, ele começou a cirurgia que é impossível em 2020.