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Chapter 115 - Dias normais

Na manhã seguinte… 11 Dias

João terminou a cirurgia, mas elas ainda estavam com a saúde bem fraca, então ficaram na sala de recuperação da área médica.

 

Desci para a cozinha e preparei o café da manhã, depois de comer, subi para meu quarto e tomei um banho para relaxar.

 

 Jen acordou como se tudo o que aconteceu antes foi um pesadelo, mas ao sentir as feridas, isso logo a fez lembrar que tudo foi real e tocando na saliência em sua barriga, a lembrou que esse foi mais um ponto de virada em sua vida que ela não pode fugir, então depois de um tempo perdida em pensamentos ela foi até o quarto de Ruthie que já esperava por ela.

 

Jen: Vamos descer.

 

Chegando no primeiro andar elas viram que o café já estava a mesa, mas não tinha ninguém, a barriga da criança roncou e elas foram comer.

 

Nina acordou com um pouco de dor agora que o efeito da anestesia passou, mas isso não foi um problema para ela, descendo para o primeiro andar com dificuldades ela viu as duas.

 

Nina: Bom-dia.

 

As duas acenaram com a cabeça para ela e continuaram a comer, ela também se sentou e começou a comer sem se preocupar.

 

Jen: Você viu João?

Nina: Não.

 

Elas terminaram e levaram seus pratos para cozinha, depois de lavar foram para a área médica para ver se João estava ali, então elas viram as duas na sala de recuperação.

 

João chegou na área médica.

João: Bom-dia! Dormiram bem?

Nina: Bom-dia!

Ruthie: …

Jen: Bom-dia!

 

João: Aproveitando que vocês estão aqui, vocês poderiam me ajudar a trocar e limpar elas.

Nina: Quando vão acordar?

João: De 2 a 5 dias, depende de sua recuperação.

 

Ele saiu deixando elas cuidando de Lita e Daria, então foi para a área de eletrônicos checar a situação da cidade e do mundo.

 

João: Agora que o porto está sem loucos, mais sobreviventes podem ir a ilha.

 

Depois de um tempo as três entraram e viram a sala com sofá, TV, computador, videogame e aparelho de som, assim como todas as salas da casa, com janelas grandes e fechadas.

 

João: Vocês podem usar aquela TV para ver filmes e a do canto para transmissões mundiais que não deve durar muito tempo.

 

Nina olhou pela janela: A chuva parou? Oh! Ainda está chovendo.

 

Jen surpresa: Esse lugar é incrível

 

João: Vou aproveitar esse tempo, vou mostrar a casa para vocês.

 

Ele mostrou as partes construídas e as que ainda estão em construção, principalmente o porão e túnel que estão no projeto.

 

15 Dias

João estava no laboratório formulando alguns medicamentos para eliminar os danos de se alimentar com carne humana e mais algumas vitaminas.

 

Ruthie estava assistindo desenho animado na TV acompanhada por Jen que a explicava as novidades.

 

Ruthie nasceu em uma comunidade isolada nas montanhas que mantêm as tradições de mais de 100 anos atrás, mesmo que ela visitava a cidade acompanhada de sua mãe que também é era sua irmã, ela não tinha permissão para ter contato com a cultura jovem do novo século.

 

Nina estava cuidando das duas pacientes, quando elas começaram a despertar.

Lita: Ah ~ Onde estou?!

Daria: Isso… Não sinto dor ~ Eu morri? ~ Não! Lita, você está aí?

Lita se animou: Daria! Que bom que você está viva!

Daria: O quê está acontecendo?

Lita explicou: Um homem chamado João nos salvou […]

Nina ficou animada: Oi, eu sou Nina! Ele também me salvou naquele dia.

Lita preocupada: Onde estamos agora?

Nina: Na casa dele, ele parece ser um bom médico e tratou de vocês quando chegaram aqui, ele me pediu para ajudar vocês nesses dias.

Daria: Obrigada Nina!

Lita: Muito Obrigada! Quanto tempo estivemos dormindo?

Nina: 4 dias.

Daria: Desculpe te dar problemas.

Nina: Sem problemas, vou chamar ele.

 

Depois de um tempo os dois entraram.

João: Como estão se sentindo?

Lita: Confortável, muito obrigada!

Daria: Obrigada! Você me tirou do inferno.

 

João: Fiz uma cirurgia reconstrutiva usando os fragmentos de seus olhos, não posso garantir que recupere tão cedo, mas vocês poderão tirar a faixa daqui a 15 dias.

Lita com esperanças: Vou poder ver?

 

João: Só depende de sua sorte! Aconteceu algo a mais, do que os danos aos olhos?

Daria explicou: Eu não sei, quando vinha com meu noivo pela floresta, eles o mataram com uma flecha… Quando fugi… Algo veio em minha direção e fiquei presa… Quando acordei estava presa com Lita.

 

João: Tudo bem, farei um exame de sangue, mas meus recursos não são tão bons ainda e você, Lita?

Lita: Eu estava em outra cidade em um festival… Quanto pensei que escapei desses loucos, eles me pegaram e antes de chegar ao seu destino começaram a fugir, por sorte ou não, alguém me viu e a polícia começou a perseguir ele até aqui, mas logo começou algo,… não sei! Eles disseram que monstros vieram do céu e então bloquearam minha boca… Eles disseram que me levariam para sua família nessa cidade, então caminhamos por dias na floresta, quando viram Daria, o pai deles disse que era para os três filhos dele prender os dois… Um deles atirou e matou o noivo dela e os outros fizeram uma armadilha então pegaram ela… Depois de ser amarrada não sei mais.

 

João tranquilizou elas: Muitas coisas aconteceram, mas podem ficar tranquilas, pois aqui é seguro.

 

Elas passaram o dia fazendo exames e nos próximos dias elas se acostumaram a fazer as coisas básicas sozinhas.

 Nesse tempo, João começou a ensinar elas a linguagem de sinais para se comunicar fora de casa.

 

30 dias…

Depois de um mês, já é bem conhecido as informações sobre os monstros em todo o mundo, os militares começaram a enviar mensagens para os sobreviventes de cidades menores e rurais alertando sobre os pontos de evacuação, para transferir as pessoas para ilhas.

 

Então começou a nova onda de mortes e burrices, ninguém queria esperar, o caos e confusão atraiu uma multidão de monstros, mas as pessoas morreram em sua grande maioria pisoteada ou afogada por vários motivos.

 

Jen: Assistir a essas imagens me deixa triste por um lado e aliviada por outro.

Nina: Como as pessoas podem agir assim? E mesmo depois de tanto tempo eles não aprenderam?

 

Jen: Cadê João?

Nina: Ruthie você sabe?

 

Ruthie apontou para a área médica.

Nina: Oh! É mesmo, hoje ele vai tirar a faixa.

Jen: Vamos lá!

 

No consultório, as duas estavam sentadas enquanto ele cortava a venda com cuidado usando o soro para ajudar a limpar o lugar, ele só trocava a parte externa, a interna estava sendo mantida com uma proteção para os olhos.

 

Depois que tirou, as pálpebras estavam cheias de algo gosmento e um pouco seco, ele começou a lavar e tirar com cuidado até ela conseguir abrir.

 

Lita abriu as pálpebras e um olho um pouco seco estava ali.

João: Oh! Começou a recuperar, o líquido ainda está em falta, não se mova.

 

Ele pegou uma seringa com um líquido estranho e aplicou nos olhos dela preenchendo grande parte do globo ocular.

 Então foi para Daria que além dos olhos, ela teve os ossos fraturados com um corte reto parando a poucos milímetros do cérebro.

 

Daria estava nas mesmas condições que Lita, apliquei o líquido nos olhos dela também, então as três chegaram ao consultório e viram as duas com olhos abertos.

Jen: Uau! Você conseguiu mesmo!

Nina: Como vocês estão?

Lita e Daria: Nada.

 

João: Calma, ainda tenho que checar.

 

Ele começou a examinar a pupila e tirar uma nata que tampava os olhos.

João: Está se recuperando ainda, você já deve sentir a diferença de claro e escuro.

 

Depois de alguns testes elas notaram a diferença e ficaram contentes.

João: A cada 10 dias vamos checar o líquido e as córneas.

 

Lita: Obrigada!

Daria: Você faz milagres!

 

Nos próximos dias eles foram para fora de casa cuidar das plantações e ficar um pouco ao sol.

 

60 dias…

Em todo o mundo as tentativas de fuga continuam e a população foi reduzida a 30% de sua totalidade, então começou o verdadeiro problema…

 

João: Todos imaginam que a fome e os monstros são as piores coisas nesse momento, mas a fome ainda não chegou e por causa da redução do número de pessoas isso vai demorar, quanto aos monstros? Desde que não faça barulho os monstros nem se importam com você.

 

João suspirou: A loucura é o pior inimigo, os loucos religiosos, os loucos que finalmente pode libertar suas fantasias, as vítimas que enlouquecem nas mãos de outros loucos… A confiança já declinou e muitas vezes nem é mais contra estranhos, mas contra a família e amigos.

 

Daria: Essa piscina é muito boa, não posso mais fazer trilha, mas posso nadar.

Jen: Você praticava muitos esportes antes?

Daria: Só de resistência, como ciclismo, corrida e escalada.

Lita riu: Eu sou péssima em esportes, então era mais acostumava a acampar.

 

Jen: Nina e você?

Nina: Só academia e Boxe.

 

Jen: João?

João riu: Esportes… De onde venho, isso é apenas brincadeiras do dia a dia.

Nina: Brincadeira?

 

João explicou: Tipo… Muitas das ruas são bastante íngremes e as bicicletas só tinham uma marcha, subir ou descer morro era coisa do dia a dia, principalmente para ir para a cidade vizinha fazer curso ou trabalho.

 

Daria confusa: No morro?

João sorrindo: Só questão de costume, quando era criança eu era pior, jogar bola de manhã, fazer trilha e roubar bambu para fazer pipa, nadar em lagos desconhecidos eram coisas rotineiras.

 

Jen surpresa: Não posso te imaginar fazendo isso!

João riu: Ha ha ha! Eu era apenas um moleque comum nada demais!