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Chapter 52 - 53

Aleksander Petrov

Antes de voltar para o interior da minha casa, lavo as minhas mãos, não posso contaminar a minha esposa com cheiro nojento dele, ele não merece nem sequer ter seu cheiro perto da minha casa.

— Isabella não está aqui — a irmã de Isabella informa, ela não vai com a minha cara, ela tem toda a razão em me odeiar.

Eu fui o responsável por estragar a vida dela, ela é uma jovem muito bonita, parece um anjo, ela estava começando com os seus sonhos, ela estava prestes a se tornar alguém livre e alguém com uma certa independência, mas eu tive que fazer merda e acabar com todos os sonhos dela.

— Onde ela está? — desde que a gravidez chegou nas últimas semanas, ela não tem saído muito de casa, acho estranho que ela não esteja na estufa lendo um livro ou no interior da casa ajudando Caty na cozinha.

Sophie Cassano anda muito triste, quando eu pesquisei sobre ela, ela exalava pureza e alegria, agora ela só fica triste, porra! Eu sou o responsável pelo fim do sorriso dela, eu tenho que resolver esse problema logo ou se não, vou passar todo o ano no quarto de hóspedes. Eu preciso fazer com que Mikhail e ela, se entendam logo de uma vez.

— Ela está no jardim de inverno com a minha mãe — ela parece muito nervosa por estar perto de mim.

Ela fecha o livro totalmente nervosa, pronta para se retirar de perto de mim, parece até que ela sente medo de mim.

— Escuta Sophie, eu sinto muito, eu não quis fazer você sofrer com a minha atitude egoísta, mas eu estava desesperado, eu não sabia o que fazer, eu precisava mesmo da ajuda da Camorra, seu pai nunca ajudaria um russo, a única forma que encontrei foi essa — eu estou envergonhado por estar assumindo uma coisa dessas, se eu tiver uma filha um dia, espero que o carma não se volte para mim e me faça pagar pelo que fiz com essa moça.

Ela abaixa a cabeça totalmente envergonhada, como é ela pode estar envergonhada? Eu é que devia me envergonhar aqui, pelo que fiz com ela e o meu irmão, eu os condenei a um casamento sem amor e fadado ao fracasso, nem todas es pessoas do mundo são loucas iguais a mim e Isabella, nem todos têm a capacidade de transformar um casamento sem salvação, num casamento que é usado como exemplo.

— Eu não quis acabar com os seus sonhos, a única saída que encontrei para salvar a minha esposa e filho foi essa, realmente sinto muito — me curvo me desculpando ainda mais.

Sophie não fala nada, apenas me encarar como se estivesse buscando as palavras certas para se dirigir a mim, ela tem razão de estar assim, a minha fama pelo mundo não é uma das melhores do mundo, eu sou bem assustador quando estou falando com outras pessoas além da minha esposa. Ela movimenta as mãos nervosa, ela está bastante assustada e amedrontada. Preciso ganhar a confiança dela para que ela e o meu irmão se acertem logo.

— Está tudo bem senhor Petrov, o senhor só quis salvar a sua família, não usou os caminhos certos, mas foi necessário — ela não está certa de suas palavras, na verdade, suas palavras saiem trémulas e incertas, ela só está falando isso para que eu a deixe em paz, parece que terei que sequestrar ela e o burro do meu irmão para que os dois façam as pazes.

— Tudo bem Sophie, você não precisa me chamar de senhor, nós somos da mesma família agora, não precisamos de toda essa formalidade — forço um sorriso e parece que funciona porque a expressão tensa logo se suaviza.

Como é que eu pude fazer isso com alguém tão bom e puro? Ela é uma pessoa tão boa e cheia de luz, ela é uma menina tão boa que não vê maldade em ninguém, não me espanta que Mikhail tenha conseguido enganar ela. Mas isso não importa mais, ela da minha família agora e eu vou fazer os dois se acertarem, por bem o por mal, eu provoquei esse problema e eu vou concertar ele, custe o que custar, se Mikhail acha que já viu de tudo nessa família, ele não viu ainda o que significa ser o irmão de Aleksander Petrov. O diabo.

— Vamos até elas? — Sophie parece mais tranquila em estar perto de mim.

Dou espaço para que ela passe diante de mim, ela fica a minha frente e eu vou logo depois dela. Ela não parece tão assustada como antes, se ela me perdoou com tanta facilidade, espero que faça o mesmo com Mikhail, é só dar um jeito de deixar os dois trancados num quarto ou quem sabe em uma ilha particular minha, eles sozinhos terão todo o tempo do mundo para resolverem as diferenças deles.

— Aiii! Aleksander! — antes de chegarmos ao jardim de inverno, os gritos de Isabella me deixam desesperado, não podem ser os japoneses de novo.

Eu corro até o jardim e encontro Isabella mancando, de suas pernas sai um líquido transparente, ela está os olhos esbugalhados de dor, ela está amparada pela mãe, mas mesmo assim, ela não consegue andar com pressa, tenho que cuidar dela.

— O que está acontecendo meu amor, o bebé vai nascer? — amparo o corpo dela no meu .

Ela não consegue se expressar verbalmente, a única coisa que ela consegue fazer e gemer de dor. Carrego ele no estilo noiva, sustento todo o peso dela no meu corpo, corro até o estacionamento, a mãe de Isabella vem correndo com a mala do bebé já feita, ela foi feita quando as semanas do nascimento do bebé tornaram-se as últimas.

— Anda logo Aleksander, está doendo muito — minha coelhinha grunhe e se contorce no banco do passageiro.

Porra! Devia doer tanto assim? Nós fizemos vários ensaios sobre como devia ser o parto, mas agora que a hora chegou, tudo o que eu aprendi sumiu. Eu não consigo nem ajudar ela a contar as contrações.

— Eu já vou meu amor, vamos contar juntos as contrações — ligo o carro e ponho uma música suave para que ela fique mais calma, ou talvez para me acalmar.

Dou marcha no carro e saio de casa cantando pneus, a estrada até que está tranquila, não tem muito trânsito até a clínica, não que fosse possível ter trânsito nessa região, depois do ataque, eu comprei todas as propriedades próximo da minha casa, mandei construir uma clínica particular, um arsenal e um novo quartel para qualquer eventualidade. A viagem da minha casa até a clínica, não durou mais de vinte minutos, contando que a clínica não está distante da minha e que eu andei feito um louco.

— Vamos meu amor, felta tão pouco para que você seja atendida — ajudo Isabella a descer do carro.

Assim que Isabella desce do carro, os enfermeiros vêem logo com uma cadeira de rodas para ajudar a minha esposa, Isabella se senta na cadeira reclamando de dores, os enfermeiros logo levam ela para a sala de parto, assim que entramos na mesma, a pessoa que vai fazer o parto é um homem.

— Que porra é essa? — o hospital é meu e eu fui muito claro que não queria nenhum médico homem atendendo a minha esposa.

— Eu sou o médico senhor, Collin Ford, ao seu dispor — o desgraçado além de não ter nenhuma consideração pela vida dele, ele se atreve a jogar charme para mim.

Ele não vai chegar perto da minha esposa, não vou deixar a minha esposa ser atendida por qualquer criatura com pênis.

— Eu fui claro que não queria homens nesse hospital, quem foi desgraçado que me desobedeceu? — falo nervoso ajudando a minha esposa a subir na cama.

Não vou deixar esse Collin Ford Mustang, colocar as mãos na minha Zayka, eu conheço esse tipinho médico galante.

— Ai Pará com o xilique Aleksander, você não percebe que ele é gay? Ele está mais interessado em você do que em mim — minha esposa me responde olhando feio para mim e para o médico.

Agora que ela falou até que tem razão, o médico não pára de olhar para mim e lançar charminho, como se quisesse me conquistar, qual é o problema dessas pessoas, não têm vergonha na cara, será que a aliança no dedo não deixa claro que sou um homem casado, caramba! O que custa respeitar a minha esposa.

— Não interessa, se tem um pênis não pode chegar perto de você — não me interessa se ele é gay ou o caralho, nenhum homem vai colocar as mãos na minha esposa.

O médico ri de forma tímida, como se estivesse envergonhado, que porra é essa? Eu vim cuidar da minha esposa, não receber cantada de um médico sem vergonha.

— Na verdade eu não tenho — okay! Essa informação me pegou de surpresa.

Isabella grunhe na cama mais uma vez, as contrações já estão aumentando, não estão ficando mais lentas.

— Quantas contrações por minuto? — o medo logo assume a postura profissional.

Isabella não consegue falar só mostra com os dedos. Eu logo tiro os meus sapatos e me sento na cama com ela.

— Está óptimo, vamos fazer o parto — a equipe médica logo invade o quarto.

Eles dão as roupas adequadas para mim e para minha Zayka, ajudo Isabella a se trocar e eu também me troco, colocando as luvas e a toca. Assim que nos trocamos voltamos para o quarto, minha esposa se deita me coloco logo atrás dela, faço uma massagem em sua barriga, para ajudar nas contrações. A massagem aprendi num dos meus cursos online, dormir sozinho me ajudou a me preparar para o parto do meu filho.

— Okay! Eu vou fazer o exame de toque — o desgraçado prepara as luvas nas mãos, ele vai enfiar os dedos na boceta da minha esposa, é isso mesmo?

— Está louco doutor, você não vai enfiar isso na vagina da minha esposa — tento me levantar mas a voz da minha esposa logo me impede.

— Se você ocê atrasar este parto mais uma vez, você vai dormir no quarto de hóspedes até que o bebé faça um ano, está me ouvindo? — ela fala tão séria que não parece brincadeira.

Eu já dormi por muito tempo no quarto de hóspedes, foi um mês inteiro dormindo nele, não me imagino passando mais um ano nele, eu vou enlouquecer.

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