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Carnivorous Cockroaches-Baratas Carnívoras

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Chapter 1 - Capítulo 1: O Encontro Inesperado

### **Capítulo 1: O Encontro Inesperado**

O planeta Xerath era um lugar onde a luz nunca penetrava. Uma vez habitado por uma civilização avançada, o planeta agora era um deserto inóspito, abandonado após uma catástrofe que ninguém conseguia explicar. A escuridão absoluta reinava, quebrada apenas pelo brilho ocasional das auroras tóxicas que se formavam na atmosfera pesada. Para muitos, Xerath era um túmulo galáctico, mas para a equipe da Comandante Talia, era uma oportunidade.

Talia era uma líder respeitada, com anos de experiência em expedições perigosas. Seus subordinados a admiravam por sua coragem e inteligência. Ao lado dela estava sua fiel tenente, Zara, uma estrategista astuta e habilidosa com a tecnologia, e Jax, o especialista em sobrevivência, um veterano de muitos planetas mortais. Completavam a equipe duas outras figuras: Lira, uma cientista brilhante com uma mente curiosa, e Keth, um soldado endurecido pelas batalhas, encarregado da segurança do grupo.

Os cinco haviam sido enviados para Xerath com uma missão clara: localizar e extrair o mineral Zeylon, uma substância extremamente rara e vital para a manutenção dos escudos defensivos das colônias da União Galáctica. O Zeylon era uma das poucas razões pelas quais alguém se arriscaria a pisar em Xerath, e a equipe de Talia estava preparada para enfrentar os perigos que pudessem surgir – ou assim pensavam.

Desde o momento em que aterrissaram no planeta, a sensação de estar sendo observados era quase palpável. O solo rachado e a paisagem desolada evocavam a imagem de um campo de batalha esquecido, com ruínas de antigas construções alienígenas espalhadas como os ossos de uma civilização extinta. O vento, carregado de partículas radioativas, assobiava de forma sinistra, como se o planeta estivesse tentando afastá-los.

"Manteremos a formação e avançaremos para a caverna mapeada pelos drones", ordenou Talia, seus olhos fixos no horizonte escuro. "Se o Zeylon estiver em qualquer lugar, será lá."

À medida que avançavam, Jax, sempre atento aos detalhes, notou algo incomum. Pequenos buracos no chão, dispostos em padrões que sugeriam uma forma de movimento, mas de uma criatura cujo tamanho Jax preferia não imaginar. Ele se agachou, examinando o solo com seu visor infravermelho. O calor residual indicava que o que quer que tivesse passado por ali, não estava longe.

"Temos companhia", disse ele, a voz grave ecoando em seus comunicadores. "Algo grande."

Talia parou, avaliando a situação. Ela sabia que o planeta era habitado por criaturas adaptadas ao ambiente severo, mas não esperava algo tão próximo de sua equipe logo de início. "Mantenham os olhos abertos e fiquem juntos", ordenou. "Seja o que for, não podemos deixar que nos separe."

A caverna ficava a menos de um quilômetro de distância, e o grupo começou a sentir a tensão aumentar a cada passo. O ambiente parecia vivo, como se o próprio planeta estivesse conspirando contra eles. Ao se aproximarem da entrada da caverna, a luz de suas lanternas revelou uma abertura irregular, com estalactites afiadas que pareciam dentes esperando para devorar quem ousasse entrar.

"Estou captando leituras de Zeylon dentro da caverna", disse Lira, examinando seu scanner portátil. "Mas também estou detectando alguma coisa... biológica. O sinal é estranho, como se estivesse se movendo."

Antes que ela pudesse terminar sua análise, um som gorgolejante ecoou das profundezas da caverna. O grupo se virou ao mesmo tempo, armas prontas, enquanto o som se intensificava, como algo grande arrastando-se em sua direção. A escuridão dentro da caverna era impenetrável, e a lanterna de plasma de Talia parecia incapaz de cortar a escuridão opressiva.

Então, emergindo da escuridão, eles viram. Primeiro, foram as antenas longas e finas, que se moveram lentamente, como se sondassem o ar. Em seguida, surgiu a cabeça, uma visão aterrorizante com olhos compostos brilhantes, refletindo a luz em um arco-íris de cores, e mandíbulas afiadas que pareciam feitas para triturar metal.

A criatura era uma barata de proporções colossais, com um corpo segmentado que parecia coberto por uma armadura metálica natural, brilhando à luz das lanternas. Com pelo menos dois metros de comprimento, a criatura se movia com uma agilidade surpreendente para seu tamanho, cada movimento acompanhado por um som de raspagem que arrepiava a pele dos exploradores.

Jax foi o primeiro a reagir, disparando sua arma na direção da criatura. Os tiros ecoaram pela caverna, mas a carapaça da barata parecia absorver o impacto sem nenhum dano visível. Antes que qualquer um pudesse reagir, a criatura se lançou sobre Jax, suas mandíbulas se fechando em seu braço e o puxando com uma força brutal para a escuridão.

"Jax!" gritou Zara, disparando sua arma repetidamente, mas a criatura e seu companheiro já estavam fora de vista.

Talia sentiu o desespero tomar conta por um breve momento, mas sabia que precisava manter o controle. "Recuem! Agora!" ordenou, puxando Zara pela armadura enquanto os outros se moviam em direção à saída.

Ao alcançarem a luz do dia artificial, a criatura não os seguiu. A entrada da caverna parecia pulsar com uma energia sinistra, e o grito distante de Jax era o único som que restava no ar.

"Ele... ele se foi", murmurou Keth, a voz carregada de incredulidade. A equipe estava em choque, mas Talia sabia que não podiam se dar ao luxo de hesitar. "Essa coisa é mais do que imaginávamos", disse ela, sua voz firme, mas carregada de tristeza. "Não podemos deixar que o sacrifício de Jax seja em vão. Precisamos descobrir o que é essa criatura e, se possível, destruir antes que se torne uma ameaça para mais do que apenas nós."

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