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Chapter 95 - Capítulo 39 - As Diversas Sombras do Submundo

Ao passarem pelo imenso portão de Helheim, cuja estrutura parecia fundida com as almas atormentadas que imploravam em sussurros pelas margens da realidade, Lúcifer caminhava à frente. O som de seus passos ecoava pelas pedras frias do Submundo. Azazel e Satan o seguiam de perto, trocando olhares rápidos e silenciosos, como se compartilhassem segredos há milênios escondidos. As paredes do castelo pulsavam com uma energia negra, como se o próprio local tivesse vida, uma entidade vigilante e insaciável.

Adentraram o laboratório de Stolas, um local tão caótico quanto fascinante. Frascos borbulhavam com substâncias ígneas e voláteis, runas esculpidas brilhavam com luzes opacas, e, no centro, estavam alinhados os cilindros translúcidos contendo diversos clones de Mammon, cujos corpos descansavam, imóveis, envoltos por líquidos de um verde viscoso.

Stolas, de aparência meticulosamente excêntrica, ajustava uma série de instrumentos em uma mesa repleta de pergaminhos antigos e ferramentas bizarras. Ele virou-se com um sorriso que misturava orgulho e subserviência.

Stolas: "Seja bem-vindo de volta, goshujin-sama." - Sua voz era melíflua, quase sedutora, mas havia nela uma reverência que era impossível ignorar. Ele fez uma pausa, avaliando os rostos diante de si antes de continuar. - "Antes que diga qualquer coisa, permita-me informar que estou concluindo as três últimas 'obras-primas'. Posso garantir que o potencial de evolução delas será exponencialmente mais rápido que o de Asmodeus e Baphomet. Dentro de poucos dias, eles alcançarão seu ápice evolutivo."

Lúcifer arqueou uma sobrancelha, examinando os cilindros com uma mistura de interesse e ceticismo.

Lúcifer: "E a restauração dos corpos de Asmodeus e Baphomet?" - Perguntou, a voz carregada com uma calma glacial.

Stolas: "Já está em andamento, mas devo confessar..." - Stolas inclinou-se ligeiramente para frente, os olhos fixos nos de Lúcifer. - "Tenho dúvidas sobre sua necessidade."

Lúcifer sorriu levemente, um gesto que poderia ser interpretado tanto como aprovação quanto como desprezo.

Lúcifer: "Não são mais necessários." - Ele voltou-se para Azazel e Satan, suas palavras agora direcionadas a eles. - "Ambos precisarão ser incubados para absorverem as matérias de Asmodeus e Baphomet.

Azazel franziu o cenho, um brilho de desafio iluminando seus olhos negros.

Azazel: "Não somos como essas... criações artificiais..." - Respondeu ele, a voz carregada de autoridade. - "Nosso poder é devastador, não precisamos de atalhos."

Satan, com sua postura imponente e um ar de paciência quase condescendente, completou:

Satan: "Nós dois somos mais do que suficientes sem tais métodos, Lúcifer. Não subestime o que somos capazes de fazer."

Lúcifer estreitou os olhos por um breve momento, mas logo deu um leve aceno de cabeça.

Lúcifer: "Como preferirem." - Ele virou-se para Stolas. - "E quanto a Mammon? Ouvi dizer que um de seus clones que estava encarregado de supervisionar o Reino de Lior foi eliminado. Quero que ele absorva as matérias de Asmodeus e Baphomet, ele é uma peça fundamental para mim, não posso perdê-lo, enquanto tiver aquela habilidade..."

Stolas fez uma reverência exagerada, a satisfação em seu rosto era inegável.

Stolas: "Será feito como ordenado, goshujin-sama."

A atmosfera muda drasticamente, e agora a câmera narrativa se fixa em Midoki, que caminhava por um reino iluminado por um sol pálido e cercada por uma aura de mistério. Ele continuava sua jornada pelo teste da Zona Espiritual, ainda perplexo com os eventos que o trouxeram 7 mil anos ao passado. O cenário parecia vivo, pulsante, e as figuras ao seu redor eram como sombras de um mundo que já não existia.

Com cada passo, uma pergunta ecoava em sua mente: qual era o propósito desse teste? Havia algo além de simples observação?

Midoki: "Preciso de respostas..." - Murmurou para si mesmo.

Com cada passo, o peso de sua missão parecia crescer. Apesar de sua curiosidade incessante, Midoki não conseguia discernir o objetivo do teste, mas ele sabia que as respostas estavam além da mera observação passiva. Ele seguiu até o imponente castelo de Lyoness, onde Sir Melyadus governava. O rei era uma figura de lenda, cercada por um áurea de mistério que parecia ressoar com os antigos segredos daquele tempo esquecido.

A cena muda para o silêncio opressor do Abismo, que logo em seguida é quebrado pelo som de algo subindo. A criatura do abismo, imensa e grotesca, escalava as paredes da fenda com uma força aterradora. Sua presença trazia uma aura de morte e desolação que parecia corroer tudo ao seu redor. Seus olhos brilhavam como brasas, refletindo um desejo insaciável de destruição enquanto cada movimento fazia o chão tremer.

Enquanto isso, no castelo, Lúcifer observava pela janela, o brilho de uma decisão sombria em seus olhos.

Lúcifer: "Que o próximo ato comece." - Sussurrou, um sorriso frio curvando seus lábios.