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Chapter 84 - Capítulo 35 - A Ascensão do Senhor das Trevas

A atmosfera do Submundo era carregada de trevas e destruição. O portão de Helheim, imponente em sua arquitetura sombria, parecia pulsar com uma energia maligna, como se estivesse vivo. Suas runas antigas brilhavam em um tom vermelho-escarlate, enquanto Lúcifer, envolto por uma aura de poder absoluto, caminhava em sua direção. Ele segurava a Jóia Celestial de Valhalla, onde a energia de três das quatro Segens armazenadas cintilavam como estrelas agonizantes.

Lúcifer ergueu a jóia acima de sua cabeça, e sua voz reverberou como trovões através do vazio:

Lúcifer: "Que o portão que separa vivos e mortos seja obliterado. Pela minha vontade, a ordem será reescrita."

A energia liberada pela jóia foi avassaladora. Um feixe de luz, caótico e destrutivo, atingiu o portão, desintegrando-o em uma explosão colossal. Uma onda de morte e destruição expandiu-se pelo mundo dos vivos, consumindo reinos inteiros. As terras humanas foram cobertas de cinzas, as florestas élficas transformaram-se em desertos calcinados, e as fortalezas dos anões desmoronaram em um turbilhão de desespero.

Lúcifer deu o primeiro passo dentro de Helheim, contemplando o cenário infernal que se descortinava. Rios de lava iluminavam a paisagem árida, enquanto o céu vermelho-sangue parecia praguejar contra sua presença. Criaturas abomináveis, deformadas pela corrupção do submundo, rastejavam pelas sombras, algumas fugindo, outras atraídas pela sua aura.

Ele sorriu, fascinado pelo caos ao seu redor.

Lúcifer: "Este lugar é tão revigorante."

Enquanto avançava, uma presença titânica fez o chão tremer. O gigantesco Behemoth do Terremoto, guardião do portão destruído, emergiu de um rio de lava. Seu corpo colossal era uma fusão de músculos, escamas e magma, com olhos brilhando em fúria primitiva. Ele soltou um rugido ensurdecedor, fazendo as montanhas próximas desmoronarem. 

Behemoth: "Você ousa profanar este domínio, intruso?" - Bradou Behemoth, sua voz retumbando como um terremoto.

Antes que Lúcifer pudesse responder, Cerberus, seu fiel cão de três cabeças, avançou contra o monstro.

- Lúcifer: "Cerberus, mostre sua lealdade." - Ordenou, com um gesto frio.

O cão de guarda atacou com ferocidade, suas três cabeças mordendo e rasgando a carne vulcânica de Behemoth. Contudo, o monstro era implacável. Com uma investida brutal, esmagou Cerberus contra o chão. O cão soltou um uivo de dor antes de sucumbir, seu corpo se desfazendo em cinzas diante dos olhos de seu mestre.

Lúcifer permaneceu em silêncio por um momento, observando os restos de seu companheiro. Sua expressão fria foi substituída por algo mais sombrio, uma fúria contida que crescia como um incêndio prestes a explodir.

Lúcifer: "Você pagará por isso, criatura."

O combate foi devastador. Behemoth atacava com sua força descomunal, ativando sua Erdbeben Fluch, cada golpe capaz de destruir montanhas. Lúcifer desviava com precisão calculada, suas asas negras cortando o ar como lâminas. Quando encontrou uma abertura, ele concentrou sua energia infernal e desferiu um golpe letal.

Lúcifer: "Espada do Juízo Infernal!" - Gritou Lúcifer, a lâmina negra rasgando o peito do monstro.

Behemoth rugiu de dor, mas ainda assim continuou lutando. Finalmente, em um movimento preciso, Lúcifer saltou sobre o gigante e, com um giro mortal, decapitou o guardião. O sangue incandescente de Behemoth jorrou como um rio, cobrindo Lúcifer.

Algo estranho aconteceu. O sangue do monstro começou a ser absorvido pelo corpo do Senhor das Trevas. Ele gritou, mas não de dor, era um grito de transformação. Suas asas tornaram-se maiores, seu corpo mais imponente, e sua aura maligna alcançou um novo patamar.

Lúcifer: "Agora, eu sou um verdadeiro Lorde Demônio!" - Proclamou ele, sua voz ecoando por Helheim.

Enquanto isso, nos reinos devastados, os sobreviventes lutavam para se reerguer. Na floresta dos silvinos, os soldados feridos começavam a se recuperar. Contudo, Aelion estava gravemente ferido, seu corpo ainda marcado pelos resquícios do confronto com Lúcifer e Asmodeus.

Midoki olhava para o amigo com preocupação. Belphegor, apareceu entre as árvores. Sua presença surpreendeu a todos.

Midoki: "Belphegor... por que não apareceu antes?" - Questionou Midoki, sua voz carregada de tensão.

Belphegor, claramente desconfortável, baixou os olhos.

- Belphegor: "Eu... não podia. Se tivesse interferido, Lúcifer teria alterado os planos de maneiras que nem mesmo eu conseguiria prever."

Midoki suspirou, mas não havia raiva em sua expressão.

Midoki: "Não precisa se desculpar. Eu entendo." - Ele fez uma pausa antes de continuar. - "Mas é estranho... Lúcifer parece não se importar com ninguém. Nem mesmo com Mammon, que foi derrotado recentemente."

Belphegor balançou a cabeça.

Belphegor: "AsmodeusBaphomet eram fracos, Mammon também. Para Lúcifer, eles eram ferramentas descartáveis. Ele sempre encontra uma forma de substituir aqueles que caem.

Midoki fitou o céu cinzento acima das árvores, sua mente fervilhando de pensamentos.

Midoki: "Então, não importa quantos desses Geulins sejam derrotados..."

Belphegor assentiu.

Belphegor: "E nós precisaremos estar preparados para o que está por vir."

Com essas palavras, a tensão entre os heróis crescia, enquanto a sombra de Lúcifer se expandia, engolindo tudo em seu caminho.