Vago.
Tenho lembranças muito vagas de quando eu era criança, mas me lembro de ser arrastada com força por uma mulher na casa dos trinta e poucos anos enquanto sirenes soavam atrás de nós. O aperto dela em meu braço era tão forte que deixou marca. Lembro dela me arrastando enquanto corria com o filho, 2 anos mais novo do que eu, no braço, ele se agarrava ao pescoço dela, seus olhos fixos em mim, sem piscar enquanto eu tropeçava para acompanhar.
***
"Por que fugimos? E a avó?" Eu era jovem demais para entender alguma coisa. Por que essa mulher, Lizzie, filha da avó me arrastou com ela e o filho, mas deixou a avó lá? A avó não era minha parente de verdade, mas cuidava de mim como se fosse.
"Não tínhamos outra escolha. Sua avó não poderá mais te ajudar."
"Mas eu quero a avó..." Eu fungava. Eu não gostava da Lizzie, eu queria a avó. A avó era gentil. Lágrimas começaram a se formar em meus olhos e eu estava prestes a chorar quando algo duro acertou minha bochecha.