"Já perguntei, e ele-."
Dylan a encarou e repetiu a si mesmo. "Fale. Isso."
"Por favor," ela começou, olhando para o chão. "não machuque Kevin. Eu posso te perdoar pelo que você fez se você apenas parar."
Ela esperou um longo momento, com a cabeça baixa. Silêncio e depois uma risada ofegante. "Não deixei claro? Vai se foder e fode você, Dylan!" Ele disse, apontando o dedo para eles. "Você- você sabe o que eu fiz com ela na última vez que ela veio aqui? Sabe? Não?" Seus olhos esbugalhados giravam loucamente em suas órbitas. Um sorriso maníaco nos lábios. "Ela veio aqui rastejando, e eu a coloquei de joelhos e eu -"
Sua mãe o interrompeu, colocando uma mão em seu peito. Savannah adivinhou que não era tão gentil quanto parecia, pois Devin estremeceu.
"Dylan, você não vai ajudar essa garota a machucar sua família, está me ouvindo? Você é tio dele. Ele foi espancado pela amiga dela. Isso não significa nada para você?"
Ela lançou a Savannah um olhar que a gelou até os ossos. Ela havia humilhado seu filho, dormido com o irmão dela e depois colocado o filho dela no hospital. Ela adivinhou que merecia isso.
"Bem, eu vou." Dylan sorriu em resposta, virando-se para enfrentar Devin. "Devin, como vai a sua nova empresa de iates? Você mencionou que estava com dificuldades para encontrar fundos e que poderia usar uma injeção de capital para introduzir tecnologia do Iate ASJ na Itália. Estou pensando em ir em frente e emprestá-lo."
Devin ficou atônito.
A empresa Yontz, que ela pensava - que todos pensavam - ser administrada por seu pai e ele, na verdade era em grande parte de propriedade dos Sterling. Nos últimos anos, Devin se esforçava para estabelecer uma empresa fora da sombra de sua família. Ele fez grandes esforços e finalmente fundou uma empresa de iates alguns meses atrás. No entanto, iates de luxo não vendiam bem inicialmente. A empresa estava quase fechando devido à falta de capital de giro e estava à beira da falência.
Ele sabia que seu avô desaprovaria a separação de seus netos e recusaria fundos para um projeto fora de seus interesses conjuntos. Isso deixou apenas Dylan com os fundos para ajudar, e Devin sabia disso. Na verdade, foi exatamente por isso que Devin enviou sua noiva ao quarto de Dylan em primeiro lugar. A razão pela qual ele se atreveu a ameaçar Dylan com a vigilância do hotel. Mas agora... tudo o que ele tinha que fazer era não processar Kevin? O que Savannah tinha sobre Dylan?
Devin de repente se tornou taciturno, seus olhos finos como agulhas espetando Savannah enquanto ele a olhava. "Ok. Prometo, não haverá acusações."
"O quê - por quê!"
"Nossa empresa," começou Devin, olhando para a mãe. "Precisa de dinheiro."
Susan olhou de Dylan para Devin e voltou novamente. "Mas por que ele prejudicaria nosso negócio familiar!"
"Se quiser, Susan, simplesmente me recuse."
"Dylan, você vem atormentando o pai por anos, e agora você está indo atrás de mim, sua irmã. Você quer que a gente te odeie?" Ela disse com raiva.
Devin puxou a manga dela, "Esquece, mãe."
Pouco depois, eles assinaram um acordo que Dylan trouxe consigo, e ele e Savannah partiram. Devin os chamou enquanto eles saíam. "Tio, o cara que fez isso comigo fez por um motivo. Ele estava comendo ela. Eu estava comendo ela. Ela parece inocente, mas não é nada mais do que uma puta e interesseira. Não deixe ela te enganar do mesmo jeito que ela me enganou."
Savannah estremeceu, as palavras chicoteando suas costas. Elas cortavam muito perto do osso. Ela podia sentir sua carne sendo arrancada com elas. Ela esperava que Dylan se virasse para ela, a expulsasse de sua casa. A agredisse. Mas ele não fez isso.
Num borrão de movimento, Dylan estava jogando Devin da cama para o chão.
"Dylan --" Susan gritou.
Ignorando o grito de Susan, Dylan se abaixou e disse em voz baixa, "Não me diga como gerenciar minha mulher. Cuide dos seus próprios assuntos. Você não quer voltar ao hospital, quer?"
Devin assentiu, com os dentes cerrados.
Então Dylan afrouxou a coleira de Devin, pegou a mão de Savannah e saiu.
***
"Ei!" Chamou Savannah, correndo pelo corredor do hospital. "Espera!"
"Você é muito lenta com essas pernas curtas." Ele disse sem diminuir o passo.
"Jesus. Você não precisa andar tão rápido. "
"Eu não gosto de hospitais." Ele disse.
Que homem tão exigente, pensou Savannah. Ele achava que ela gostava de estar ali? Ela começou a correr levemente para manter o ritmo. "Você vai dar o dinheiro ao Devin?" Ela sabia que ele daria, mas queria ter certeza.
"Você se importa comigo?" Ele disse. Eles estavam no portão do hospital agora, e ele parou, logo fora da entrada.
"Não se vanglorie." Ela disse, um pouco rápido demais.
Ele sorriu maliciosamente e se inclinou para perto. "Você está preocupada comigo."
Ela foi se afastar para trás, tropeçou e caiu. Em um momento de pânico, ela jogou os braços em volta do pescoço dele, e ele em volta da cintura dela, e eles olharam um nos olhos do outro, frente a frente, a quente mistura de suas respirações.
O cheiro dela era de sabão simples de carvão, xampu cítrico e perfume suave. Seu corpo macio e flexível contra o dele, o volume de seu peito colado nele. A respiração dele acelerou. A pegada apertou. "Boa garota, você tem um bom entendimento do acordo."
Ela o empurrou para trás, corando. Santo céu! Ele achava que ela tinha tanta intenção?