A família não tinha escolha. Lina foi internada em uma instituição mental. As decisões foram mantidas em segredo e ninguém mais soube desse incidente. Os servos foram instruídos a espalhar boatos de que ela estava em prisão domiciliar nas profundezas da mansão. Com tantos quartos que havia, ninguém duvidou das palavras.
Todo dia, Altan visitava Lina. Ele trazia flores e presentes, esperava ao lado da cama dela para conversar, mas ela nunca falava. Como poderia? Seu cérebro estava embaralhado pelos medicamentos que lhe foram prescritos e pela eletroterapia a que foi submetida à força.
Seu avô a considerou insana e ordenou todos os tratamentos possíveis, disponíveis no mercado e fora dele. Tudo às escondidas, até que ela mal ficasse consciente.
"Chega dessas cirurgias," Altan disse uma vez a uma enfermeira, entregando-lhe uma gorda pilha de dinheiro.