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Chapter 33 - Um Nome Estúpido

"Você já jantou, minha pequena Lina?" Lawrence perguntou assim que Lina atendeu o telefone.

"Não me diga que você ligou só para me perguntar isso, Avô," Lina refletiu enquanto sentava-se na cama.

"Hmph, sempre avô e nunca vovô," Lawrence resmungou, ajeitando-se na cadeira do escritório para ficar mais confortável.

O olhar dele pousou sobre seu filho mais velho, o atual presidente da Empresa Yang, que estava servindo a si mesmo sua dose diária de vitaminas.

"Ainda não entendo por que você parou de me chamar de vovô," Lawrence disse com um tom irritado.

Apesar disso, Lawrence segurava uma foto dos dois. Essa imagem ficava normalmente sobre sua mesa. Na foto, ela estava agarrada à sua perna e sorrindo para ele enquanto ele batia na cabeça dela relutantemente.

Lina riu. "Bem, eu cresci, então tenho que deixar os apelidos de lado—"

"Mal é um apelido," Lawrence respondeu secamente. "Discutir isso contigo é como falar com uma parede."

"Então você é a parede, Avô?" Lina perguntou inocentemente.

"Hah!" Lawrence soltou uma gargalhada, inclinando-se para trás na cadeira.

Se fosse qualquer outra pessoa a dizer isso, ele teria ordenado a ela que se ajoelhasse e pedisse perdão. Mas essa era sua querida neta. O máximo que ele faria era dar um tapinha na mão.

"É você que é densa como uma parede," Lawrence disse.

Lawrence deu uma olhada no jornal que descansava em sua mesa, falando sobre os incidentes de ontem, onde uma Lina atônita foi vista com um preocupado Everett. Os dois pareciam um belo par de amantes infelizes. Ele desejava que Everett morresse tragicamente como Romeu, enquanto Julieta magicamente sobrevivesse.

"Certo…" Lina desviou o olhar. "Bem, por que você me ligou, Avô?"

"O quê? Um avô não pode falar com sua neta?"

"Não, eu só—"

"Bem, já que você perguntou tão educadamente, eu devo dizer que é porque ainda não vi nenhuma cobrança no cartão que te dei. Pode me explicar?" Lawrence exigiu.

Lina piscou lentamente. Uma vez. Duas vezes. Certamente, seu avô ocupado não teria ligado por uma razão tão simples. Certo…?

Apesar de estar aposentado da empresa, o avô ainda era um homem poderoso e ocupado.

Lawrence normalmente estava jogando golfe com seus velhos amigos, mas na realidade continuava a expandir a empresa enquanto mantinha suas relações. No entanto, ele não precisava trabalhar duro nisso, pois as pessoas eram naturalmente atraídas por ele.

"Bem, eu simplesmente não encontrei nada que me agradasse," Lina mentiu.

Lina não queria se endividar com o avô, mesmo que ele nunca aceitasse favores dela.

"Em que diabos de shopping você foi então?" Lawrence reclamou, estreitando os olhos em direção ao seu filho mais velho. Aquele maldito idiota. Como ele deixou que uma foto da Lina vazasse para o público assim?

"Na verdade, foi no shopping do DeHaven Conglomerate… o shopping mais popular de Ritan, avô," Lina disse.

Ao ouvir a menção do DeHaven Conglomerate, Lawrence estreitou os olhos. Agora que lembrava… Ele ouviu rumores circulando sobre Lina e aquele insolente Jovem Mestre.

"Hmph, não é administrado por aquele tal de… o que é mesmo?" Lawrence murmurou enquanto coçava o queixo.

"Você quer dizer—"

"Ah, certo, Keydon ou algo assim," Lawrence murmurou. "Esse nome é tão estúpido, na minha opinião."

Lina riu baixo. "Avô—"

"Enfim," Lawrence resmungou. "Use meu cartão logo. Não vou repetir isso."

"Mas—"

"Ouvi dizer que você recentemente ficou devendo um favor ao seu Tio por adquirir um carro. Considere esse favor quitado pela falha dele em não mantê-la segura," Lawrence acrescentou, fulminando com o olhar seu filho mais velho quando ele ousou se opor.

"Pai, a própria Evelyn pediu para que as fotos fossem divulgadas, alegando que Lina deu consentimento," seu filho mais velho respondeu.

"Quem era?" Lina perguntou, ouvindo o nome de sua mãe, mas sem contexto. Ela finalmente percebeu que seu tio estava na mesma sala que seu avô.

"Não é nada com que você deva se preocupar," Lawrence disse a ela.

Tanto quanto Lawrence a criou com amor severo, era ainda amor, e ele queria protegê-la. Evelyn já tinha causado tanto dano à Lina, Lawrence não queria que sua preciosa neta descobrisse outra traição. Especialmente depois que Evelyn foi severamente punida pela sua visita hoje.

"Se for sobre as fotos," Lina começou. "Eu sei que foi a mãe."

"E por que você pensa assim?" Lawrence perguntou, assentindo em aprovação à rapidez e inteligência dela. Era por isso que ele adorava tanto a Lina. Ela se assemelhava mais a ele. Era uma característica que todos apontavam e ele se orgulhava.

"Bem, você apareceu para uma visita inesperada e Everett parece estar conspirando com a minha mãe… Eu juntei um mais um. Sem mencionar que minha mãe seria a única pessoa que iria querer a foto divulgada," Lina disse.

"Garota esperta," Lawrence disse.

"Heh, eu sei," Lina se gabou.

Lawrence soltou um pequeno hmph perante a arrogância dela. Ela era tão parecida com ele que às vezes era assustador.

"Bem, eu vou deixar você fazer o que quiser com essa informação," Lawrence disse. "Está tarde e você deveria estar dormindo agora."

"Mas ainda são nove da noite—"

"Meninas pequenas devem dormir cedo."

"Avô—"

"Boa noite," Lawrence disse.

"Espera—"

"Eu disse boa noite," Lawrence falou sério, desligando o telefone antes que ela pudesse tentar argumentar sobre o cartão preto. Ele sabia que ela tentaria.

Lina suspirou e olhou para o telefone. Seu avô sempre foi assim. Exigente às vezes, mas isso só mostrava o quanto ele se importava com ela.

Deixando seu telefone de lado, Lina não pôde deixar de se perguntar se ela era realmente filha de sua mãe.

Sem nada a dizer e com o estômago vazio, Lina desabou cansada na cama, exausta pelos eventos do dia.

Lina fechou os olhos e começou a considerar a possibilidade de ter sido trocada ao nascer. Quanto mais pensava sobre isso, mais começava a adormecer.

"Ei, se você não descer para jantar, a mãe vai mandar jogar fora," Milo disse, colocando a cabeça pela porta.

Milo ficou surpreso ao ver sua irmã desmaiada na cama, mas não disse nada. Soltando um pequeno suspiro, ele se aproximou de seu corpo inconsciente, pegou o cobertor de pele jogado no sofá e o colocou sobre ela.

"Tudo bem," Milo suspirou. "Boa noite então."

Milo olhou para o rosto tenso dela enquanto dormia, como se soubesse da tempestade que estava por vir no dia seguinte.