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Chapter 44 - XLIII. ADMISSÃO PT.2

— Gostaria de iniciar, Mestre Brandon? — ele perguntou, gesticulando para uma das extremidades da meia-lua.

Virei-me para Brandon, um homem corpulento, com cabelo rareando. Ele era o Aritmético-Mor da Academia.

— Quantos grãos existem em 13 onças?

— Seis mil duzentos e quarenta — respondi sem hesitar.

Ele ergueu as sobrancelhas, levemente surpreso.

— Se eu tivesse 50 crimos de prata e os convertesse em moeda mitreziana, e depois os reconvertesse, quanto eu teria, se o cealdamo tirasse 4% de cada vez?

Comecei a calcular, mas logo sorri ao perceber que o cálculo era desnecessário.

— Quarenta e seis crimos e oito ocros, se ele for honesto. Quarenta e seis exatos, se não for.

Brandon assentiu, agora com maior interesse.

— Você tem um triângulo — ele começou, em tom sério. — Um lado mede sete pés, outro três. Um ângulo é de 60 graus. Qual o comprimento do outro lado?

— É o ângulo entre esses dois lados?

Ele confirmou com um aceno.

Fechei os olhos por um breve momento, respirando fundo antes de respondê-lo.

— Seis pés e seis polegadas. Exatos.

Brandon fez um som curioso, uma mistura de aprovação e surpresa.

— Está bom. Mestre Armin?

Armin lançou sua pergunta antes que eu pudesse me virar para ele.

— Quais são as propriedades medicinais do heléboro?

— Anti-inflamatório, antisséptico, sedativo leve, analgésico brando, purificador do sangue — recitei, fitando o homem com óculos que tinha o ar de um avô gentil. — Mas é tóxico em excesso e perigoso para mulheres grávidas.

— Nomeie as estruturas componentes da mão.

Listei os 27 ossos em ordem alfabética, seguido pelos músculos, do maior ao menor, apontando para cada um em minha própria mão enquanto os nomeava.

A rapidez e precisão de minhas respostas causaram uma impressão nítida. Alguns disfarçaram a surpresa; outros a demonstraram abertamente. Eu sabia que precisava impressioná-los. Marcy me dissera que, para ingressar na Academia, era preciso dinheiro ou inteligência. Quanto mais você tinha de um, menos precisava do outro.

Por isso, eu estava trapaceando. Infiltrei-me na Conclave por uma entrada nos fundos, fingindo ser um mensageiro. Passei mais de uma hora observando entrevistas de outros estudantes, escutando centenas de perguntas e milhares de respostas.

Também soube das taxas escolares. A menor era de quatro crimos e seis iyanes, mas a maioria era o dobro disso. Um estudante teve que pagar mais de 30 crimos por semestre. Conseguir esse dinheiro seria tão difícil quanto alcançar a Lua.

Eu tinha apenas dois iyanes de cobre no bolso, sem nenhuma esperança de conseguir mais. Portanto, precisava impressioná-los, aturdi-los com minha inteligência, deslumbrá-los.

Terminei de listar os músculos e estava começando a nomear os ligamentos quando Armin levantou a mão para me calar e formulou a próxima pergunta:

— Quando se deve sangrar um paciente?

Parei por um momento, incerto.

— Quando se quer que ele morra? — respondi, hesitante.

Ele assentiu levemente, como se falando consigo mesmo.

— Mestre Loran?

Mestre Loran, de pele pálida e estatura imponente, mesmo sentado, foi o próximo a me questionar.

— Quem foi o primeiro rei declarado de Tarmitreza?

— Postumamente? Feila Calantis. Caso contrário, seria seu irmão, Javis.

— Por que o Império de Aturia desmoronou?

Fui pego de surpresa pela amplitude da pergunta. Nenhum outro estudante recebera uma questão tão vasta.

— Bem, senhor — comecei, devagar, para ganhar tempo —, em parte foi porque lorde Portis era um megalomaníaco inepto. Em parte, porque a Igreja se rebelou contra a Ordem dos Mayr, que era uma grande parte da força de Aturia; em parte, porque os militares estavam travando três guerras simultâneas de conquista. E, por fim, porque os impostos elevados fomentaram rebeliões nas terras do império.

Observei o professor, buscando sinais de que ele considerava minha resposta suficiente.

— Eles também desvalorizaram a moeda, enfraqueceram a Lei Férrea e antagonizaram os parsemanos — acrescentei. Dei de ombros e completei: — Mas é claro que é mais complicado do que isso.

A expressão de Mestre Loran permaneceu inalterada, mas ele assentiu.

— Quem foi o maior homem que já viveu?

Outra pergunta inesperada. Refleti por um instante.

— Ullien.

Mestre Loran piscou, sem demonstrar emoção.

— Mestre Mondrag?

Mondrag, com a barba escanhoada, mãos manchadas de diversas cores, e uma silhueta que parecia feita de ossos e nós, perguntou:

— Se precisasse de fósforo, onde o conseguiria?

Por um instante, seu tom me lembrou tanto Marceline que me distraí e respondi sem pensar:

— Com um boticário?

Um dos professores riu baixinho, e eu mordi minha língua.

Mondrag me deu um sorriso tênue, e inspirei profundamente.

— Supondo que não houvesse um boticário.

— Eu poderia extraí-lo da urina — respondi rapidamente. — Se me dessem um forno e tempo suficiente.

— De quanto precisaria para obter duas onças puras? — ele perguntou, estalando os dedos, distraído.

Parei para pensar; era uma pergunta nova.

— Pelo menos 40 galões, Mestre Mondrag, dependendo da qualidade do material.

Houve uma pausa longa, e ele estalou os dedos, um de cada vez.

— Quais são as três regras mais importantes do químico?

Isso eu aprendi com Marcy.

— Rotular com clareza. Medir duas vezes. Comer em outro lugar.

Ele assentiu, ainda com um sorriso vago.

— Mestre Kelvin?

Kelvin, com sua presença cealdama, ombros fortes e barba negra, me lembrou um urso.

— Certo — resmungou ele, cruzando os braços. — Como você faria uma lâmpada de combustão permanente?

Todos os outros professores reagiram com exasperação.

— O que foi? — indagou Kelvin, irritado. — A pergunta é minha. Quem pergunta sou eu. — Voltou-se para mim. — E então, como você a faria?

— Bem — comecei, devagar —, provavelmente começaria com algum tipo de pêndulo. Depois faria uma conexão entre ele e...

Ahem — praguejou ele. — Não. Não assim — repetiu, grunhindo e batendo na mesa, cada batida acompanhada por uma explosão de luz avermelhada. — Nada de simpatias. Não quero um candeeiro de brilho permanente. Quero um de combustão permanente. — Olhou-me novamente, mostrando os dentes, como se fosse me devorar.

— Sal de lítio? — perguntei, hesitante, antes de recuar. — Não, óleo de sódio queimando em um recipiente fechado... não, droga. — Murmurei algumas coisas até parar. Os outros candidatos não lidaram com perguntas assim.

Ele me interrompeu com um gesto curto.

— Chega. Conversaremos depois. Lal Mirch.

Demorei um momento para lembrar que Lal Mirch era o próximo professor. Virei-me para ele. Mirch parecia o arquétipo de um mago sinistro, como em muitas peças de Aturia de má qualidade: olhos negros e severos, rosto magro, barba curta. Apesar disso, sua expressão era amigável.

— Quais são as palavras para a primeira conexão cinética paralela?

Recitei-as fluentemente.

Ele não parecia surpreso.

— Qual foi a conexão que Mestre Kelvin usou agora há pouco?

— Luminosidade Cinética Capacitancial.

— Qual é o período sinódico?

Olhei-o, intrigado.

— Da Lua?

A pergunta parecia desconexa em relação às outras. Ele assentiu.

— Setenta e dois dias e um terço, senhor. Pouco mais ou menos.

Lal Mirch encolheu os ombros e deu um sorriso irônico, como se tivesse esperado me atrapalhar na última pergunta.

— Mestre Hilme?

Hilme me encarou por cima dos dedos entrelaçados.

— Quanto mercúrio seria necessário para reduzir dois guiles de enxofre branco? — perguntou com ar pomposo, como se eu já tivesse dado a resposta errada.

Uma das coisas que aprendi durante minha hora de observação foi que Mestre Hilme era o maior cretino do grupo. Ele se comprazia em desestabilizar os estudantes com perguntas traiçoeiras.

Por sorte, essa era uma que eu já o havia ouvido fazer a outros. Enxofre branco não pode ser reduzido com mercúrio.

— Bem — arrastei a palavra, fingindo ponderar. O sorriso presunçoso de Hilme crescia a cada segundo —, presumindo que o senhor se refira ao enxofre vermelho, seriam aproximadamente 41 onças. — Sorri, cheio de dentes.

— Nomeie as nove principais falácias — ele retrucou.

— Simplificação, generalização, circularidade, redução, analogia, falsa causalidade, semasiologia, irrelevância... — Fiquei em silêncio, tentando recordar o último termo formal. Marcy e eu o chamávamos de "Portismo", em homenagem ao imperador Portis. Senti uma pontada de frustração ao perceber que não conseguia lembrar o nome correto, mesmo tendo lido em "Crítica e Retórica" há poucos dias.

Minha irritação, ao que parecia, estava estampada no meu rosto. Hilme, com um olhar severo, me observava enquanto eu hesitava.

— Então, parece que você não sabe tudo, afinal! — disse ele, recostando-se na cadeira com uma expressão de triunfo.

— Eu não estaria aqui se achasse que não tinha nada a aprender — repliquei com sarcasmo, antes de conseguir controlar minha língua. Do outro lado da mesa, Kelvin soltou uma risadinha gutural.

Hilme abriu a boca para continuar, mas o Reitor o interrompeu com um olhar firme, silenciando-o antes que pudesse prosseguir.

— Muito bem — começou o Reitor, mas foi interrompido por outro homem à sua direita, que falou com um sotaque que não consegui identificar com precisão. Sua voz tinha uma ressonância peculiar, que fez todos à mesa se moverem levemente antes de se aquietarem, como folhas ao sabor do vento. — Mestre Nomeador — o Reitor o chamou, com uma mistura de deferência e cautela.

Elohkar, ao contrário dos outros mestres, era mais jovem, com cerca de doze anos de diferença em relação aos demais. De barba escanhoada e olhar profundo, sua estatura e compleição eram medianas, mas havia algo em sua presença que destoava, como uma criança forçada a se sentar com adultos. Ora observava algo com atenção, ora parecia entediado, com os olhos vagando pelas vigas do teto.

Senti o olhar de Elohkar pousar sobre mim, um arrepio percorreu minha espinha.

Soheketh ka Kiaru kremateth tu? Quão bem você fala kiaru? — perguntou ele.

Rieusa, ta krelar deala tu. Não muito bem, obrigado.

Elohkar ergueu uma mão, com o indicador apontando para cima.

— Quantos dedos estou levantando?

Parei por um momento, ponderando a resposta, que parecia exigir mais consideração do que a pergunta sugeria.

— Pelo menos um — respondi. — Mas, provavelmente, não mais do que seis.

Elohkar sorriu, revelando a outra mão sob a mesa, com dois dedos levantados. Ele os balançou levemente, como uma criança travessa, antes de baixar as mãos e se tornar subitamente sério.

— Você conhece as sete palavras que farão uma mulher amá-lo?

Olhei-o, tentando discernir se havia algo mais na pergunta, mas quando ele não acrescentou nada, respondi simplesmente:

— Não.

— Elas existem — assegurou-me ele, com um ar enigmático, antes de se recostar na cadeira, satisfeito.

— Mestre Linguista? — Elohkar cedeu a palavra ao Reitor com um leve aceno.

— Isso abrange grande parte do conhecimento acadêmico — murmurou o Reitor, quase para si mesmo. Ele parecia ligeiramente inquieto, mas mantinha o autocontrole, tornando impossível discernir o que o perturbava. — Você me perdoará se eu lhe fizer algumas perguntas menos eruditas?

Concordei, sem muita escolha.

Ele me olhou fixamente, o tempo pareceu se alongar.

— Por que Marceline não lhe enviou uma carta de recomendação?

Hesitei. Nem todos os artistas viajantes gozavam do respeito que nossa trupe possuía, e, por isso, nem todos eram respeitados. Mas intuí que mentir não seria a melhor escolha.

— Ele deixou minha trupe há três anos. Não o vejo desde então.

Os olhares de todos os mestres se voltaram para mim. Era quase possível ouvi-los calculando minha idade em suas mentes.

— Ora, vamos — disse Hilme, irritado, movendo-se como se fosse se levantar.

O Reitor lançou-lhe um olhar severo, silenciando-o novamente.

— Por que você deseja ingressar na Academia?

Fiquei surpreso com a pergunta. Era a única para a qual não estava preparado. O que eu poderia dizer? "Dez vezes dez mil livros." O seu Arquivo. Sonhava com isso desde criança. Verdade, mas muito pueril. "Quero vingar-me do Sombraim." Dramático demais. "Quero me tornar tão poderoso que ninguém jamais possa me ferir novamente." Assustador demais.

Levantei os olhos para o Reitor e percebi que havia demorado muito tempo em silêncio. Sem outra ideia, encolhi os ombros e respondi:

— Não sei, senhor. Acho que terei de aprender isso também.

O Reitor me olhou com curiosidade, mas afastou a expressão e perguntou:

— Há algo mais que você queira dizer?

Ele fez essa pergunta a todos os candidatos, mas ninguém a aproveitara. Parecia quase retórica, um ritual antes que os mestres decidissem a taxa escolar.

— Sim, por favor — respondi, surpreendendo-o. — Tenho um pedido a fazer, além da admissão. — Respirei fundo, atraindo a atenção de todos. — Demorei quase três anos para chegar até aqui. Posso parecer jovem, mas tenho tanto direito de estar aqui quanto qualquer jovem nobre que não sabe diferenciar sal de cianureto, nem mesmo provando-os.

Parei por um momento.

— No entanto, neste momento, tenho apenas dois iyanes em minha bolsa e não há nenhum lugar onde possa conseguir mais. Não tenho nada de valor para vender que já não tenha vendido. Se me aceitarem por mais do que dois iyanes, não poderei frequentar a Academia. Se me aceitarem por menos, estarei presente todos os dias. E todas as noites farei o que for preciso para sobreviver enquanto estudo aqui. Dormirei em vielas e estábulos, lavarei pratos por sobras de comida, mendigarei lumens para comprar penas. Farei o que for necessário — afirmei, com as últimas palavras quase rosnando. — Mas, se me aceitarem gratuitamente e me derem três crimos para que eu possa viver e aprender da forma adequada, serei um estudante como nunca antes viram.

Seguiu-se um momento de silêncio, quebrado pela gargalhada trovejante de Kelvin.

HA! — rugiu ele. — Se um em cada dez alunos tivesse metade da determinação deste rapaz, eu os ensinaria com chicote e cadeira, em vez de giz e lousa. — E deu um tapa forte na mesa.

Esse foi o estopim para que todos começassem a falar ao mesmo tempo, cada um em seu tom particular. O Reitor fez um pequeno aceno para mim, e eu me arrisquei a sentar na cadeira à margem do círculo de luz.

A discussão prosseguiu por longos minutos, embora até mesmo dois ou três minutos parecessem uma eternidade para mim, sentado ali enquanto um grupo de mestres decidia meu futuro. Não houve propriamente gritos, mas uma boa dose de gestos enfáticos, principalmente de Mestre Hilme, que parecia nutrir por mim a mesma antipatia que eu sentia por ele.

Se ao menos eu pudesse compreender o que diziam, talvez não fosse tão torturante. Mas, mesmo meus ouvidos aguçados, acostumados a captar murmúrios, não conseguiram decifrar o que falavam. A conversa cessou abruptamente, e o Reitor voltou-se para mim, fazendo um gesto para que me aproximasse.

— Que fique registrado — pronunciou, com um tom cerimonial — que Vanitas, filho de... — Ele fez uma pausa, seus olhos inquiridores pousando sobre mim.

— Meridan — completei, sentindo o nome soar estranho, como uma antiga melodia esquecida.

Mestre Loran voltou-se para me encarar, piscando lentamente.

— ...filho de Meridan, foi admitido na Academia para prosseguir seus estudos, no 43º dia do mês de equis. Sua entrada no Arcano será condicionada à prova de que dominou os fundamentos da simpatia. Seu patrono oficial será Kelvin, Mestre Artífice. Sua taxa escolar é estipulada no valor de menos três crimos.

Um peso colossal desceu sobre mim.

Três crimos poderiam muito bem ser todo o dinheiro do mundo, considerando minhas remotas chances de adquiri-los antes do início do período letivo. Trabalhando em cozinhas, realizando pequenas tarefas em troca de alguns lumens, talvez eu pudesse juntar essa quantia em um ano, se a sorte estivesse ao meu lado.

Nutrindo uma esperança desesperada, considerei a possibilidade de surrupiar o valor necessário a tempo, mas sabia que era um pensamento insano. Aqueles que possuíam tamanha riqueza geralmente tinham o cuidado de não deixá-la ao alcance de mãos ousadas.

Só percebi que os professores haviam deixado a mesa quando um deles se aproximou. Levantei os olhos e encontrei o Arquivista-Mor vindo em minha direção.

Loran era mais alto do que eu havia imaginado, com quase dois metros de altura. Seu rosto alongado e mãos finas faziam-no parecer esticado. Ao captar minha atenção, ele perguntou com a serenidade de uma montanha:

— Você disse que o nome de seu pai era Meridan?

Sua voz não carregava pesar, nem condolências. Apenas a calma habitual. Uma raiva surda tomou conta de mim. Como ele podia frustrar minhas esperanças de ingressar na Academia e depois, com a mesma tranquilidade com que se deseja bom-dia, perguntar sobre meu pai morto?

— Sim — respondi, tentando esconder a tensão.

— Meridan, o bardo?

Meu pai sempre se considerou um artista de trupe, nunca um bardo ou menestrel. O termo irritou-me ainda mais. Senti que não merecia uma resposta. Fiz apenas um aceno seco com a cabeça.

Se Loran se ofendeu com minha resposta concisa, não demonstrou.

— Estava curioso para saber em que trupe ele se apresentava.

Minha paciência, já por um fio, se esgotou em um instante.

— Ah, o senhor estava curioso — retruquei, destilando veneno em cada palavra. — Pois talvez deva continuar assim. Estou mergulhado na ignorância neste momento. Creio que o senhor pode suportar um pouco dela por algum tempo. Quando eu voltar, depois de conseguir meus três crimos, quem sabe o senhor possa me perguntar de novo. — Disparei-lhe um olhar tão feroz que parecia querer queimá-lo por dentro.

A reação dele foi mínima; só muito depois descobri que provocar qualquer emoção em Mestre Loran era tão provável quanto ver uma estátua piscar. Ele pareceu ligeiramente intrigado a princípio, depois, levemente surpreso. Então, enquanto eu o fuzilava com os olhos, ele esboçou um sorriso tênue e, em silêncio, entregou-me um pedaço de papel.

Desdobrei-o e li:

"Vanitas. Período letivo da primavera. Taxa escolar: -3 crimos."

Menos três crimos. Claro!

O alívio me inundou como uma onda que arrasta o que resta de nossas forças. As pernas cederam, e eu desabei no chão, chorando.