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À distância, Dorothy observava o piquenique, sorvendo seu chá. Ela podia sentir o princípio do fim se aproximando. Era evidente na forma como Adeline não conseguia ficar em pé, suas bochechas esqueléticas e o esgotamento em seu rosto.
"Que divertido," Dorothy disse para si mesma. "Todos reunidos na festa do chá, como se não fosse uma despedida para a pequena Rainha humana."
Dorothy lançou um olhar a seu neto, cujo rosto era suave e amoroso. Ela havia esquecido que ele era capaz de fazer esse tipo de expressão. Seu coração apertou quando percebeu que a última vez que viu esse rosto foi quando ele era criança, antes do experimento. Ele havia corrido até ela, com os olhos brilhantes e todo sorridente, pulando direto para seus braços.
"Você era muito mais fofo quando criança," Dorothy murmurou para Elias, embora ele nunca pudesse ouvi-la da torre.
Dorothy levantou-se e colocou a xícara de chá no chão. Ela deu uma boa olhada na torre onde passou a maior parte de sua vida.