Chereads / Harry Potter em Changed Prophecy & a Câmara Secreta - Livro 03 - / Chapter 34 - A-Singularidade-De-Primeira-Classe.

Chapter 34 - A-Singularidade-De-Primeira-Classe.

Harry encarou Albus nos olhos, as fagulhas de chamas escaldantes de uma Fênix sumindo na noite, tendo o diretor olhando ao redor com pura seriedade e até choque perante os corpos sem vida espalhados pelo terreno úmido de Hogwarts.

 

- Está atrasado, de novo. - Disse Harry, entrando em um consenso psíquico dele com sua guardiã mental, consenso esse de que, quando as coisas saíssem do controle, não haveria diretor e muito menos professores para tomar ordem da situação. - É uma pena, eu realmente esperava estar enganado sobre esse lugar... mas não, acho que duas vezes são suficientes para tudo ficar claro. - Fixou ele seu olhar nos professores e assim ao ver o diário nas mãos de Gilderoy, foi que Harry agiu impulsivamente na busca de algo que poderia o colocar além das forças, magicas que com certeza tentariam agir contra ele a partir de agora, não havia como com tantos espectadores, que a fofoca do que ele fez não escapasse para a população dessa sociedade de primatas, do qual com um passo enquanto ignorava ao diretor, foi que Harry se aproximou do primeiro cadáver de uma Amazona.

 

 

Albus parecia saber que algo muito sério havia ocorrido no terreno de seu castelo, foi por um fio que ele não perdeu as alas de segurança como diretor, mas isso, a sensação mágica crescente, os braços de Harry se dissolvendo em pura fumaça obscura, depois suas pernas, então seu torso e por fim sua cabeça, tudo se dissolvendo em uma massa de poder que um dia Dumbledore viu em Credence, porém era diferente aqui.

Tudo transformado em uma massa obscura de pura magia caótica que era um Obscurial, mostrando que Minerva realmente tinha razão quando sentiu algo estranho nos eventos que um Trol invadiu o castelo ano letivo passado.

E como se mal sentisse vontade de agir como sempre agiu em sua vida, só agora notando por si que ele nunca permitiria um ato desses, foi que ele percebeu tarde demais que seu estado letárgico foi o suficiente para o Obscurial voar contra cada cadáver dessas mulheres de armaduras gregas, devorando e mesclando seus corpos na massa obscura que parecia se adaptar dolorosamente em um grito e rugido bestial, tornando-se algo além do que já era de maneira dolorosa e agonizante.

Harry assimilava como um filme que você assiste várias vezes e compreende cada fala, sendo essa assimilação as memórias de cada amazona, cada uma das remanescentes de uma raça honrada que se amaldiçoou no dia em que os deuses abandonaram a humanidade.

Suas memórias, seus sentimentos, sua ganância, sua maldade, sua selvageria e seus pecados, tudo sendo filtrado para Harry nessa imersão dele absorver cada sentimento, no foco de fundir o potencial das Amazonas em si, pois se a situação se descontrolasse onde o diretor fosse obrigado a trazer autoridades contra ele, nunca que o mesmo se permitiria ser levado de forma passiva... e para isso, ele precisava de poder, precisa ser o topo de todas as raças, nem que seja algo próximo disso.

Assim, com sua forma humana retornando nessa massa obscura que regredia em seus braços deformados se moldando ao comum, pernas retorcidas retornando ao normal, torso afundado e expandido, como se cada batimento cardíaco fosse explodir seu corpo dolorosamente, tendo por fim sua cabeça, que retornara de um rugido bestial, em um rosto do Potter gritando em pura agonia dessa evolução dolorosa que não queria parar, assim enfim de joelhos enquanto ofegava por ar, foi que um novo homem surgiu dessa anomalia, se levantando fracamente, sua aparência, sua estatura, sua presença e sua postura.

 

Todos viam Harry ali, mas ele estava mais alto, mais forte e de músculos mais definidos do que já era, sua altura ultrapassou facilmente a do diretor e ele suspirou profundamente enquanto abria os olhos em um puro esmeralda poderoso que fez o mesmo apertar os punhos parecendo que seu magoi queria trabalhar na anomalia que seu estado físico se adaptou, o Hogyoku querendo explodir em sua mortalha mágica, porém que trancando de volta seu selo, com seu Magoi regredindo para 10%, foi que todo um novo patamar foi alcançado, sua forma total se superou além do que ele já pensara sentir ser capaz... mas com seus selos, mesmo sendo tão forte, as coisas estavam mais controladas e seu Magoi não iria esmagar ninguém acidentalmente nesse estado.

 

 

- E a noite ainda mal começou. - Harry suspirou pesadamente enquanto caminhava para frente e passava por Albus, fazendo ele ter um choque visual quando viu a própria Lility no lugar do filho, a Ceifadora da Morte que levou o extermínio para toda a facção das trevas de Tom, mostrando que o legado dela nunca morreu e a verdadeira persona de seu filho acabara de acordar.

 

Indo resolver uma última missão dele, algo que claramente ele não estava junto de seus professores, pois o ignorara como se nem existissem, adentrando assim ao castelo sob olhar e murmúrios dos alunos que assistiram até agora ao combate de sangue mortal.

 

 

[ ... ]

{ 23:45 }

- Jaskier. - Harry chamou quando andara todo o trajeto para o banheiro assombrado.

 

 

- Sim, senhor! - Gilderoy disse de prontidão, algo que Harry o encarou estranhamente quando se virou.

 

 

Balançando a cabeça em negação, Harry estendeu a mão, indicando que queria o que foi anteriormente entregue.

Não pedira até o momento o livro, pois era notável ao Potter o chamado mágico, a compulsão maldita, a vontade de poder e a ganância por aquilo que não deveria ter, foi fácil para Harry distinguir que algo o movia pelos corredores sob atenção de Dumbledore que buscava falar com ele por todo o caminho, mas ignorado como todos foram ignorados desde que sua protegida foi petrificada e ele não se permitiria mais confiar que adultos fariam algo, não quando sua melhor amiga foi alvo nesse castelo.

 

 

- Me entrega o livro. - Harry pediu, mas seu tom era mais como uma ordem.

 

 

Só agora Albus notara que seu professor de DCAT carregava algo embrulhado no manto e, se seu olhar surpreso significasse algo, não era a compulsão que tal livro apresentava, era o nome intitulado na capa.

 

- Harry, meu garoto... isso. - Albus tentou dizer, mas Harry já pegara com as mãos nuas e se virara, abrindo a porta do banheiro assombrado.

 

 

Harry que por método algum parava seu trajeto, um claro desrespeito ao diretor que estava sendo ignorado como todos foram desde que o castelo foi invadido pela criatura carmesim e mãe de Hermione Jean Maximoff Granger, mas que Harry já estava pouco se fodendo, desde que estava cansado demais e com um olhar sombreado pela exaustão mágica, somente a recente evolução ou mutação física de absorção das Amazonas que o mantinha de pé, junto a vontade de ferro em salvar sua melhor amiga ainda hoje, pois uma coisa era fato, após a data de hoje, ninguém encostaria na sua garota, ou ele mesmo iria destruir esse castelo como a mãe dele bem ameaçou.

Ele tentou seguir o caminho passivo de deixar os adultos resolverem as coisas e olhe onde isso o levou, mesmo saindo de cena, mesmo negando investigar as coisas feito um intrometido que sua melhor amiga queria tanto que ele fizesse, mesmo após tentar seguir sua rotina como um mero aluno, parece que era como Arthuriana dizia, que ele parecia alguma porra de protagonista de manga japonês, que mesmo não querendo, estava destinado a sofrer de sempre estar no centro das atenções.

 

 

- Então é isso? - Harry indagou, vendo novamente o banheiro feminino abandonado, mas dessa vez em específico nessa área que atraiu sua atenção antes de ter ido conversar com Murta. - Essa é a entrada da Câmara Secreta? - O mesmo dizia para si enquanto estudava cada canto em busca de qualquer coisa que remetesse ao lendário Salazar Slytherin. - Pelo visto, esse fundador era algum tipo de pervertido.

 

 

- Na verdade, meu garoto. - Albus interrompeu, fascinado por Harry, em poucos minutos, parecer ver algo que ninguém ali conseguia, pois apesar de o diretor conseguir sentir algo desde a morte de uma estudante décadas atrás, sempre pensara que isso remetia à presença sobrenatural dela, se tornando um fantasma. - O Castelo é uma força magica própria, então é muito provável que se aqui for a entrada atualmente, centenas de anos atrás ela foi criada em outro lugar, mas que foi realocada para cá assim como em meus anos de estudos as escadas que se movem não existiam, que quando me formei essa singularidade magica surgiu, tornando o castelo mais magico do que já é.

 

 

- Uma força sencientedesse tamanho? - Harry indagou enquanto via o diretor sorrir e concordar nessa análise minuciosa de uma das pias, a qual ele sentia uma espécie de energia externa. - Tá parecendo até o Olivaras com essa ideia de varinhas vivas.

 

 

- O caminho é por aí mesmo... venha cá, meu garoto... creio que não tenha a habilidade necessária para abrir seja lá o que tiver aqui atrás... outrora pensei que esse banheiro só era amaldiçoado pela perda de uma de nossas alunas, mas acho que não, com esse livro... você parece saber o que está fazendo e parece ser capaz de causar alguma mudança.

 

 

- E por qual motivo acha que saberia o que estou fazendo? - Harry indagou, se aproximando ao lado dele, vendo que seu corpo cresceu alguns centímetros, pois estava mais alto que o diretor.

 

 

- Ora, se minhas teorias estiverem certas, o que normalmente estão. - Albus disse com um olhar enigmático ao estudá-lo. - Então creio que o diário em suas mãos abrirá isso, bom... isso ou sua capacidade de fala com os répteis.

 

 

- Então, você sabia? - Harry indagou estranhamente, sob riso do diretor. - Claro que saberia, aliás... depois de tudo isso, precisamos conversar.

 

 

- Eu concordo. - Albus respondeu, vendo Harry se virar para a pia e sussurrar num idioma que ele escutou só uma vez. - Sua vida tem estado bem tumultuada desde que me contatou perguntando a respeito de um símbolo estranho, tem se afastado de todos ultimamente... na realidade, a única coisa boa que vejo ocorrendo a ti é como tem essas quatro tomando-o sob suas asas. - Indicou-o as quatro Sonserinas do sétimo ano, que coraram pela atenção das duas forças mais poderosas que elas já viram.

 

 

- Vai muito, além disso, diretor. - Harry respondeu, vendo a pia começar a se transmutar numa abertura que deixou os outros admirados. - Seu castelo quase foi escravizado por essa raça... e também envolve aquilo que desabafei quando estive sob efeito do Espelho de Ojesed. - Citou ele, por fim, com Albus sentindo a tensão e seriedade de como isso envolveu muito um assunto pessoal de seu aluno.

 

 

A todo momento do debate, ninguém se atreveu a interromper... ambos pareciam velhos amigos tendo uma conversa de bar, cansados de mais para brigar agora que pareciam entrar em consenso de que esse problema precisava ser resolvido antes do amanhecer, pois sabe lá o que o diretor viu nesse livro, sua mudança de atitude e seriedade o fez parecer com o Lorde da Luz que combateu Grindelwald no passado.

 

 

- Para o subsolo? É essa a entrada da Câmara? - Harry indagou ao se virar em dúvida, só para ver presente Severus, Minerva, suas namoradas, Gilderoy e todos os outros professores, com Hagrid presente no qual ajustava sua besta feito um caçador profissional. - Que porra vocês estão fazendo aqui? - Indagou ele, surpreso, sob riso de Gilderoy.

 

 

- Eu disse que ele não estava só nos ignorando. - Severus disse para Hagrid. - Ele entra nesse estado automático quando começa a pensar, como se o resto do mundo deixasse de existir.

 

 

- Você me diz... Oh, garoto-que-sobreviveu? - Gilderoy indagou de forma engraçada. - Nunca estive tão animado com uma aventura, eu, o grande Gilderoy Jaskier Lockhart... - Iria continuar, ele, só para tomar um beliscão no braço.

 

 

- Nem comece. - Minerva cortou enquanto dava um passo à frente e estudava a tão lendária entrada da Câmara Secreta, junto a Severus e os outros professores, dos quais só viam uma tubulação grande que deveria descer por quilômetros.

 

 

- Pois eu digo que você está nos levando a Mordor, senhor Potter - Albus disse, sob estranhamento de todos. - Sendo bem sincero com você, eu acho que é uma péssima ideia. - Continuou ele sob o olhar conhecedor de Harry. - Mas o condado está em chamas...então vamos para Mordor... e sim, eu li de uma vez todos os livros que você me presenteou. - Albus cortou com leve timidez, onde mostrava que um dos livros que ele sempre carregava consigo era o Senhor dos Anéis, um presente de aniversário que o próprio Harry deu a ele.

 

 

Vendo todos concordarem que não deixaria Harry ir sozinho após tanto que ele vinha passando sozinho numa única noite, não havia chances de o deixarem sozinho agora, tendo o mesmo suspirando profundamente enquanto se lembrava da última coisa que prometeu silenciosamente antes de tudo começar.

 

- "Eu enfim estou sentindo algo, querida..." - Harry pensou com um carinho no rosto endurecido de sua melhor amiga petrificada. - "Mas é uma sensação muito ruim de que... talvez dessa vez não tenha como eu voltar."

 

- "Eu acho que o Albus é um pouco maluco por dizer que esse é o lugar mais seguro que existe, mas... se não for eu, então quem vai ser? Eu preciso tentar, tá bom, Jean? Não sei nem se está acordada, mas caso por algum motivo eu não retorne e falhe na busca da sua cura, saiba que não estará vulnerável nessa sociedade, pois todo o meu Magoi irá se fundir ao seu e irá te livrar desse estado e das regras corruptas desse lugar... que assim seja." - Proclamou ele mentalmente, por fim em um Juramento Magico que fez os olhos abertos de Jean reluzir em puro esmeralda idênticos ao de Harry.

 

 

Tendo assim o mesmo saído em prol de investigar o que era isso que sua Hermione havia feito ao ponto de colocá-la em tamanha situação, e assim como ela se permitiu arriscar, Harry também se arriscara, isso quando deu o primeiro passo, caindo pelo duto que levava para a Câmara Secreta.

E com isso dou fim a mais um capítulo da Changed Prophecy - Livro 03.

Espero que estejam gostando, estamos na reta final desse livro, então fiquem ligados que muitas novas pontas soltas estão sendo focadas para o futuro. XD