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Semente do Universo

🇧🇷Rafael_Fera
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Synopsis

Chapter 1 - Introdução

Aos pés do imponente Palácio do Firmamento, o vento cortava o ar com um lamento desesperado. Orion, o líder do Clã do Firmamento, andava de um lado para o outro, seus passos ecoando no chão de mármore. Seus olhos estavam sombrios, carregados de uma fúria silenciosa. Seus vassalos estavam em silêncio, esperando por suas ordens.

"Relatem!", ordenou Orion, seu olhar fixo em seus homens.

Um dos vassalos deu um passo à frente, a voz firme, mas carregada de preocupação. "Mestre Orion, acreditamos que o jovem mestre foi sequestrado pelo Clã da Lua Prateada. Provavelmente, para estudar sua rara habilidade espacial e depois eliminá-lo."

Orion apertou os punhos, os nós dos dedos ficando brancos. A possibilidade de seu filho, o pequeno Kael, estar em perigo fazia seu sangue ferver.

"Preparem-se para a batalha!", ordenou, virando-se bruscamente em direção ao palácio. "Eu vou ver Aria antes de partirmos."

Dentro do palácio, Aria, a esposa de Orion, estava deitada, inconsciente, sendo cuidada por uma criada dedicada, Mei Ling. Orion entrou no quarto, os olhos suavizando ao ver a esposa. Ele se aproximou de Mei Ling, que se curvou levemente.

"Como ela está?", perguntou ele, sua voz um sussurro.

Mei Ling levantou a cabeça, os olhos cheios de preocupação.

"Ainda está desacordada, mestre Orion. O choque foi muito para ela."

Orion assentiu lentamente, se aproximando da cama para segurar a mão de Aria.

"Prometo que trarei nosso filho de volta, Aria. Você precisa ser forte."

Ele se levantou, o olhar determinado, e saiu do quarto, voltando para seus homens.

Com Orion à frente, o grupo se moveu rapidamente. Orion e dois de seus vassalos mais fortes voavam no ar, suas silhuetas cortando o céu. Os outros homens corriam no chão, suas figuras se tornando borrões devido à velocidade. O caminho até o território do Clã da Lua Prateada era longo, mas a determinação de Orion não podia ser abalada.

Chegando ao território do Clã da Lua Prateada, eles encontraram uma cena de devastação total. Não havia sinais de batalha, apenas uma destruição completa e inexplicável. A terra estava revirada, como se uma força colossal tivesse varrido tudo em seu caminho. As edificações estavam reduzidas a escombros fumegantes, o solo encharcado de sangue seco e fragmentos de armaduras espalhados por todos os lados. As poucas árvores que ainda estavam de pé, carbonizadas e quebradas, testemunhavam a intensidade da catástrofe que havia ocorrido.

Orion pousou no centro do território destruído, seus olhos examinando cada detalhe. O ar estava impregnado de um cheiro metálico, mas até o odor de sangue era difícil de identificar, tamanha era a destruição. Cada passo que dava sobre os destroços ecoava o silêncio mortal que pairava sobre o local.

Enquanto caminhava pelos escombros, Orion sentia um aperto crescente no peito. A cada passo, sua mente era bombardeada por imagens do pequeno Kael, sozinho e assustado, perdido em meio àquele cenário apocalíptico. A ideia de não encontrar seu filho o aterrorizava, mas ele se obrigava a continuar, mantendo a esperança.

Ele parou por um momento, fechando os olhos e respirando fundo, tentando sentir qualquer vestígio da presença de Kael. O silêncio ao seu redor era quase ensurdecedor, interrompido apenas pelo farfalhar das cinzas ao vento. Sentia o coração pesado, mas mantinha um traço de esperança.

Continuou caminhando, seus olhos atentos a cada detalhe. As ruínas do Clã da Lua Prateada pareciam sussurrar histórias de horror e desespero. De repente, seus olhos captaram algo diferente. No meio da devastação, sobre uma mesa milagrosamente intacta, estava um cesto pequeno. Dentro dele, Kael, ileso, dormia tranquilamente.

Orion, olhando ao redor em choque, com a voz tremendo, disse:

"Como... como isso é possível? Quem poderia ter feito algo assim e deixado meu filho intocado?"

Orion o pegou nos braços, seus olhos se enchendo de lágrimas de alívio e perplexidade. Ninguém entendia o que havia acontecido, mas uma coisa era certa:

Kael estava salvo, e isso era tudo que importava naquele momento.