Eu estou algemado, aguardando meu julgamento após a batalha que tivemos anteriormente para impedir a ressurreição de Dominik. Alguém se aproxima e mostra alguns documentos na sala de interrogatório. O lugar é totalmente diferente e não consigo descrever exatamente com minhas próprias palavras minha localização atual. Aqui, a noite é dia e o dia é noite. Chamas ardentes evidenciam as dificuldades da civilização em habitar este plano. As pessoas usam vestimentas especiais, e alguns são seres distintos da Terra.
Um suposto advogado, recentemente nomeado pelo Tribunal Intergaláctico Cósmico de Andrômeda, joga provas na minha face, revelando uma verdade obscura que mantive durante vários anos. Ele diz:
- Você não é quem diz ser e, com base nessas evidências, chegamos a um entendimento sobre sua origem genuína. Onde está o verdadeiro escolhido? - sua voz é firme, seu olhar sério me perfura.
Eu sou Henry Reedus Vandemmort, respondo com determinação:
- Fui selecionado pelos Midranda para apresentar a solução para a Terra. Se Dominik é uma doença, digo que sou a cura para sanar as falhas causadas por essa rachadura nos planos.
Ele solicita que eu abra os documentos e examine cada página. Contêm todas as minhas informações pessoais, dados sobre minhas origens e minha família, além de registros fotográficos dos últimos acontecimentos. Quando vejo cada detalhe em folha por folha daquele imensurável registro, jogo-o no chão e recuso aceitar isso.
- Sou aquele que o universo de Lumenion e Andrômeda têm procurado desde milênios.
O sujeito sai da sala e começa a falar em outros idiomas com os guardas da cela, de modo que não consigo compreender, dando-me as costas. O soldado volta, apontando sua arma em minha direção e diz que fora negado provimento à nomeação do defensor dativo, em razão da resposta que havia proferido para a indagação feita pelo advogado. Ele atira em mim, e estou sendo carregado para um lugar secreto. Não sei onde estou e tudo o que desejo é retornar para casa e reencontrar Katrina, Madelyn e Andrew, para colocar um fim neste pesadelo.
Era Infernal em Remini de nº.10, Solstice Heaven.
A batalha entre Madelyn e Katrina continuava, um espetáculo de poder e força que fazia o próprio ar vibrar com energia mágica. Cada feitiço lançado, cada golpe desferido era uma dança mortal que podia decidir o destino de muitos. No entanto, enquanto a batalha se desenrolava, Henry se movia na periferia do conflito, seus olhos fixos em uma meta diferente.
Ele sabia que a luta entre as duas bruxas era uma distração. Katrina não poderia ser derrotada pela força bruta ou pela magia sozinha. Havia algo mais em jogo, algo que Madelyn talvez não tivesse percebido. Enquanto as sombras e os redemoinhos de vento dominavam o campo de batalha, Henry concentrou-se em um feitiço antigo, um que ele havia jurado nunca usar devido aos riscos que poderiam apresentar mediante a dissociação definitiva de Dominik, que já havia delegado a posse sobre seu subconsciente, resultando em um avanço significativo no outro plano.
Com palavras de poder, ele começou a traçar runas no chão com precisão meticulosa. A cada símbolo desenhado, uma luz avermelhada emanava das linhas, um brilho que contrastava com a escuridão da batalha ao seu redor. Quando a última runa foi completada, Henry levantou-se e pronunciou a última palavra do encantamento. Uma onda de energia percorreu o local, atingindo Madelyn e Katrina com uma força surpreendente.
Ambas pararam por um momento, suas atenções desviadas para Henry. O feitiço que ele havia lançado era um antigo feitiço de revelação, capaz de expor a verdadeira natureza de qualquer coisa. E naquele momento, o verdadeiro motivo da batalha se tornou claro.
Uma figura começou a emergir das sombras, a imagem de alguém que Madelyn reconheceu instantaneamente. Andrew, o traidor que havia enfrentado Dominik e buscava o controle do livro, estava ali o tempo todo, manipulando Katrina como uma marionete após garantir sua sobrevivência no massacre da cripta. Seus olhos brancos brilhavam com malícia enquanto ele se revelava, e um sorriso cruel surgiu em seus lábios.
- Finalmente, alguém percebeu a verdade - disse ele, sua voz ressoando com um eco sobrenatural. - Katrina nunca teve a intenção de obter o livro para si. Ela estava apenas preparando o caminho para mim, sendo apenas mais uma peça neste jogo de tabuleiro.
Katrina, percebendo que estava sendo manipulada, lançou um olhar de fúria para Andrew.
- Você me usou! Como ousa desafiar a esposa de Deus? Seu maldito!
Ele apenas riu.
- Foi você quem se deixou ser usada, Katrina. Mas agora, não importa. O livro será meu, e com ele, o poder absoluto.
Madelyn, recuperando-se do choque inicial, ergueu suas espadas novamente.
- Você não terá esse poder. Abaddonflame, desespero espiritual.
No momento em que as palavras foram ditas, Andrew foi paralisado pelo poder de Katrina. As chamas negras do Abaddonflame envolveram seu corpo, queimando não só sua carne, mas também drenando sua energia vital e espiritual. O terror psíquico o deixou imóvel, incapaz de reagir.
Com um esforço final, Andrew invocou um poder oculto, um artefato mágico selado em seu próprio corpo: o Espectro da Ilusão. Este poder lhe permitia criar uma duplicata perfeita de si mesmo, transferindo sua consciência para ela enquanto o corpo original permanecia como uma casca vazia, enganando seus adversários.
Assim, quando as chamas do Abaddonflame começaram a consumir sua carne, o verdadeiro Andrew já estava escondido nas sombras, sua duplicata suportando o brunt do ataque. A ilusão era perfeita, fazendo Katrina acreditar que ela havia derrotado seu inimigo.
Katrina, aproveitando a oportunidade, lançou um último feitiço, encerrando a luta com uma explosão de energia que fez o corpo de ilusão de Andrew cair no chão, derrotado. As chamas de Abaddonflame continuaram a consumir sua essência, garantindo que ele não pudesse mais se levantar.
Com um sorriso sombrio, o verdadeiro Andrew saiu das sombras, suas mãos brilhando com a energia acumulada. Ele lançou um feitiço de dispersão, dissipando as chamas restantes e revelando sua presença.
- Você acha que seria tão fácil me derrotar, Katrina? - zombou ele, sua voz carregada de poder. - Eu sou mais do que aparento ser.
Katrina, surpresa e furiosa, voltou-se para ele, seus olhos brilhando de ódio.
- Eu mesma vou acabar com você!
Ela lançou uma tempestade de feitiços, cada um mais poderoso que o anterior. Mas Andrew estava pronto. Usando o Espectro da Ilusão, ele continuou a criar duplicatas de si mesmo, confundindo Katrina e desviando seus ataques.
Enquanto a batalha entre eles se intensificava, Henry observava atentamente, procurando uma oportunidade para intervir. Ele sabia que Andrew era astuto e poderoso, mas também sabia que Katrina não era altamente confiável no primeiro momento e tinha um poder latente absurdo ao ter domínio do corpo de Irashin Ana que ainda não havia sido totalmente liberado.
Madelyn, ainda recuperando-se do choque inicial, decidiu unir forças com Katrina temporariamente. Com suas espadas em mãos, ela atacou Andrew pelas costas, forçando-o a dividir sua atenção entre as duas poderosas oponentes.
Katrina e Madelyn, agora trabalhando em conjunto, começaram a pressionar Andrew. Cada ataque de Madelyn com suas espadas era complementado por um feitiço destrutivo de Katrina. Andrew, apesar de sua habilidade e truques, começava a ficar sobrecarregado.
Em um movimento final, Katrina conjurou um feitiço proibido, um poder ancestral que canalizava a fúria dos deuses antigos. Ela levantou as mãos e uma esfera de energia pura começou a se formar entre elas, crescendo com cada segundo.
- Este é o fim, Andrew! - gritou ela, lançando a esfera com toda sua força.
Andrew, percebendo que não poderia escapar, usou seu último recurso. Ele invocou um escudo de energia, um dom que ele havia guardado para momentos desesperadores. O impacto da esfera contra o escudo foi cataclísmico, gerando uma onda de choque que derrubou todos ao redor.
Quando a poeira baixou, Andrew estava de joelhos, seu escudo quebrado, e sua energia quase esgotada. Katrina e Madelyn, exaustas, mas determinadas, se aproximaram.
- Acabou, Andrew, - disse Katrina com sua espada prontas para o golpe final.
Andrew levantou os olhos, um sorriso fraco e amargo em seus lábios.
- Vocês podem ter vencido esta batalha, mas a guerra está longe de acabar. - E com um gesto final, ele desapareceu em uma nuvem de sombras, escapando mais uma vez.
A batalha havia terminado, mas o impacto do Abaddonflame e as revelações sobre Andrew ter sobrevivido no conflito contra Dominik deixaram todos abalados. Então, percebendo o momento de brecha outorgada, Madelyn enfia sua espada em Katrina que estava de costas.
Katrina soltou um grito de dor com a incredulidade estampada em seu rosto ao olhar para a lâmina que perfurava seu corpo. Madelyn, com os olhos frios, empurrou a espada com mais força, garantindo que a bruxa estivesse incapacitada.
- Vadia desgraçada! - sussurrou Katrina, cuspindo sangue enquanto caía de joelhos.
Henry, aproveitando a fraqueza de Katrina, começou a traçar runas no ar, preparando um feitiço poderoso. Ele sabia que, apesar de ferida, Katrina ainda era uma ameaça formidável. O Abaddonflame havia drenado grande parte de sua energia, mas não a suficiente para garantir uma vitória sem mais luta.
- Madelyn, mantenha-a ocupada! - gritou Henry, suas mãos brilhando com energia arcana.
Madelyn, sem hesitar, retirou a espada de Katrina e lançou uma sequência de golpes rápidos e precisos. Cada golpe era calculado para manter Katrina desequilibrada e vulnerável. Katrina, apesar da dor excruciante, conjurou uma barreira mágica ao seu redor, tentando ganhar tempo para se recuperar.
- Vocês não entendem nada... - murmurou Katrina, sua voz enfraquecida mas carregada de desprezo. - Eu sou a chave para a destruição de Dominik... Em algum momento da sua vida, você disse a verdade Henry? Se você ainda me ama, me salve e juntos vamos vencer está situação meu amor.
Henry ignorou as palavras de Katrina, pois sabia que aquela que estava em sua frente não era mais sua amada e focado em completar seu feitiço e quebrar os laços definitivamente. Ele desenhou símbolos complexos no ar, apagando todas suas memórias anteriores com ela e, em cada um pulsando com um poder antigo. Quando terminou, uma esfera de energia pura se formou entre suas mãos, brilhando intensamente.
- Katrina, isso é o fim! - declarou Henry enquanto seus olhos escorriam lágrimas de sangue mediante a decisão que havia tomado para a despedida e, lançando a esfera diretamente em direção daquela que um dia ele amou verdadeiramente.
Katrina tentou conjurar um escudo para se proteger, mas sua energia estava esgotada demais para conter o poder combinado de Henry e Madelyn. A esfera de energia atravessou sua barreira e a atingiu em cheio, explodindo em uma onda de luz que a lançou para trás.
Katrina caiu no chão, imóvel. Madelyn se aproximou cautelosamente, suas espadas prontas para qualquer sinal de resistência. Henry seguiu logo atrás, seu olhar firme e resoluto.
- Está feito, - disse Madelyn, sua voz firme, mas com um toque de cansaço.
Henry assentiu, mas algo em seu interior não estava em paz. Ele sabia que, mesmo com Katrina derrotada, as palavras dela ecoavam em sua mente. Se ela realmente era a chave para a destruição de Dominik, então sua morte poderia ter consequências terríveis.
Antes que pudessem discutir mais, uma voz ecoou ao redor deles, fria e implacável.
- Vocês pensam que venceram, - disse a voz, profunda e ressonante. - Mas sem Katrina, vocês não têm esperança contra mim.
Henry e Madelyn olharam ao redor, tentando localizar a origem da voz. Dominik estava próximo, mais próximo do que esperavam e de repente ambos foram transportados para um outro hemisfério entre realidades existentes no mundo estando dentro da cadeia de Dominik que um dia fora o seu subconsciente em que aprisionava a entidade para dominar seus poderes.
- Prepare-se, Madelyn, - sussurrou Henry. - A verdadeira batalha está apenas começando.
As sombras ao redor deles começaram a se reunir, formando uma figura alta e imponente. Dominik, com olhos brilhando de malevolência, emergiu das trevas, um sorriso cruel nos lábios.
- Vocês eliminaram uma de meus peões, - disse Dominik, sua voz carregada de desdém. - Mas eu sou o rei neste tabuleiro, e vocês não passam de meus lacaios.
Henry e Madelyn se posicionaram, prontos para enfrentar a nova ameaça. A energia ao redor de Dominik era palpável, uma força de pura maldade que fazia o ar vibrar.
- Henry, precisamos de um plano, - murmurou Madelyn, seu olhar fixo em Dominik.
- Confie em mim, Madelyn, - respondeu Henry, seu tom decidido. - Vamos lutar juntos, usar tudo o que temos. Não podemos deixar Dominik vencer.
Com um grito de batalha, Madelyn atacou, suas espadas brilhando com uma energia feroz. Henry, ao seu lado, começou a conjurar feitiços de proteção e ataque, suas runas brilhando intensamente. O campo de batalha estava em caos, uma arena de destruição onde dois deuses se enfrentavam. Dominik, com um movimento rápido e inesperado, conseguiu desarmar Henry momentaneamente, lançando sua espada de energia longe. Com um sorriso vitorioso, ele se virou para Madelyn, lançando uma rajada de energia negra que a lançou contra a parede, deixando-a gravemente ferida.
- Agora, você verá o que é o verdadeiro desespero, - disse Dominik, avançando sobre Madelyn, sua espada levantada para o golpe final.
Henry, vendo sua amiga em perigo, sentiu uma onda de poder ainda maior surgir dentro de si. Ele estendeu a mão e chamou sua espada de volta, mas desta vez, a espada estava envolta em chamas azuis, simbolizando o poder completo de sua essência desperta. Este novo poder, conhecido como Aegis Inferna, era a manifestação de sua verdadeira força divina, concedendo-lhe controle absoluto sobre as chamas do submundo e a proteção contra qualquer mal.
- Você não tocará nela! - gritou Henry, avançando com uma velocidade e força renovadas.
Com olhos brilhando em um azul intenso e chamas azuladas pulsando de seu corpo, Henry avançou como um furacão de poder. Seus movimentos eram rápidos e precisos, cada golpe de sua espada flamejante deixava um rastro incandescente no ar. Dominik, surpreso pela força renovada de Henry, recuou momentaneamente, mas rapidamente se recuperou, invocando seu próprio poder sombrio.
- Você é forte, Henry, - disse Dominik, sua voz reverberando com o poder sombrio. - Mas eu sou o verdadeiro governante deste universo!