Henry acordou em um sobressalto, suando frio. Mais uma vez, o mesmo pesadelo: estava preso em um laboratório, cercado por crianças e cientistas que ele não conseguia reconhecer. Seu nome ressoava nas paredes brancas, mas algo em seu íntimo lhe dizia que aquele não era seu verdadeiro nome.
No café da manhã, Lenka percebeu seu estado alterado.
- Você sonhou de novo, não é? - perguntou ele.
Henry assentiu, esfregando os olhos cansados.
- Eu... eu não sei quem sou, Lenka . Sinto que este nome, Henry, não é realmente meu. Tenho vislumbres de um laboratório, crianças... e uma dor intensa na minha cabeça.
Lenka segurou sua mão, os olhos fixos nos dele.
- Vamos descobrir juntos. Nada ficará oculto por muito tempo.
De repente, flashes de memória o assaltaram. Ele estava em um laboratório de alta tecnologia, cheio de aparelhos estranhos. Uma voz metálica anunciava experimentos iminentes. Ele viu duas outras crianças ao seu lado, uma menina com cabelos loiros e um menino de olhos penetrantes. Ambos pareciam tão perdidos quanto ele.
Enquanto tentavam desvendar o mistério por trás das memórias de Henry, um novo personagem surgiu. Era um velho sábio, trajado com vestes antigas, que trazia consigo um livro peculiar.
- Este é o Livro do Oráculo do Destino - anunciou ele. Ele está intrinsecamente ligado à linha temporal desta história e contém segredos que podem revelar a verdadeira identidade de todos vocês e sua autenticidade sobre quem é você Henry.
Lenka olhou para Henry com expectativa.
- Talvez este livro possa nos ajudar a descobrir quem você realmente é.
Enquanto isso, do outro lado do deserto, Andrew vagava sozinho. A areia quente e o sol escaldante tornavam a jornada quase insuportável. Mas ele não estava sozinho. Estranhas forças de Zaryndor o seguiam, observando cada movimento seu.
- Maldição! - murmurou Andrew para si mesmo. - Preciso encontrar uma forma de recuperar minhas energias e subtrair aquele objeto amaldiçoado.
No palácio de Zaryndor, as notícias da morte de Katrina chegaram rapidamente. Katrina, que era conhecida como Irashin Ana que seria a esposa de Zaryndor. Com a mandíbula cerrada, ele convocou seus generais.
- Flexibilizem as tropas. Devemos encontrar os últimos vestígios de sua localização e garantir que nenhum traidor permaneça.
Zaryndor sabia que Andrew estava se aproximando, e um confronto entre os dois era inevitável.
Do outro lado do universo, o Tribunal Intergalático Cósmico de Andrômeda estava em plena reinauguração após o atentado sofrido por Laniakea. O grande salão, ornado com estrelas brilhantes e hologramas de galáxias distantes, estava lotado de delegados de diversas civilizações intergalácticas. O presidente do tribunal, um ser de luz pura chamado Althar, abriu a sessão com um tom solene.
- Honrados membros do Tribunal, estamos aqui reunidos para discutir as medidas de segurança necessárias após o terrível atentado que abalou o nosso sistema jurisdicional e o tratado dos Três Astros de Andrômeda. A proteção de nossas galáxias deve ser nossa prioridade máxima.
Um murmúrio de concordância percorreu o salão. A conselheira Zerath, uma anciã com longas vestes prateadas e olhos que brilhavam como supernovas, tomou a palavra.
- Precisamos agir rapidamente. Os sinais de distúrbio em Remini de nº. 10, anteriormente conhecida como a Terra, são preocupantes. A instabilidade temporal e os conflitos recentes exigem nossa atenção imediata.
O magistrado Ryloth, um ser imponente com escamas douradas, ergueu sua voz grave.
- Proponho que movamos nossas forças de segurança para Remini de nº. 10. A intervenção cósmica é crucial para estabilizar a região e evitar a propagação do caos, vista que há especulações de Zaryndor estar cometendo crimes de guerra neste planeta para que a devida punição deva ser efetivamente aplicada ao destruidor de planetas.
A sala encheu-se de murmúrios e debates fervorosos. Alguns delegados manifestaram preocupação com a interferência direta, temendo consequências imprevisíveis. Outros argumentaram que a intervenção era essencial para manter a ordem no universo.
Após horas de deliberação, Althar levantou a mão, pedindo silêncio.
- A decisão deve ser tomada com sabedoria e coragem. Precisamos considerar todas as implicações e agir em prol do bem maior., levando em consideração que o sinistro ocorreu durante um julgamento do humano, Henry Reedus. Devemos apontar que ambos possam estar agindo em conjunto e causando seguinte rachadura entre ambas realidades subsistentes do nosso Universo.
O holograma do planeta Terra apareceu no centro do salão, projetado em detalhes minuciosos. As imagens dos conflitos, das forças de Zaryndor, Katrina, Dominik, Andrew, Henry e Madelyn, foram exibidas.
- A situação é crítica - continuou Althar. - A intervenção de nossas forças pode mudar o curso dos eventos. Está na hora de decidir.
Os magistrados votaram em um processo solene e rigoroso. As luzes brilharam intensamente enquanto cada voto era registrado. Finalmente, Althar anunciou o resultado.
- A decisão está tomada. Enviaremos nossas forças de segurança para Remini de nº 10. Que a justiça e a paz prevaleçam e a dignidade humana venha ser devidamente resguardada e protegida.
Com isso, a audiência foi encerrada. As forças cósmicas começaram a se mobilizar, preparando-se para a missão. A intervenção intergaláctica estava prestes a começar, trazendo novas esperanças e desafios para o universo. A decisão estava tomada. A intervenção cósmica seria crucial para os eventos que estavam por vir.
No deserto escaldante, Andrew rastejava entre as dunas, suas forças quase esgotadas. A areia ardente queimava sua pele, e cada passo era uma batalha contra a exaustão. Mesmo assim, ele continuava, determinado a encontrar uma forma de deter Zaryndor.
Foi então que ele viu uma sombra imponente projetada pelo sol poente. Zaryndor, em toda sua glória sombria, apareceu diante dele, com olhos ardentes de ódio e desprezo.
- Andrew, finalmente nos encontramos - disse Zaryndor, sua voz ressoando como um trovão. - Você tem sido uma pedra no meu caminho por tempo demais.
Andrew se ergueu com dificuldade, firmando-se nas pernas trêmulas. Ele sabia que a luta que se seguiria seria a mais difícil de sua vida.
- Eu não vou desistir - respondeu Andrew, com a voz rouca mas cheia de determinação. - Você não vai conseguir que tanto deseja seu desgraçado.
Zaryndor ergueu a mão, invocando uma tempestade de areia negra que se levantou ao redor deles, criando um redemoinho de poder maligno. Andrew concentrou suas últimas forças, invocando uma barreira de energia luminosa para se proteger.
A batalha começou com um choque de poderes. Zaryndor lançou raios de energia sombria, mas Andrew conseguiu desviá-los com sua barreira. Ele contra-atacou com rajadas de luz, que Zaryndor bloqueou com um escudo negro. As dunas do deserto tremiam com a intensidade do confronto.
Andrew avançou, conjurando espadas de luz que giravam ao seu redor. Ele atacou Zaryndor com velocidade e precisão, cada golpe carregado com o poder da esperança e da resistência. Zaryndor, no entanto, era um oponente formidável. Ele convocou tentáculos de sombras que se enrolaram ao redor de Andrew, tentando sufocá-lo.
- Você não pode vencer, Andrew. Minha escuridão é absoluta.
Andrew lutou para se libertar, concentrando sua energia em um único ponto. Com um grito de esforço, ele explodiu a escuridão ao seu redor, liberando-se dos tentáculos.
- Não importa se às chances estão em detrimento de meu favor, você morre aqui Zaryndor. - disse ele, seu olhar fixo em Zaryndor.
Mas, de repente, Andrew sentiu uma fraqueza terrível. A praga que havia atingido Solstice Heaven através de Laurent que havia sido transmitido para ele estava começando a tomar conta dele. Sua visão ficou turva, e ele caiu de joelhos, ofegante.
Zaryndor se aproximou, observando-o com um olhar frio e calculista.
- Vejo que a praga de Solstice Heaven o alcançou, Andrew - disse ele, com um sorriso cruel. - Você já está derrotado. Essa doença será sua ruína.
Andrew tentou se levantar, mas a fraqueza era demais. Ele olhou para Zaryndor com desespero, mas também com uma chama de resistência em seus olhos.
- Você pode ter vencido esta batalha, mas a guerra ainda não acabou.
Zaryndor recuou, desprezando a figura enfraquecida de Andrew.
- Não preciso sujar minhas mãos com sua execução. Sua fraqueza é suficiente. A praga o matará, e eu não precisarei fazer mais nada.
Com um último olhar de desprezo, Zaryndor desapareceu nas sombras do deserto, deixando Andrew sozinho e enfraquecido.
Mas Andrew não estava totalmente derrotado. Mesmo enfraquecido pela praga, ele sabia que ainda havia esperança de que obtendo posse sobre o livro do Oráculo do Destino poderia se tornar um deus.
Enquanto isso, Henry e Madelyn enfrentaram Dominik em uma batalha intensa. Jhinni Ghul, ao lado de Dominik, lançava ataques ferozes. Ambos estavam de joelhos, exaustos e feridos, quando uma figura misteriosa surgiu das sombras, envolta em neblina. Os olhos de Dominik se estreitaram ao perceber a presença dessa nova ameaça.
- Quem ousa se interpor em meu caminho? - rugiu Dominik.
A figura avançou lentamente, revelando-se ser uma mulher de porte imponente. Seu nome era Lenka, uma guerreira lendária que havia emergido das lendas para desafiar Dominik.
- Eu sou Lenka - declarou ela, com uma voz firme e poderosa. - E hoje, você enfrentará a justiça.
Com a chegada de Lenka, Henry sentiu um poder superior despertar dentro de si. Era um poder dos deuses e dos Midranda, dando-lhe uma vantagem significativa. Juntos, Henry, Madelyn e Lenka coordenaram seus ataques, desferindo golpes precisos e poderosos. Concentrando-se profundamente, Henry chamou pelos deuses e pelos Midranda, buscando orientação e poder. Uma voz suave e firme ecoou em sua mente.
- Henry, use o poder da união. Combine as energias dos deuses, dos Midranda e da própria Terra. Somente assim você poderá restaurar o equilíbrio.
Henry assentiu, compreendendo a mensagem. Ele ergueu as mãos para o céu, canalizando todas as energias disponíveis. Um brilho intenso envolveu Henry, Madelyn e Lenka, enquanto eles uniam suas forças em um esforço final.
Com um grito de determinação, Henry lançou a energia combinada diretamente no coração do tornado. A luz colidiu com a escuridão, e por um momento, tudo ficou em silêncio. Então, lentamente, o tornado começou a se dissipar, as nuvens negras se separaram e os relâmpagos cessaram.
A batalha alcançou seu clímax quando Henry, canalizando toda a energia dos deuses e dos Midranda, lançou um ataque devastador que derrubou Dominik. Jhinni Ghul, vendo a derrota iminente, recuou para as sombras, deixando seu mestre caído no chão.
Com a vitória em mãos, Henry olhou para Madelyn e Lenka, seus olhos brilhando com uma nova determinação.
- Ainda temos muito a descobrir - disse ele. - Mas sei que, juntos, podemos enfrentar qualquer desafio que vier.
No momento crucial da execução, Dominik, enfraquecido mas ainda desafiador, olhou diretamente nos olhos de Henry.
- Você pode me derrotar, Henry, mas nunca encontrará a verdadeira paz. - Dominik sorriu sombriamente, seu rosto marcado pela dor e pela raiva. - Porque você não é quem pensa ser. Sua verdadeira identidade está enterrada sob mentiras e escuridão. E você pagará por seus pecados.
Henry hesitou por um momento, sentindo a verdade das palavras de Dominik como um golpe em seu coração.
- Do que você está falando? - perguntou Henry, tentando manter a voz firme.
- Você descobrirá em breve - respondeu Dominik, com uma risada sinistra. - Mas lembre-se, não importa o quanto tente escapar, o passado sempre o alcançará. E quando isso acontecer, você perceberá que é tão culpado quanto eu.
Henry sentiu um frio na espinha, mas manteve sua determinação.
- Seja o que for, enfrentarei a verdade quando ela se revelar. Mas agora, seu reinado de terror acaba aqui.
Com essas palavras, Henry concentrou toda a energia dos deuses e dos Midranda em sua espada e desferiu o golpe final. A lâmina atravessou Dominik, dissipando sua energia negra e silenciando seus gritos. Com um brilho ofuscante, Dominik foi destruído, deixando apenas um silêncio profundo no campo de batalha.
E assim, com novos aliados e antigos inimigos, a jornada de Henry continuava, cada vez mais próxima da verdade sobre sua verdadeira identidade e do destino que os aguardava. vitória veio com consequências inesperadas. Em Remini de nº. 10, anteriormente conhecida como Terra, os efeitos da batalha se manifestaram de forma catastrófica. A derrota de Dominik, que representava uma força de equilíbrio, desestabilizou drasticamente o ambiente do planeta.
Nuvens negras se acumularam no céu, relâmpagos incessantes rasgavam o horizonte, e um tornado de proporções nunca vistas começou a se formar. Este tornado avançava com uma fúria incontrolável, sugando tudo ao seu redor. Casas, árvores, e até mesmo veículos foram arrastados pela força devastadora da tempestade. Os céus se tornaram um caos de raios e trovões, enquanto várias tempestades menores surgiam, como se o próprio planeta estivesse reagindo à derrota de Dominik.
Quando pensavam ter um momento de paz, eles avistaram no horizonte uma imensa tempestade avassaladora se formando, ainda maior e mais ameaçadora do que o tornado anterior.
- Isso não acabou - disse Henry, olhando fixamente para a tempestade que se aproximava.
Madelyn apertou a mão de Henry, seus olhos refletindo a mesma determinação.
- Juntos, enfrentaremos qualquer coisa.
Lenka, com seu escudo erguido e pronta para a batalha, assentiu.
- Vamos, temos um desafio a enfrentar.
E assim, os três heróis avançaram em direção à imensa tempestade, determinados a proteger Remini de nº. 10 e restaurar o equilíbrio do planeta. A jornada de Henry continuava, com novos aliados e antigos inimigos, cada vez mais próxima da verdade sobre suas identidades e do destino que os aguardava.