Chapter 6 - 6- Não Faz Sentido!

Sophia soltou um longo suspiro de alívio quando ele saiu. E então seu coração quase parou quando se lembrou do que ele havia dito. 

Ele planejava vir no dia seguinte também.

"Se ele descobrir que Marissa foi quem frequentemente me visitava e Valerie nunca veio ao meu escritório, eu estarei em apuros. Ele pode ir atrás da minha amiga e pressioná-la sobre o pai dos bebês."

Ela não queria destruir o segredo de Marissa.

A mãe de Rafael e Valerie iriam atrás das crianças e Rafael nunca confiaria ou acreditaria em Marissa contra Valerie ou a sua mãe.

Ela precisava pensar em um plano adequado.

 ***

"Onde você estava?" por algum motivo, ele se sentiu irritado ao ouvir a voz de Valerie ao entrar no quarto, "O médico pediu para você ficar pelo menos seis meses em casa, Rafael. Não sei por que você não está seguindo as instruções dele."

No final, a voz dela se tornou chorosa, e Rafael sentiu a culpa entrar em seu coração, "Me desculpe, amor. É só... Estou cansado de ficar em casa. Não me deixam nem ler os arquivos do meu escritório, como vou passar seis malditos meses."

Valerie rapidamente encostou o rosto no peito dele, "Bem. Se você concordar, tenho algumas ideias em mente." Ela começou a brincar com o botão da gola dele. Havia um sorriso astuto em seus lábios quando ela os ofereceu a ele, erguendo o rosto tentadoramente.

Rafael agradeceu no seu íntimo pela mudança de foco dela e começou a beijar seus lábios. Aqueles mesmos que tinham gosto... que tinham gosto de…

Ele recuou franzindo a testa. Valerie, que estava prestes a soltar um gemido alto com o beijo, olhou nos olhos dele com um olhar sonhador, "Você está bem, amor?"

Ele assentiu e apertou o queixo dela, encostando o nariz no dela, "Você sabe qual é o gosto dos seus lábios?"

Ele esperava que ela respondesse como sempre fazia.

"Morango!" 

Mas ela não fez isso. Em vez disso, ela apertou os braços em volta do pescoço dele e beijou seu queixo,

"Umm hmm. Não sei. Me diga." Ela pediu um pouco sedutora.

"Por que? Você não sabe como eles têm gosto?" ele começou a fazer cócegas na barriga dela brincalhão, aproveitando suas risadas.

E então algo passou pela sua mente e ele olhou para o rosto dela rindo, "Laranjas. Sempre foi laranjas. Aquela doçura misturada com acidez."

Ele esperou que ela argumentasse que sempre foi morango e nunca laranjas. Ela continuou provocando seus lábios com os dela sem nenhum comentário.

Havia algo extremamente errado. Mas o que era? Valerie sempre estava lá com ele. Dois anos atrás, quando ele sofreu o acidente, ela ficou no hospital vinte e quatro horas por dia.

Ela o beijou com força quando seus pais sugeriram o casamento no quarto do hospital. A mão dela ficou entrelaçada na dele durante a cerimônia de casamento.

Depois do casamento, quando ele temeu que ela estivesse presa em casa por causa de sua falta de vida social, ela nunca reclamou e aceitou a mudança.

Então por que o pequeno Greene estava dizendo a ele, que não era Valerie, mas ela?

Ele saiu de seus pensamentos quando Valerie continuou provocando-o com seus lábios. Aquela noite ele fez amor com Valerie, e ela respondeu com a mesma paixão. 

No final, quando ela foi dormir, ele ficou pensando seriamente no escuro.

"Não. Como marido, ele era suposto confiar em sua esposa. Ele não podia deixar uma terceira pessoa falar qualquer absurdo contra Valerie. Amanhã quando ele voltasse à Clínica da Sofia, um oficial sênior do tribunal e um advogado sênior o acompanhariam.

Certa vez, quando a língua de Valerie escorregou, ela lhe disse que Dra. Sofia não era apenas sua ginecologista, mas também uma amiga muito próxima dela.

Ele pegou o telefone e enviou uma mensagem ao seu amigo Joseph, "Você pode me encontrar amanhã no meu escritório?"

A resposta de Joseph veio imediatamente, "Rafael, meu amigo. Como você está? Você está até autorizado a usar seu telefone? Sua esposa e mãe não me deixaram te encontrar por dois anos. Eles são muito protetores com você."

Joseph e Rafael interagiam apenas pelo telefone. A única explicação dada por Nina foi, "Uma vez que você estiver saudável, você é livre para ir onde quiser."

Rafael fechou os olhos com um sorriso. Sua mãe nunca quebraria sua confiança. Por algum motivo, ela nunca gostou da Marissa e ele nunca duvidou dos instintos dela.

Marissa sempre foi tão egoísta e tão gananciosa?

Bem. Havia algumas perguntas sem resposta que ele precisava saber de Sophia James.

***

"Aonde você vai?" Valerie perguntou a ele com voz sonolenta quando ela não o encontrou na cama ao lado dela. Ele estava amarrando uma gravata, em frente ao espelho.

Ele se sentiu estranho se vendo de terno depois de dois anos.

"Rafael, você não deveria..." a esposa não o deixou falar, 

"Não se preocupe comigo, Valerie. Meus assistentes estarão lá para fazer o trabalho. Prometo que serei cuidadoso."

Ele deu um beijo rápido nos lábios dela e saiu do quarto.

A caminho de fora, ele pediu aos serviçais para não perturbarem Valerie em seu sono. Como na noite anterior, o motorista o levou à Clínica da Sofia.

Seu amigo advogado e um oficial superior já o estavam esperando no estacionamento. Ele os cumprimentou e caminhou para dentro.

A mesma recepcionista os cumprimentou e depois sua face empalideceu ao lembrar que ele era o mesmo homem que invadiu a Clínica da Sofia sem um horário marcado. 

Ele parecia ser um homem influente.

"Informe a Sra. Sophia James que estamos aqui," Rafael disse à assistente impacientemente. Ele sabia que uma vez que visse as imagens do CCTV poderia dormir em paz à noite.

"Confio em minha esposa e esta pequena investigação é pela paz do meu coração." Ele tentou se explicar.

"Senhor. A Dra. Sofia ainda não chegou."

Sua testa se enrugou em várias linhas.

"Ainda não chegou? Ela costuma se atrasar ou …" ele se interrompeu enquanto a assistente começava a balançar a cabeça. 

"Não, senhor. Ela costuma ser pontual, mas hoje ela me pediu para cancelar todas as suas consultas, pois está doente. Posso arranjar sua consulta com outro ginecologista que é especialista em…" Rafael já tinha se virado.

O oficial superior mostrou sua identificação para a assistente, "Endereço de Sophia James. Rápido!" a assistente pegou rapidamente papel e caneta e anotou o endereço.

"Vamos até a casa dela?" Rafael perguntou ao homem impacientemente assim que saíram. 

"Não. Estou enviando meus homens para lá. Só espere cinco minutos." Ele falou com alguém no telefone e Rafael começou a andar de um lado para o outro impacientemente.

Após alguns minutos, o telefone do homem começou a tocar, "Sim! … Fale … o quê?" 

Os olhos de Rafael foram para o rosto chocado do homem.

"O que aconteceu?" ele perguntou.

"Dra. Sofia. Na noite passada ela avisou seu senhorio por telefone que está se mudando da cidade. Ela pegou suas coisas importantes com a ajuda de seu motoboy e partiu."

"O que você está dizendo!" Rafael rosnou aproximando-se dele, "Deve haver uma maneira de descobrir para onde ela foi."

O homem engoliu em seco e balançou a cabeça, "Meus homens tentaram descobrir. Ela não deixou rasto para trás.

Não podemos encontrar o destino dela, a menos que tenhamos ajuda de alguém que conheça o sistema. Talvez alguém da segurança responsável ou do pessoal do aeroporto."

Rafael apertou as mãos em punhos com força.

Não. Ele não desistiria tão facilmente. Ele jurou descobrir sobre Marissa e Sofia… e o pai dos filhos de Marissa. 

Algo não estava somando aqui.