Após caminharem por cerca de 40 minutos, Sara avistou uma grande pedra à sombra de uma árvore próxima ao caminho. Ela sugeriu que parassem para descansar um pouco e Laura concordou prontamente, aliviada por uma pausa. Sentaram-se juntas, respirando fundo enquanto admiravam a vista tranquila ao redor.
"Sabe, Laura," começou Sara, ofegante enquanto se ajeitava na pedra, "acho que meu corpo está protestando por eu estar tão sedentária. Quarenta minutos de caminhada e já sinto como se estivesse prestes a desmaiar."
Laura riu, sabendo que Sara gostava de fazer piadas sobre sua falta de condicionamento físico. "Bem, pelo menos você ainda está de pé. Eu poderia jurar que minhas pernas já desistiram de mim lá atrás."
Sara riu junto com ela.
"Às vezes, sinto como se nunca tivesse tempo suficiente para pensar em tudo o que aconteceu," começou Laura, olhando para o chão enquanto mexia com pequenas pedras ao seu redor. "É difícil, sabe? Pensar que tudo estava bem e, de repente, tudo mudou tão rápido."
Sara colocou gentilmente a mão sobre o ombro de Laura. "Eu entendo. Términos podem ser tão desorientadores. Mas você está lidando com isso tão bem, Laura. Estou aqui para você, sempre que precisar conversar ou apenas ficar em silêncio." Laura sorriu, agradecida pela amizade e apoio de Sara.
"A gente também pode xingar muito ele" Sara sugere e rir "Sim, podemos" concorda Laura sorrindo junto da sua amiga "Vamos continuar, quero voltar antes de escurecer" ela completa.
.....
Após mais 30 minutos de caminhada, Sara e Laura chegaram a uma clareira onde um pequeno fio d'água serpenteava suavemente entre as pedras. Era um curso d'água que elas nunca haviam visto antes naquele lugar. Surpresas e curiosas, as duas se aproximaram da margem e observaram a água cristalina refletir os raios de sol que penetravam entre as árvores.
"Uau, olha só isso," disse Sara, maravilhada. "Como será que isso nunca apareceu nos mapas? É como se tivéssemos descoberto um tesouro escondido." examinando o local com um sorriso no rosto. "É incrível como a natureza sempre nos reserva surpresas. Vamos seguir o curso dessa água. Quem sabe não encontramos a nascente? Seria emocionante desvendar esse mistério."
"Uhull vamos desvendar o misterioso fia d'água" zombou Laura, " Eu tô cansada, acho melhor a gente voltar, você não sentiu o vento diferente?".
"Como assim vento é vento, eu tô animada agora, vamos só seguir não deve ser longe, deve ser só uma nascente nova" Sara pediu com cara de cachorro que caiu da mudança.
"Eu estou tendo calafrios, se chover eu não vou segurar o meu '"eu avisei'" Laura disse.
Após seguir o curso d'água por mais alguns minutos, Sara e Laura chegaram a uma pequena clareira onde podiam ouvir claramente o som da água correndo dentro de uma caverna próxima. Era uma caverna que elas nunca tinham visto antes naquele local.
"Você está ouvindo isso, Sara?" perguntou Laura, olhando na direção do som. "Parece que a água está vindo de dentro daquela caverna."
Sara assentiu, intrigada. "Sim, parece que encontramos a nascente. Mas eu não me lembro de haver uma caverna assim por aqui."
Sara se aproxima com cautela da entrada da caverna, fascinada com a descoberta inesperada. A água fluía suavemente de dentro, criando um ambiente sereno e misterioso ao redor.
Laura, cautelosa, hesitou. "Eu não sei, Sara. Não parece uma boa ideia nos aproximarmos muito. Pode ser perigoso entrar em uma caverna desconhecida."
Sara, sempre brincalhona, não resistiu à oportunidade de provocar sua amiga. "Ah, Laura, não vai me dizer que está com medo de uma caverna? Você, a exploradora destemida!"
Laura revirou os olhos, mas riu da provocação de Sara. "Não é medo, é precaução. Eu só não quero que a gente se meta em problemas por causa de uma aventura improvável."
Sara riu junto com Laura, sabendo que sua amiga sempre priorizava a segurança. "Tudo bem, medrosa. Vamos apenas observar de longe então. Quem sabe não encontramos uma maneira segura de investigar mais tarde?"
Um trovão ecoou repentinamente, seguido por gotas pesadas de chuva que começaram a cair do céu. O clima mudou rapidamente, forçando Sara e Laura a agir com pressa.
"Ah não, justo agora!" exclamou Sara, olhando para o céu que rapidamente se escurecia. "Temos que encontrar abrigo rápido!"
Laura concordou, preocupada com a intensidade repentina da chuva. "A caverna! É nossa melhor opção agora."
Elas correram em direção à entrada da caverna, com gotas de chuva se intensificando a cada passo. Com um último impulso, conseguiram se abrigar dentro da caverna.
Lá fora, a chuva caía cada vez mais forte, os trovões ecoavam e o céu escurecia rapidamente; dentro da caverna, no entanto, tudo era calmo e tranquilo. A água fluía suavemente pelo chão de pedra, refletindo a luz dos relâmpagos.
"Que contraste, não é?" comentou Sara, olhando para a água com admiração. "Parece até que entramos em outro mundo"
Laura assentiu, ainda um pouco abalada pela mudança súbita de tempo. "É surreal como um simples passo pode nos transportar para um lugar tão diferente. Pelo menos aqui estamos protegidas da tempestade lá fora."
À medida que o dia começava a escurecer rapidamente e Sara percebia que não tinha sinal de celular na caverna, a preocupação começou a se instalar. Laura olhou ao redor, avaliando a situação com uma expressão séria.
"Parece que estamos completamente isoladas aqui," disse Laura, sua voz ecoando suavemente nas paredes de pedra. "Será que devemos acender uma fogueira? Pelo menos nos manteria aquecidas e nos ajudaria a passar a noite."
Sara assentiu, reconhecendo a sabedoria na sugestão de Laura. "É uma boa ideia. Além do mais, talvez o calor afaste qualquer criatura que possa estar por perto."
Elas procuraram por gravetos secos e acenderam uma pequena fogueira no centro da caverna, onde a luz dançava nas paredes escuras e proporcionava algum conforto em meio à escuridão que se instalava do lado de fora. Sentadas perto do fogo, elas esperavam que a tempestade passasse logo, enquanto o som da chuva continuava a ecoar na entrada da caverna.
Com a luz da fogueira iluminando o interior da caverna, Sara notou algo peculiar: na fenda de onde a água fluía suavemente, havia desenhos circulares gravados nas paredes há muito tempo. Os círculos eram intricados e pareciam ter sido feitos com grande cuidado e precisão, revelando uma arte antiga e misteriosa.
"Sério, Laura, venha ver isso!" Sara chamou, fascinada com a descoberta. "Esses desenhos devem ter séculos, ou até milênios. Quem será que os fez?"
Laura se aproximou cautelosamente, examinando os círculos com curiosidade. "É impressionante. Parece que estamos diante de uma parte da história que foi preservada".