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Chapter 9 - CAPÍTULO IX: MAGIA

O absurdo muitas vezes é ridículo, mas as vezes é a única explicação. Após as palavras do detetive refletir o que será que César havia me roubado ? Eu sei que por um momento me pareceu ridículo ele ter perdido a coragem como alguém que perdeu o rim, mas quando parei para pensar não havia em nenhum pouco de empatia pelo caso.

Resolvi fazer um teste. Naquele momento, peguei uma faca que estava na mesa e apontei para meu amigo Beto.

- Ei, ei ei! O que você tá pensando em fazer ? - Disse ele assustado.

Continuei seguindo para direção dele com a faca na mão. Percebi que o medo ou a ansiedade não me dominavam. Cheguei cada vez mais perto, o detetive também se assustou.

- Ei! Tá maluco, o que pensa que tá fazendo ?! - Disse ele mais apavorado que Beto.

Bom, eu praticamente cheguei a tocar a ponta da faca na barriga dele. Pensei que Severino iria fazer algo. Não fez nada, parecia uma galinha que seria depenada para a janta.

Então Beto bateu seu braço na minha mão derrubando a faca que quase caiu em cima do meu pé. Não mexi um músculo. Nesse momento tive certeza, havia perdido minhas emoções.

Não se engane caro leitor, não sou um psicopata, apenas estava testando até onde ia minha calmaria. Mesmo assim Beto me deu um sermão pela minha atitude.

- Você tá maluco? Tá querendo me matar ?! - disse ele furioso - Oh que eu chamo a polícia hein ?!

Beto olhou para Severino.

- Tá, chamo um policial mais útil - Disse ele decepcionado.

Resolvi continuar meu interrogatório com meu companheiro Severino. De acordo com ele, apesar do absurdo de se roubar emoções de fato é possível, acontece que as emoções são substâncias abstratas que em sua essência não são palpáveis, logo não podem ser tocadas a não ser que materializadas.

Fazer esse tipo de coisa em mãos humanas e impossível a não ser que o humano em questão seja alguém que conhece magia.

- Existem três tipos de conhecedores de magia, - disse o detetive - os magos, pessoas que detem o conhecimento de utensílios mágicos mas utilizam para meios educacionais e bom, os feiticeiros, trabalhadores do governo e outras instituições que garantem a paz e controle da magia sobre o universo e os bruxos, criminosos terríveis que utilizam seu poder para o mal.

Então ele tirou um papel do bolso do paletó e disse:

- Depois de pesquisar muito, descobri que a cerca de cem anos atrás era comum bruxos serem pagos para roubar as emoções das pessoas como símbolo de vingança ou outros princípios. Porém essa prática foi se perdendo con o tempo graças aos magos, feiticeiros e outras autoridades. Creio que César seja um bruxo e uns dos últimos seres com essa prática, logo acho que alguém o pagou para cometer o crime.

Até que fazia um certo sentido. Beto por outro lado ficou horizado com tanta baboseira e depois de quase mata Lo creio que ele já nem confiava mais em mim. Então chamei meu companheiro Severino para conversamos em casa.

- Desculpa o incomodo! - Disse.

Ele nem me respondeu, apenas fechou a porta. Até hoje ele tem medo de mim.